Invadir o Brasil! Evo Morales. Declarações absurdas. Mas, ha manipulação por aí.


Invadir o Brasil! Evo Morales. Declarações absurdas. Mas, ha manipulação por aí.

Revista Sociedade Militar

É verdade, nos últimos dois dias a grande rede anda em polvorosa. Uma mistura de indignação e raiva permeia a mente de muita gente. Afinal, Evo Morales teria ameaçado o Brasil, e os comandantes militares permaneceram mudos, quietinhos, como se estivessem com medo. Mas, na verdade a tal declaração de Morales não passa de uma invenção sensacionalista. Na cerimonia onde foi realizado o tal discurso, estavam presentes oficiais das Forças Armadas brasileiras, e nenhum deles ouviu a palavra ataque ou invasão. 

Segue artigo publicado ha dois dias sobre o assunto: 

O presidente Boliviano disse (veja aqui): “Não vamos permitir golpes de Estado no Brasil e nem na América Latina. Vamos defender as democracias… Pessoalmente, nossa conduta será defender Dilma, presidente do Brasil, e o Partido dos Trabalhadores …’

e  “A direita imperialista quer desarticular os processos revolucionários na América Latina. Nós lutaremos e apoiaremos incondicionalmente os governos de Brasil, Equador, Uruguay, Venezuela, Cuba … é nossa obrigação defender os processos democráticos e a democracia”. (tradução livre)

Compreendemos a preocupação da sociedade. Contudo, para qualquer militar profissional, uma declaração desse tipo – bastante improvável – soaria como idiota, além de desprovida da ética que deve permear as declarações de um chefe de estado.

Para nós, o novo showzinho de Evo Morales não soa como ameaça, na verdade traduz-se em ótima notícia, significa que a esquerda latino-americana reconhece que o governo de Dilma Rousseff chega ao ocaso e que é apenas questão de tempo para que a hegemonia esquerdista também termine na América do Sul. 

Quanto a “invadir o Brasil”, uma “ameaça” desse tipo não merece nem discussões técnicas aprofundadas. 

Não podemos aqui adjetivar os militares bolivianos, haja vista que as declarações partiram de Evo Morales, um político, e não de soldados profissionais. A despeito das falácias do presidente, que não mencionou forças armadas ou invasão, seus generais não seriam irresponsáveis e nunca entrariam numa pendenga com o Brasil. Seria um crime cometido contra seu próprio país.

Se Dilma Roussef ou qualquer outro político for afastado de seu cargo como consequência de um processo conduzido de forma legal, as instituições permanentes aqui existentes estarão prontas para cumprir o seu papel de garantir os poderes constituídos, caso estes sejam ameaçados.

Atualmente o Brasil tem condições de dizimar quase completamente o exercito boliviano ainda antes que saísse de dentro dos quarteis. Somente com o emprego de nossa artilharia terra-terra, o Brasil pode varrer mais que 50% do território de Evo Morales. Por conta disso tudo, é tecnicamente impossível que militares bolivianos empreendam qualquer ação que ameace minimamente nossa soberania. 

Se existisse um ranking oficial de poderio militar na America latina, a Bolívia ficaria próximo do último lugar enquanto o Brasil ocupa o primeiro. O exército boliviano sempre esteve mais orientado para ações policiais do que para defesa nacional.

Há apenas dois anos Evo Morales teve que se aquietar quando o Chile o advertiu que parasse de insistir na tão pretendida saída para o pacífico. Na época o presidente chileno deixou claro que se fosse necessário iria defender seu território “com toda a força do mundo“. Evo recuou.

Revista Sociedade Militar. Obs: A Revista Sociedade Militar Online é em veículo independente, sem vínculos políticos ou governamentai, que divulga análises, artigos e notícias relacionados à politica, segurança pública e defesa, conta com vários militares, oficiais e praças, entre seus colaboradores.

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