CPI da PETROBRÁS agora há pouco. Delatora diz que país para sem corrupção. “Brasil é movido pela corrupção”

CPI da PETROBRÁS agora há pouco. Delatora diz que país para sem corrupção. “Brasil é movido pela corrupção”

Qualquer pessoa que tem um mínimo de capacidade de observação percebe que nosso país está afundado na ilicitude, que alcança praticamente todos os setores da sociedade.

Como podemos mudar isso? Parece que a corrupção, seja por omissão, seja por ação, está arraigada.

A doleira Nelma Kodama disse, em depoimento à CPI da Petrobras, que o Brasil “é movido pela corrupção”. “Quando parou a corrupção [na Petrobras], o Brasil parou”, disse referindo-se às investigações feitas pela Operação Lava Jato a respeito de desvio de dinheiro e pagamento de propina de empreiteiras contratadas pela estatal.

“É o que eu chamo no meu mercado de bike, bicicleta: um santo descobrindo o outro. Estamos na corrupção da Petrobras, dos empreiteiros, e o que aconteceu [quando isso foi descoberto]: o País entrou em crise, numa recessão”, disse.

Ela já havia admitido à CPI que praticou evasão de divisas mediantes operações fictícias de importação. O deputado Izalci (PSDB-DF) perguntou a ela que brechas existem no sistema financeiro que permite operações irregulares de câmbio. “Que mudanças seriam necessárias para evitar evasão de divisas por meio de importações fictícias? Ninguém checa se a importação é verdadeira?”, perguntou.

“Eu também me pergunto. Como pode fazer uma importação e não vir nada? Tem vários tipos [de importação]. O câmbio antecipado, que você paga e depois a mercadoria vem. Só que às vezes não vem”, explicou ela.

Nelma Kodama está sendo ouvida pela CPI da Petrobras no auditório do Foro da Seção Judiciária do Paraná. Ela é a primeira depoente de hoje. Ainda devem ser ouvidos René Pereira (ligado ao doleiro Alberto Youssef), os ex-deputados Luiz Argolo, Pedro Corrêa e André Vargas, o doleiro Carlos Habib Chater e o publicitário Ricardo Hoffmann (acusado de pagar propina para André Vargas).

Site da Câmara. Republicado em Revista Sociedade Militar.

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Sociedade Militar