O governo da Venezuela emitiu um comunicado reagindo à decisão da Corte Internacional de Justiça, que proíbe o país de tomar medidas para anexar a região de Essequibo, atualmente administrada pela Guiana.
A Venezuela, que não reconhece a jurisdição da Corte, acusa a Guiana de não ser uma vítima no conflito territorial, mas sim um ocupante de fato, alegando violações repetidas do Acordo de Genebra e da legalidade internacional.
A Venezuela destaca que a Guiana concedeu unilateralmente concessões no território disputado e facilitou seu território para operações militares dos EUA, referindo-se a eles como “a principal potência guerreira do planeta”.
Paralelamente, a parceria militar entre os EUA e a Guiana se fortalece, com a 1st Brigada de Assistência às Forças de Segurança (SFAB) do Exército dos EUA e a Força de Defesa da Guiana (GDF) realizando reuniões para reforçar suas capacidades militares.
A Venezuela denunciou na ONU a intenção dos EUA de estabelecer uma base militar na região de Essequibo, intensificando a tensão na área disputada. A parceria entre os EUA e a Guiana inclui treinamento militar e planejamento estratégico, visando melhorar a prontidão militar e a capacidade de resposta a ameaças à segurança.
Este desenvolvimento marca um momento tenso na América do Sul, onde a disputa territorial entre a Venezuela e a Guiana, exacerbada pela presença militar dos EUA, continua a gerar preocupações internacionais.
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Trecho da nota do Governo da Venezuela citado no texto sobre a decisão da corte internacional:
“Além disso, com esta decisão ficou demonstrado que a Guiana não é uma vítima, não tem títulos sobre o território em disputa, é um ocupante de facto e violou repetidamente o Acordo de Genebra e a legalidade internacional, concedendo unilateralmente concessões no território terrestre e nas águas pendentes por delimitar, assim como facilitando seu território para o desdobramento militar em nossa região da principal potência guerreira do planeta.”