“SOLUÇÃO Virá”. Diz Clube MILITAR

MILITARES dizem que DILMA segue para o PRECIPÍCIO e que a SOLUÇÃO virá.

Revista Sociedade Militar

O Texto do GENERAL Clovis Purper Bandeira parece suprir as expectativas de muitos brasileiros, que esperam posicionamentos duros das Forças Armadas em relação ao que esta acontecendo no Brasil.  Ao final de sua “fala” o general deixa bem claro que o clamor das ruas precederá a SOLUÇÃO, que certamente virá. Para o bem de uns e mal de outros. leia o texto.

A Presidente Dilma cambaleia ladeira abaixo, em meio a grande confusão de atos e fatos que complicam sua situação política. Sem qualquer ponto de apoio que possa ajudá-la a manter o prumo, suas cambalhotas na direção do precipício beiram o dramático. No mesmo pacote mal 
feito se misturam a inflação ascendente, o desemprego crescente, o desencanto dos eleitores, que lhe deram um segundo mandato há pouco mais de meio ano, os infindáveis escândalos de corrupção, envolvendo empresários, políticos e a outrora sólida Petrobrás, a incompetência administrativa assombrosa, a revolta com a teia de mentiras que foi imposta ao eleitorado e a falta total de apoio por parte de seu partido e de seus parceiros, inclusive de seu guru Lula.

A base de apoio do governo ruiu completamente e todos procuram salvar-se, levando a melhor parte dos destroços. Tudo bem, Dilma colhe o que plantou. No entanto, há outros sinais assustadores. Seus aliados teóricos jogam cascas de banana em seu caminho já escorregadio, votando demagogicamente medidas de gosto popular que completariam a destruição de nossa economia e deixando-lhe a antipática alternativa de apelar para o veto, tentando salvar algo do periclitante, mas imprescindível, ajuste fiscal.

O horizonte é ensombrado pelos vetos que podem ser derrubados e por, no mínimo, três grandes nuvens negras ameaçadoras na esfera judicial: o TCU, na verdade órgão fiscalizador do Legislativo, caminha para rejeitar as contas governamentais de 2014, em consequência das famosas “pedaladas”, artifícios contábeis usados para mascarar os desastres fiscais do desgoverno; o TSE que se inclina a analisar possível abuso do poder econômico e uso de verbas de origem duvidosa nas eleições de 2014; e o STF com atenta observação das investigações da Polícia Federal e do Ministério Público no caso da Operação Lava Jato, que chegam cada vez mais perto do Planalto.

Raposas felpudas discutem de maneira não muito discreta as alternativas a seu impeachment, acertando cenários, acordos e divisão do espólio após sua possível queda. As conversações envolvem o invertebrado PMDB – teoricamente aliado de Dilma – e as facções mineira e paulista do PSDB – oposição retórica do governo petista, além de personagens menores.

Enquanto isso, ministros dos tribunais superiores movem-se discretamente, trocam mesuras e sussurros, repelem pressões mal disfarçadas, aceitam outras, lançam balões de ensaio. No deslize acelerado rumo ao abismo, cujo fundo é muito distante e inimaginável, dois importantes atores do drama brasileiro medem cuidadosamente suas ações ou omissões.

Um é o camaleônico Lula, movendo-se com muita cautela para não ser tragado pelo mesmo desastre que ora incentiva, ora acalma. Sua situação, no entanto, também não é tranquila. O braço da lei vem se aproximando e ele deve muitas explicações sobre a criação do pesadelo em que vivemos. A outra, incrivelmente discreta, mas crescentemente descontente, é o povo brasileiro, vítima maior dos descalabros e também responsável pelos mesmos, por nunca ter exigido as satisfações que lhe são devidas. Escorrega junto com Dilma, sentindo-se sem carta, sem rumo e sem piloto.

O clamor das ruas virá, mais cedo ou mais tarde. Quando chegar, a solução aparecerá, para o bem e para o mal.

Revista Sociedade MILITAR. Texto de Clube Militar em: https://clubemilitar.com.br/pensamento-do-clube-militar-32/

Deixe um comentário
Compartilhe
Publicado por
Sociedade Militar