Sobre a “Reforma” ministerial. Texto de General Pimentel.

  A reforma ministerial, anunciada pelo governo como forma de cortar gastos inúteis e servir de exemplo à implementação das duras medidas de ajuste fiscal propostas pelo ministro da Fazenda, é mais uma grande desilusão para todos e a ratificação do que os brasileiros já estão fartos de saber: O País não tem planejamento, nem projetos sérios, que possam ao menos dar uma tênue esperança de um futuro melhor; somos hoje uma nau sem rumo a navegar em oceano tormentoso. A crise se acentua a cada dia.

Não houve e nem haverá reforma efetiva alguma. É o velho toma lá dá cá, a compra da governabilidade fácil, onde predominam a luta desesperada para se manter no poder e o interesse pessoal de políticos inescrupulosos sempre se sobrepondo aos do país e dos seus representados. Quem poderia supor, por exemplo, que o primeiro ministro a ser degolado na pretensa reforma seria o da Educação, o do “Brasil Pátria Educadora”, slogan apregoado com pompa e circunstância como prioridade máxima do governo, unicamente para acomodar seu chefe de gabinete civil, removido de lá por exigência do ex-presidente Lula, que com desmedida ambição só enxerga 2018.

O que restará disso tudo é o que todos nos perguntamos. Do que não temos dúvida é de que quem vier depois, aí sim, estará diante de uma verdadeira “herança maldita” por culpa de um governo que nada construiu, que potencializou males que historicamente nos afligiam, foi causador de outros que nem supúnhamos pudéssemos ter de enfrentar e que inverteu os mais caros dos valores tradicionalmente por nós cultuados. Em todos os campos de atividade, sobretudo no político, no social e no econômico.

O grau de desaprovação ao governo, traduzido na última pesquisa do IBOPE e anunciada nesta semana – 82% – é inédito, assustador e indica que a sociedade está exigindo profundas mudanças na condução do país.

02 de outubro de 2015 – General Pimentel – Clube Militar

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Sociedade Militar