Troca de PRISIONEIROS. Jordânia aceita negociar com ISIS. Concessão pode gerar mais terror?
A Jordânia acaba de anunciar que está pronta para trocar uma prisioneira condenada por ataque terrorista em um hotel por um piloto jordaniano sequestrado pelo Estado Islâmico. Um alto funcionário da Jordânia disse isso nessa quarta-feira, mas não houve nenhuma palavra sobre o fato do refém japonês estar incluído em qualquer negociação.
Tanto o pai do piloto quanto a mãe do prisioneiro japonês tem estado em atividade intensa pela vida de seus filhos.
Mohammed Al Momani, ministro da Jordânia para assuntos de comunicações, fez o anuncio em um comunicado oficial. Ele disse: “estamos prontos para libertar a prisioneira iraquiano, Sajida al-Rishawi, se o piloto da Jordânia, Lt. Muath al-Kaseasbeh, for libertado ileso.”
Sajida al-Rishawi é uma terrorista confessa. No dia 9 de novembro do ano de 2005, a iraquiana, de 35 anos, casada dias antes com Ali Hussein al-Chammari, permitiu que o marido enrolasse no seu corpo um cinto cheio de explosivos. Os dois foram em seguida ao hotel Radisson, em Amã, capital da Jordânia.
No salão de dança celebrava-se o casamento de Ashraf Akhras e Nadia Al-Alami, que decorria naquela luxuoso hotel de cinco estrelas, havia 900 convidados, homens, mulheres e crianças, tanto palestinos como jordanianos. Conforme foi adestrada, na hora combinada a terrorista pressiona o gatilho mecânico do dispositivo explosivo, mas nada aconteceu. Muito aborrecido, o marido teria empurrado a mulher para fora do salão e regressado em seguida. O homem sobe então para o tampo de uma mesa e detona uma bomba que trazia atada à sua cintura.
Al-Rishawi foi condenada à morte.
O Ministro das Relações Exteriores jordaniano Nasser Judeh disse em seu Twitter que seu país tinha pedido “evidências sobre a saúde e segurança” do piloto, mas que ainda não recebeu nenhuma resposta.
Al-Kaseasbeh, o piloto, foi capturado pelos militantes do ISIS após seu avião de caça cair perto de Raqqa, na Síria no mês passado.
O troca seria contrária à abordagem linha-dura da Jordânia no relacionamento com militantes islâmicos. Como são aliados dos EUA não aceitavam negociar com extremistas.
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