Ainda não temos um sinal claro para onde nos vai levar essa avassaladora crise moral, institucional e econômica, no entanto, esse processo político degradante nos desperta a inadiável conscientização de que sem “união” e “amadurecimento político” seguiremos escolhendo maus políticos para nos representar, bem como governar.
Nesse cenário de incertezas, em que perdas de conquistas trabalhistas históricas têm se tornado modelo político padrão ‒ vide Medida Provisória nº 2.215-10, de 31.Ago.2001, que subtraiu vários direitos e prerrogativas militares ‒, precisamos, antes de tudo, convencer a Família Militar para a importância de um grande “PACTO DE UNIÃO”, e aí sim, unidos buscarmos estratégias para encontrar luz no fim desse túnel castrense, nem que seja luz fornecida por um isqueiro.
A nossa Ordem do Dia para a Família Militar é “UBUNTU”. Palavra africana bastante antiga e que tem origem na língua Zulu (pertencente ao grupo linguístico bantu) e significa que “uma pessoa é uma pessoa através (por meio) de outras pessoas”. Esta palavra apresenta significados humanísticos como à solidariedade, a cooperação, o respeito, o acolhimento, a generosidade, entre muitas outras ações que realizamos em sintonia com a nossa alma, buscando o nosso bem-estar, bem como o de todas as pessoas à nossa volta.
Meus irmãos de Armas (Marinha, Exército, Aeronáutica, Bombeiros, Policiais Militares, Clubes, Institutos e Associações Militares), nós temos a extraordinária força de um elefante adulto amarrado a árvore por um frágil barbante. Em temos mais objetivos, nós somos uma big “força política” sem qualquer “representatividade política”. Nesse sentido, essa tomada de conscientização de unidade é fundamental, pois nos permitirá conhecer a força de nossa gigantesca família e, sobretudo, amadurecermos sobre a inadiável necessidade de investirmos nossos numerosos votos em candidatos que verdadeiramente comunguem de nossa orientação ideológico-militar, consequentemente, dando início à imediata formação de uma base parlamentar municipal, que é o início da luz fornecida por um isqueiro.
Se o “não temos representação parlamentar” é o que mais se ouve na caserna, nos gabinetes parlamentares a expressão mais repetida é o “não entendo do que reclamam”. Não entendem, não estão preocupados e não vão nos entender nunca, já que não têm raízes em nossa comunidade militar. Onde homens maus procuram perpetuar status quo injusto, homens bons devem procurar gerar uma ordem real de justiça. É preciso, portanto, detida atenção e reflexão quanto a essas assertivas. A força de mudança do atual paradigma militar está em nossa “unidade”, na unidade de nossos votos. É ditado popular: “A união faz a força”; reescrevo: “A união multiplicam as forças”. Ouso propor uma nova leitura: “A união, irmãos de Arma, gera UBUNTU”.
Família Militar:
― Falta-nos união, já que até hoje ela não saiu do discurso;
― Falta-nos unidade de espírito político (Clubes, Institutos e Associações Militares), já que até hoje alguns incautos ainda ousam defender apenas a união única de Praças, ou a união única de Oficiais;
― Falta-nos amadurecimento político, mas não o buscamos.
Cravou acertadamente Nelson Mandela […]
“O UBUNTU NÃO SIGNIFICA QUE UMA PESSOA NÃO SE PREOCUPE COM O SEU PROGRESSO PESSOAL. A QUESTÃO É: O MEU PROGRESSO PESSOAL ESTÁ AO SERVIÇO DO PROGRESSO DA MINHA COMUNIDADE?ISSO É O MAIS IMPORTANTE NA VIDA. E SE UMA PESSOA CONSEGUIR VIVER ASSIM TERÁ ATINGIDO ALGO MUITO IMPORTANTE E ADMIRÁVEL”.
Irmãos militares! As eleições municipais de 2016 estão às portas e serão decisivas para a mudança do paradigma negativo que tem assolado a nossa Família: Avante, Ubuntu Militar! “Só conseguirei ser o que sou pelo que nós somos”. Pense nisso!
Eu sou o Sargento Feliciano
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