Militares e Reajuste dos SOLDOS. REPRESENTANTES.

Militares e Reajuste dos SOLDOS. REPRESENTANTES.

Essa semana foi soterrada mais uma tentativa dos militares de obter uma solução para o problema dos salários, bastante defasados em relação à outras categorias da administração pública. O supremo não acatou a tentativa de equiparar o salário ao dos policiais militares do Distrito Federal.

No últimos anos foram várias tentativas de sensibilizar o governo, entre elas houve abaixo assinados no site do senado e até manifestações em Copacabana. Embora a mídia tenha omitido, ha comentários sobre a presença de vários militares da ativa nos protestos. Uma esposa de sargento chegou até a falar em paralisação dos militares, o que mostra que a tropa está no limite.

A solução do problema dos militares passa pela formação de uma bancada militar não só no Congresso Nacional, mas também, e com até mais urgência, em assembleias legislativas estaduais e câmaras de vereadores. A colocação de representantes em escalões inferiores pode sustentar a eleição de militares para Câmara Federal.

Alguns Militares e membros da família militar tentaram se eleger em 2014 com o apoio do Partido Militar Brasileiro. O partido, ainda que não regularizado, serviu como base de apoio para a candidatura por outras siglas, como o PRTB, no Rio de Janeiro. Infelizmente nenhum militar, com exceção de Jair Bolsonaro, logrou exito.

Todos os cidadãos que pretendem ocupar cargos políticos, ainda antes de se candidatarem, normalmente já estão consagrados  como formadores de opinião, como espécies de porta voz da sociedade que pretendem representar. Mas, para os militares isso é vedado, na medida em que são proibidos de falar publicamente sobre política. Essa regulamentação não é mais compatível com os contexto em que vivemos, e deveria se limitar a vedar manifestações quando em efetivo serviço, ou em horário de expediente. Por conta dessa norma os militares entram na disputa em desvantagem, seus adversários tem todo o tempo do mundo para dialogar com os potenciais eleitores. Os militares têm apenas três meses.

Ainda antes de iniciar o período eleitoral um militar carioca foi punido por se manifestar contra os baixos salários dos militares das Forças Armadas. O sargento, que saltou da ponte Rio Niteroi e, após isso, escalou um monumento mencionando em sua camiseta o baixíssimo valor do salário família, foi parar atrás das grades no batalhão de guardas. O militar, se portando de forma disciplinada, depois de punido não comentou sobre o assunto.

Há alguns anos vários militares acusaram o Exército de os punir após os mesmos terem se candidatado a cargos políticos. Poucos meses após as eleições os militares foram transferidos de sede, o que os afastou dos potenciais eleitores. Para a justiça é muito difícil decidir se tais militares foram transferidos realmente por punição ilegal, haja vista que os critérios utilizados para determinar quem será ou não transferido para outra sede são bastante “misteriosos” e subjetivos.

Jair Bolsonaro, o único militar das Forças Armadas que ocupa cadeira no Congresso, no inicio de sua carreira política foi bastante perseguido pelos próprios superiores por justamente lutar por salários melhores para todos os MILITARES. Jornais da época falam sobre um suposto plano para explodir bombas de efeito moral com o intuito de tornar pública a insatisfação em relação à remuneração. 

Quando o sargento Feliciano foi preso o Partido Militar se manifestou publicamente. Dizendo: As executivas nacionais e estaduais das referidas siglas, embora reconhecendo a rígida disciplina a que estão submetidos os militares das Forças Armadas, defendem a modernização das legislações militares mais compatíveis com a Constituição Federal de 1988, bem como resolvem por ato UNÂNIME prestar apoio jurídico ao Sargento Feliciano, disponibilizando suas assessorias jurídico-partidárias, para que o mesmo tenha seus direitos constitucionais preservados.
O tratamento urbano e sociável que os militares ao logo dos anos vêm dispensando ao povo brasileiro, comumente demonstrados em momentos de maiores necessidades sociais (catástrofes naturais, apoio a segurança pública, bem como missões humanitárias intramuros ou extramuros) são a prova cabal da capacitação profissional destes homens e mulheres profissionais que dedicam seu tempo e sua vida a missão de gerir “ordem” e “progresso” a nação brasileira.

Ha informações de que em 2016 vários militares das Forças Armadas mais uma vez tentarão iniciar a caminhada rumo ao Congresso Nacional. A disputa será para o cargo de VEREADOR, base da ascensão até o Congresso. Cabe à família militar e sociedade que acredita nos princípios defendidos pelos militares apoiá-los nessa batalha.

Revista Sociedade Militar

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