Encruzilhada (ELEITORAL) 2014

ENCRUZILHADA (ELEITORAL) 2014

   NEY MATOGROSSO compôs letra e música de “Homem com H”. Foi um grande sucesso. Mas ele nunca poderia ter imaginado que depois de mais de uma década da sua composição um trecho da letra resumiria o grande dilema eleitoral dos brasileiros,às vésperas de mais um pleito,o de 2014,para escolha do Presidente da República,Governadores,Senadores e Deputados Federais e Estaduais.{jcomments on}

“Se ficar o bicho pega; Se correr o bicho come”. Essa é a atual situação do Brasil.

Após 10 anos de desgoverno de um bando de falsários – onde a mentira foi a regra,traduzida em índices totalmente manipulados – num primeiro momento seria totalmente desprezível a eventual opção de reconduzir o mesmo grupo ao poder. Apesar das “esmolas” distribuídas aos mais necessitados (bolsa família,etc), o Brasil continua nos últimos lugares em todos os “rankings” mundiais que se relacionem à qualidade de vida dos respectivos povos. Destes merece saliência a astronômica corrupção impregnada nos Três Poderes, a carga tributária mais pesada do mundo (considerado o retorno à sociedade), o assistencialismo (esmolas) exacerbado, e os falsos índices de ascensão na pirâmide social e dos níveis de emprego .

Mas não podemos fazer injustiça, em afirmando que essa seria uma situação nova. Não é, apesar do seu agravamento nos últimos anos. Tudo decorre de uma “democracia” contaminada por todas as doenças que a tornam pior que qualquer tirania ou oligarquia. Estabeleceu-se, nas terras brasileiras, o império da OCLOCRACIA, que é a democracia degenerada, deturpada, corrompida. A mesma “cabeça” do eleitorado que deu sustentação parlamentar ao Regime Militar de 64, agora transfere essa sustentação aos enganadores travestidos de democratas e defensores dos pobres. De fato “eles” discursam”, e bem, para os pobres. Mas trabalham mais para os ricos. Em nenhum lugar do mundo os banqueiros internacionais ganham tanto dinheiro como aqui, inclusive com as armadilhas e “facilidades” preparadas para os aposentados.

É evidente, portanto, que esse grupo que se adonou do poder usando toda espécie de artifícios fraudulentos consentidos pela legislação e autoridades eleitorais, não merece ser reconduzido ao poder por mais 4 anos.

Mas o trágico vem agora. As alternativas de “oposição”que se desenharam até agora seriam melhores ?

Tudo indica que não. O “Sistema” que elegeu, reelegeu e sustentou o PT & Cia. Ltda até agora, e de quem recebeu todos os favores, parece estar avaliando a situação, mesmo fazendo uma “concorrência” entre os candidatos, para ver qual deles melhor servirá seus interesses. Essa é a “ideologia” do Sistema. Conforme a opção, será fácil fazer com que o povo “homologue”a sua vontade nas malditas urnas. Bastarão algumas doses de “lavagem cerebral”, na medida certa. Na verdade a grande massa do povo não tem consciência política para decidir pelo melhor. Geralmente ela é “conduzida”, assim cavando seu próprio túmulo. Mas é ela quem decide ,quem elege. Jamais um político safado que depende dos seus votos diria algo assim, não ?

Portanto uma coisa é certa: não é da “política” tradicional que sairá uma boa alternativa para o Brasil. Os que mandam hoje, e os que mandaram ontem, todos eles, não tiveram bom desempenho na condução dos rumos do país. O problema é saber não quem foi o melhor, porém o pior. Difícil será “derrotar” a petralhada nessa disputa.

Existem, para o Brasil, boas saídas. Nenhuma delas, entretanto, através da política como a conhecemos. Os empresários e os trabalhadores locais não ficam devendo nada se comparados aos de qualquer outro país do mudo. Seus “rendimentos”, entretanto, ficam prejudicados pela nefasta ação governamental. Os governantes não só não ajudam, como atrapalham o sistema de produção. Especialmente na tributação escorchante. “Eles”transformam a sociedade civil e produtora em semi-escravos do Estado . Assim o governo fica sendo um mal acampado no meio da sociedade. Não ajuda e só dificulta o andamento normal da prosperidade. Tudo ficaria melhor,”sem ele”. A própria sociedade tenderia ao equilíbrio por conveniência da sobrevivência.

Pois bem, o país passou pelas épocas da Colônia, Império e República. Teve duas ditaduras. Alternaram-se no poder, direita,centro e esquerda. Nada deu certo. Portanto o Brasil não deu certo. Se em quinhentos anos não “resolveram” esse problema,teríamos que esperar mais quinhentos ? E para tentar ? Não parece razoável.

É ditame da natureza que tudo aquilo que não deu certo deve ser desfeito. Uma árvore doente,se não tiver cura,deve ser eliminada. Assim também é com os países. Se em 500 anos não foi curado,será perda de tempo insistir. Essa conclusão tem base na lógica dos que acreditam que o “Estado deve servir o homem”, não o contrário, ou seja, que o “homem deve servir o Estado”.

Consciente dessa verdade,toma corpo no Brasil,especialmente no SUL e NORDESTE,a ideia de que cada região deve constituir-se em país próprio,independente, soberano, auto-determinado. Isso decorre da revisão de certos conceitos enganosos. O Brasil não é estado-nacional. É estado plurinacional. Diversas nações convivem, equivocadamente, sob a mesma bandeira. Já é tempo de cada uma organizar-se como país. Como país independente, cada um poderá optar pela direita,esquerda e o que mais quiser. Mas certamente tudo correria melhor com cada um mandando no seu próprio nariz,dispensando o nariz “único, Brasília, que hoje tem o direito exclusivo de cheirar, pensar, ouvir e falar pelos diversos povos e nações do Brasil.

Voltando ao sábio trecho da música de Matogrosso, o seu significado poderia ainda ser reproduzido na prática eleitoral como sendo o “direito”que têm os eleitores, condenados à morte, de escolher a“melhor” execução. As opções seriam “enforcado”,”cadeira elétrica”,” queimado”, ”guilhotinado” ou ”afogado”. Isso é democracia?

Sérgio Alves de Oliveira – Sociólogo,Advogado,Membro do GESUL-Grupo de Estudos Sul Livre

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Sociedade Militar