MILITARES surpresos com suposto ARQUIVAMENTO do processo dos 28.86%.
Foi apena um alarme falso. O Ministério do Planejamento esclareceu que o processo mencionado se encontra em análise na pasta, tramitando eletronicamente. Houve o arquivamento da etapa somente no papel. Contudo, mesmo que a diferença dos 28.83% saísse ainda esse mês, isso não resolveria o problema da família militar, que precisa que pelo menos a inflação do triênio seja reposta. Para isso o reajuste teria que ser em uma única parcela, de cerca de 25%, a depender do índice usado para calcular as perdas.
Diversas categorias federais têm se concentrado todos os dias em frente ao Congresso Nacional exigindo um reajuste maior do que o prometido pelo governo. Para o Judiciário Dilma prometeu um reajuste médio de 41%, mas os servidores exigem que seja de no mínimo 53%. Por esse motivo na tarde ontem os deputados que chegavam no Aeroporto de Brasília eram cercados pelos servidores, que os pressionavam a vetar a proposta do governo.
Membros das Forças Armadas ainda não tem associações habilitadas legalmente para os representar junto ao Ministério da Defesa, por esse motivo, as lideranças que existem, como Kelma Costa, Ivone Luzardo, Jair e Genivaldo, que fazem o que podem, dependem de parlamentares para que sejam recebidos pelo ministro.
As lideranças informam que a assessoria dos deputados Cabo Daciolo e Izalci ainda tentam um encontro com o Ministro da Defesa como um último esforço para melhorar o percentual prometido para os militares. A resposta deve sair nessa quinta-feira. Se não obtiverem sucesso, tudo indica que as Forças Armadas permanecerão com o insatisfatório “reajuste” parcelado prometido pelo Planejamento e anunciado pelo Comandante do Exército, que inclusive disse que não participou dos cálculos que definiram o percentual.
Suas palavras foram “… essa questão do orçamento é tratada na área do executivo.”
Nos campos de comentários da Revista Sociedade Militar, muitos leitores demonstram indignação e decepção. Alguns mencionam que a disposição de negociação do General Villas Bôas e de outros oficiais generais poderia ser afetada pelo facto dos oficiais ocuparem cargos de confiança da Presidente da República, inclusive com salários superiores aos que teriam em situação diferente.
Alguns comentários de leitores:
“ele não esta preocupado com a tropa, alias o próprio comandante ganha 02 salários”
“General. Essa é para o senhor, vamos parar de bla, bla bla o senhor esta com nós, ou contra nós. Eu sou militar sei de suas vantagens para não dizer outras coisas, e tenho a certeza como vive muito bem…”
“duvido que o percentual deles é o mesmo que para a TROPA. DUVIDO ! Se fosse já estariam sim com a TROPA nas ruas.”
Sociedade Militar
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