Projeto dá ao GOVERNO o CONTROLE sobre pequenas mídias, sites e blogs. Apresentado por Maria do Rosário.

Maria do Rosário apresenta projeto que pode dar ao GOVERNO o CONTROLE sobre pequenas mídias, sites e blogs.

O PL 1677/2015  está escondido em meio aos muitos que aguardam parecer. Mas, pode ser aprovado como um relâmpago se a sociedade não estiver atenta.

Maria do Rosário (PT-RS), nem sempre tão discreta, apresenta sua proposta sem chamar a atenção. Ela o faz como se quisesse beneficiar com dinheiro público pessoas físicas e pequenos empresários, donos de blogs, sites e mídias com tiragem de até 20 mil exemplares. Contudo, como quase tudo que vem da esquerda brasileira, o projeto tem um objetivo oculto, mascarado por trás das gentilezas e sorrisos. Não passa de mais uma arma a ser aplicada dentro da já conhecida revolução cultural.

Art. 1º Todos os órgãos e entidades das três esferas de governo,
assim como empresas públicas e sociedades de economia mista, deverão destinar às mídias
regionais pelo menos 20% (vinte por cento) do total de recursos alocados à veiculação de
publicidade institucional e comercial.

Rosário, já no projeto impõe às mídias beneficiadas pelos recursos governamentais algumas ferramentas de controle como:

... conselho de leitores, ouvintes e telespectadores, ouvidorias e ombudsman, no intuito de garantir a transparência e a possibilidade de os cidadãos e cidadãs se expressarem…

A palavra “conselhos” lembra alguma coisa?

A esquerda aos poucos, graças ao empenho da sociedade esclarecida brasileira, está perdendo a batalha na grande rede. Nas redes sociais as páginas com maior número de leitores e participação são voltadas para a oposição e denúncia do que ocorre nos bastidores do poder. Nas redes sociais os grupos com maior participação são de oposição.

Ao contrário das grandes redes de TV e sua mídias digitais, os sites de pequeno e médio porte voltados a produção e distribuição de informação isenta não se sustentam por meio de propaganda estatal, o fazem como deve ser, de forma independente, sem intromissão do estado, com publicidade gerada por empresas totalmente desvinculadas do governo.

Essa independência faz com que entre esses sites ocorra uma espécie de concorrência sadia. Crescem mais aqueles que investem na produção de conteúdo de qualidade. Se Maria do Rosário conseguir alavancar sua proposta isso pode criar nas pequenas mídias, sejam impressas ou online, um vínculo de dependência com o governo. Isso alavancaria financeiramente aqueles que se submetessem a exibição de conteúdo produzido de acordo com os interesses do estado, ao mesmo tempo que extinguiria aqueles que não caíssem nas graças dos governantes.

Outra coisa que chama a atenção é o fato de a própria Maria do Rosário ter o costume de usar “mídias” para fazer publicidade do seu mandato. Consta que ela, ainda esse mês, (junho/15)gastou R$ 4.980,00 da COTA parlamentar para imprimir o que chama de Cartilha do Mandato. Em novembro de 2014 a deputada também investiu nesse setor, quando mandou “criar posts para internet e redes sociais”. Em dezembro a deputada também gastou em mídia, determinou, com dinheiro público, que fossem impressas 10 mil “revistas mandato”  ao preço de R$ 7.980,00

   Em 2013 o governo gastou R$ 2.3 bilhões em propaganda. Isso dá um poder incrível àquele que detém o direito de escolher quem exibira os comerciais, anúncios, vinhetas etc. Aqueles privilegiados pelo governo tem capacidade de esmagar a concorrência. O que deveria ocorrer é a proibição total da aplicação de recursos em propaganda institucional, ou que pelo menos se reduzisse isso ao extremamente essencial, como campanhas de vacinação, contra a dengue e coisas do gênero.

Lembramos aqui que faz pouco tempo que Maria do Rosário mandou investigar um blog de piadas. Intitulado “Joselito Müller – Jornalismo Destemido” a mídia fez piada com a suposta sanha de Rosário em defender direitos humanos de marginais. Na época, segundo jornais, ela pediu até a wordpress, que hospedava o site, que retirasse o conteúdo do ar.

  A Revista Sociedade Militar é uma mídia independente, e, assim como a maioria das mídias que desejam permanecer com a liberdade de expressão garantida constitucionalmente, não queremos dinheiro governamental. Não queremos nos vender. E não aceitamos esse “drible” ou “pedalada” em direitos garantidos constitucionalmente. Desejamos apenas que o governo deixe que a própria concorrência e qualidade da produção sejam os fatores determinantes na conquista dos primeiros lugares na preferencia dos leitores e não determine quem se destacará mais por receber maior investimento estatal.

Robson A.DSILVA – Revista Sociedade Militar // 

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Sociedade Militar