Evangélicos pela primeira vez podem decidir as eleições no BRASIL. E eles sabem disso. Pastores e líderes se apressam em dizer que NÃO apoiam o PT.

Evangélicos pela primeira vez podem decidir as eleições no BRASIL. E eles sabem disso. Pastores e líderes se apressam em dizer que NÃO apoiam o PT.

Em pleitos anteriores os evangélicos votaram em massa em candidatos do PT. O partido no passado recebeu apoio de líderes conhecidos como Silas Malafaia e Marcos Feliciano. Mas estes, principalmente por conta de discussões acirradas e o posicionamento radical do PT e partidos aliados sobre questões ligadas à família, como aborto, adoção de crianças por casais homossexuais e outras questões relacionadas, aos poucos foram abandonando o partido dos trabalhadores.

Em um vídeo recente o Pastor Silas Malafaia diz que errou em apoiar o Partido dos Trabalhadores e aconselha os evangélicos a não votar em Dilma Roussef nas próximas eleições.  O pastor Marcos Feliciano, deputado federal que foi alvo de agressões e manifestações exageradas é outro que diz que se arrepende de ter apoiado o PT no passado. Recentemente foi postado na internet um vídeo que afirma que Marcos Feliciano voltou a apoiar o PT, Feliciano avisa que o vídeo é antigo, da época em que seu partido fazia parte da base aliada, e reafirma que acabou a relação com o PT. (Veja aqui)

eu rompi definitivamente qualquer relacionamento político com o governo que aí está, do PT e com a presidente Dilma. No meu ponto de vista o PT traiu toda a comunidade cristã brasileira”

Atenção aos números. O Brasil tem quase 143 milhões de eleitores. Os evangélicos brasileiros compõem 22% do eleitorado, cerca de 31 milhões de eleitores, bem menos do que representam os católicos, estem somam 84 milhões. Entre os que se declaram evangélicos 53% dizem que vão votar em Marina Silva. Isso significa algo por volta de 16.4 milhões de eleitores. Só pra lembrar, segundo as pesquisas mais recentes, Dilma perderia para Marina no segundo turno por uma diferença de pouco mais de 13 milhões de votos.

Segundo o IBOPE há um empate técnico entre os católicos que votam ou não no Partido dos Trabalhadores, 42% votariam em Marina e 40% em Dilma Roussef. Por isso, mesmo que os católicos representem mais de 60% do eleitorado, a luta para conquistá-los não é prioridade para as principais candidatas. Nesse setor a balança está equilibrada e mexer com isso é mais difícil. 

O restante dos eleitores (15%), que não declaram nenhuma religião ou são praticantes de outras filosofias, tendem a influir menos nos resultados pois compõem um número menor de pessoas, cerca de 21 milhões de eleitores no total, além de apresentar um resultado mais equilibrado. 45% votariam em Marina e 27% em Dilma, se Dilma lutasse por esse grupo e alcançasse pelo menos um empate, conquistaria no máximo mais 3,7 milhões de votos, e ela precisa de muito mais do que isso.

A equipe de Dilma sabe muito bem que precisa conquistar os evangélicos, mas a tarefa é bastante difícil, o setor é extremamente conservador, principalmente no que diz respeito à defesa da família e honestidade. Assuntos como o mensalão, aborto, proibição de assistência psicológica a homossexuais (que rotulou-se de cura gay) e o massacre contra Marcos Feliciano derrubaram o status de Dilma e do PT frente aos evangélicos mais esclarecidos.

Recentemente Dilma foi recebida em uma igreja evangélica em São Paulo, logo após as fotografias serem divulgadas na internet o pastor Silas Malafaia publicou um vídeo declarando-se  contra o Partido dos Trabalhadores. A cantora Ana Paula Valadão publicou essa semana fotografias usando um coque, em alusão ao penteado usado por Marina, e disse que ora para que Marina seja presidente do Brasil. “ Oro para que ela seja minha futura presidente!”, disse

Ainda que sites como Carta Capital e 247 desesperadamente tentem atingir Marina Silva ela permanece em crescimento. É obvio que a candidata da Rede não representa os anseios da sociedade de direita, mas pelo menos até agora é a única possibilidade viável de acabar com o continuismo petista no ececutivo federal.

Marina Silva, vista pelos europeus como representante da TERCEIRA VIA em seus discursos tem dado sinais de que se afastará de algumas posições tradicionais da esquerda como controle excessivo da economía.

Veja também: Europeus enxergam marina como representante da TERCEIRA VIA.

Revista Sociedade Militar – Robson A.D.Silva

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Sociedade Militar