Alemães tem um passado que acaba por criar a obriga moral de aceitar os refugiados árabes.

Alemães tem um passado que praticamente os obriga a aceitar os refugiados.

  Diante do que a sociedade alemã deixou acontecer na segunda grande guerra, quando 6 milhões de judeus morreram por conta de sua passividade, pelo fato de não impedir os absurdos de seu fuhrer. Seria já de se esperar que as ações do país em prol dos refugiados árabes fossem ainda mais expressivas do que tudo que tem sido realizado em outros países da Comunidade Européia.

  Ninguém diz isso, é claro. Soaria como um espécie de cobrança, seria interpretado como menção politicamente incorreta. Como por aqui pela Revista Sociedade Militar parece-nos que não funciona muito essa imposição do politicamente correto, mencionamos essa questão.

 Jornal europeus divulgaram hoje que e Alemanha tem re-imposto controles nas fronteiras. O sinal foi interpretado por alguns como indícios de que a economia mais poderosa da Europa pode estar prestes a atingir ponto de ruptura, uma vez que tenta lidar com milhares de requerimentos de asilo todos os dias.

  Mas, Merkel deixou suas fronteiras praticamente abertas por vários dias. E parece que fez uma pausa apenas para re-organizar a questão. Assim, o ministro do Interior alemão, Thomas de Maizière em um comunicado curto, quando disse que  teve de fechar sua fronteira, não mencionou a questão econômica, disse que era uma questão de segurança, que o país tem que obter algum controle. Não se sabe se isso decorre dos boatos de que pode existir militantes radicais infiltrados no meio dos refugiados.

  A posição alemã cria um impasse. Há ainda dezenas de milhares de pessoas na Hungria, Grécia e outros países aguardando a autorização. Enquanto isso passam por necessidades como fome e falta de abrigo. Refugiados continuam dizendo que irão para a fronteira da Alemanha, estando esta aberta ou não. 

  Alguns dizem que já chegaram na Europa, e que não vai ser uma notícia de fronteira fechada que vai impedi-los de prosseguir.

   Aguardemos, Angela Merkel tem dado sinais que receberá até um milhão de pessoas nos próximos anos. Ainda assim é possível que movimentos sociais na Europa comecem a invocar a questão do Holocausto, principalmente diante do freio interposto nos últimos dias.

 O mundo observa e aguarda em suspense o novo êxodo, criado pela omissão da chamada comunidade internacional, já que era mais do que previsível que seres humanos iriam fugir dos locais onde correm o risco de ser exterminados.

 Robson A.DSilva — Revista Sociedade Militar

Deixe um comentário
Compartilhe
Publicado por
Sociedade Militar