O IRÃ quer conquistar o MUNDO árabe.

O IRÃ quer conquistar o MUNDO árabe.

O Irã, “o Estado terrorista mais perigoso do mundo” quer “controlar o Médio Oriente, como os nazistas quiseram reinar aniquilando o povo judeu”. “Os iranianos é que se intrometem nos assuntos dos países árabes, seja o Líbano, a Síria, o Iraque ou o Iêmen, e isso nós não podemos tolerar. Temos de enfrentar a intromissão do Irã, que quer dominar a região.”

As frases acima têm quatro dias e as primeiras são do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu. As segundas foram ditas pelo embaixador da Arábia Saudita em Washington, Adel al-Jubeir, horas depois de o seu país ter começado a bombardear o Iêmen.

Há uma nova guerra no Médio Oriente. Não parece exactamente um  notícia nova, certo? Há mais uma guerra na região, já havia aliás, era uma guerra civil no Iêmen, o mais pobre dos países árabes e ninguém parecia prestar-lhe grande atenção.

Até que, na madrugada de 26 de Março aviões sauditas começaram a largar bombas sobre os rebeldes huthis, uma tribo de confissão zaidita (um ramo do islam xiita) que avançava para conquistar Aden, a segunda maior cidade do país, onde estava encurralado o Presidente Abdul Mansour Hadi, que chegou ao cargo depois de um acordo negociado pelos sauditas para afastar Ali Abdullah Saleh, na ressaca das revoltas árabes. Os sauditas não estão sozinhos, juntaram numa mesma coligação países sunitas como Marrocos, Sudão ou Turquia.

Do outro lado, o inimigo comum, o Irã, no momento em que o seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Mohammad Zarif, estava na Suíça a discutir com o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, um acordo sobre o programa nuclear iraniano que, a ser bem-sucedido, vai permitir levantar as sanções econômicas que asfixiam o país e limitam as suas exportações de petróleo, e arrancar, em simultâneo, o rótulo de pária que a República Islâmica ostenta há décadas.

Revista Sociedade Militar – De Publico.pt

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Sociedade Militar