General diz que Iniciativa dos Comandantes para empreender uma Intervenção Militar não dependeria da VONTADE da SOCIEDADE

Iniciativa dos Comandantes para empreender uma Intervenção Militar não dependeria da VONTADE da SOCIEDADE 

Os textos do General Paulo Chagas sempre são curtos e francos. O militar não mede palavras e não suaviza sua opinião somente para agradar a uns ou outros. Paulo Chagas apresenta suas razões e deixa claro que na sua visão não adiantaria ir para as ruas tentar pressionar os comandantes a realizar uma Intervenção Militar. O General diz que militares não têm um cargo eletivo. Portanto, não devem obediência ao eleitorado. No caso do impeachment a pressão da sociedade seria válida, já que políticos devem obediência ao eleitorado..

O texto de P. Chagas aparentemente é uma resposta a um texto que circula na rede há alguns dias. Onde Robson M.Campos diz que é necessário que a sociedade pressione para que a Intervenção Militar aconteça. 

Vejam um extrato do texto de Robson M. Campos : “É de se perguntar: o silêncio compulsório dos militares fez algum bem ao Brasil? É óbvio que não. Militar não é cidadão de segunda classe. Se não lhe deve ser permitido rasgar a Constituição (assim como a qualquer outro cidadão) também não se pode tolher o militar de pensar e falar. Quem o faz, age assim em benefício próprio, pois teme a força militar e a prestação de contas que virá.

Já disse e repito: é difícil imaginar um cenário no futuro próximo do Brasil em que não se encare a necessidade de intervenção militar para manter a lei e a ordem e para ajudar as instituições a limparem a casa…  impeachment e intervenção militar podem se tornar irmãos siameses: um completando o outro, para o bem do Brasil.

Mas, para isso ocorrer, os brasileiros precisarão mostrar a sua voz e a sua cara. Collor caiu porque os cara-pintadas ocuparam as ruas do Brasil. Está chegando o momento de fazer pressão. De mostrar que o Brasil de hoje não é o Brasil que queremos. Que não concordamos com a corrupção, a imoralidade e a falta de ética…

Abaixo o texto de Paulo Chagas, general de Brigada.

Impeachment ou intervenção, que cada um faça a sua parte.

Caros amigos

É realmente angustiante o ritmo com que as coisas evoluem no Brasil. No entanto, é o nosso ritmo! Muda-lo à força não mudará a nossa natureza.

Temos que aprender a conduzir os nossos destinos e, principalmente, aprender a definir o que de fato é bom, se não para todos, pelo menos para a maioria, e fazer acontecer sem depender de decisões sobre as quais não temos ingerência.

Temos que entender e aprender que os políticos não se constituem em uma classe profissional autônoma que trabalha para si própria. Pelo contrário, são representantes compromissados com a vontade dos que os colocaram lá e a eles devem respeito e prestação de contas.

Já os militares são o que são porque escolheram esta profissão e, com esforço pessoal, individualmente, representando unicamente a sua vocação e mais ninguém, passaram a integrar um organismo armado com missão definida.

Uma iniciativa ou uma decisão de um político representa, em princípio, a vontade de seus eleitores. Uma iniciativa ou decisão de um Comandante Militar pode ser aplaudida ou vaiada pela sociedade como um todo, mas não depende da vontade ou da pressão popular. A sua função não é eletiva, é uma conquista de esforço, de dedicação, de mérito e de demonstrações de coragem e de responsabilidade conseqüente.

Portanto, a decisão por uma intervenção militar, ao arrepio da Constituição, como em 64, é exclusiva dos militares, não carece de pedidos, pressões, aplausos, vaias, choros ou ranger de dentes!

O mesmo já não é válido para o impeachment, porquanto os políticos podem e devem ser pressionados para que façam, no nosso ritmo, o que nós achamos que deve ser feito!

Assim, é mais lógico que nós, cidadãos, não fiquemos esperando ou tentando induzir os soldados a fazer o que NÓS achamos que eles devem fazer, mas, antes de mais nada, fazer o que NOS cabe como eleitores dos outros cidadãos que representam a nossa vontade no Poder Legislativo.

Os militares, como tal, não com cidadãos e eleitores, farão a parte deles, se assim julgarem necessário, com ou sem a nossa demanda ou aquiescência, merecendo o nosso aplauso ou as nossas vaias. Eles não dependem disso, mas, apenas, da própria consciência cívica, patriótica e profissional!

Pensem nisso…

Gen Bda Paulo Chagas Original AQUI

Recebido por e-mail de colaborador.

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Publicado por
Sociedade Militar