Militares terão que produzir próprio ALIMENTO. Família militar sofre, com exceção dos GENERAIS, membros da ELITE presidencial de Angola

Militares terão que produzir próprio ALIMENTO em Angola. Família militar sofre, com exceção dos membros da ELITE presidencial.

O regime atual tem medo que possa ocorrer uma convulsão so­cial, a qualquer momento, capaz de mobilizar sectores da Polícia e Forças Armadas, de tal forma, que a Unidade da Guarda Presidencial, “na realidade um exército privado do comandante em chefe, fora do controle das FA, já está neste momento, a arregimentar novos efetivos , para além de estar em perma­nente prevenção”, assegu­rou um militar de alta patente, que sabe muito bem do que fala. Para o mesmo militar “o comandan­te – em – chefe deixou de ter noção da situação real das FAA, por acreditar que estar na Guarda Presidencial lhe basta.”

“exis­tem, atualmente, duas realidades enganadoras: a da capital e a do interior, onde o nível de descon­tentamento dos efetivos é elevado e nem mesmo o reforço do sector de Ensi­no Patriótico consegue esconder a realidade, pois o mili­tar para além de tudo tem família e esta vê agravada, com a política do governo, a sua condição econômica e social todos os dias”.

A Revista Sociedade Militar já informou que Angola adquiriu recentemente aeronaves militares de última geração e é o principal comprador de armamento russo na África. O ministro da defesa da Rússia chegou a dizer que a intenção é que Angola seja a “garantia da segurança na África Central”. Apesar do seu arsenal bastante moderno, as Forças Armadas e as condições salariais da tropa no país permanecem em situação vexatória, com falta acentuada de itens básicos na maioria das unidades do exército do país.

Os contratos militares com a Rússia estão avaliados em mais de um bilhão de dólares.

O país é governado por José Eduardo dos Santos, que se exilou na URSS em 1961, retornando em 1970. José Eduardo é presidente desde 1979 e é membro do MPLA – PT, partido de base marxista – leninista que governa o país há 40 anos. O MPLA-PT foi protegido por tropas cubanas no inicio de sua atuação.

O estado de abandono da maioria das unidades militares, com condições sub-humanas nos alojamentos, em contraste com a luxúria aviltante de um grupo restrito de generais, tem soado bastante na imprensa angolana.

Eis a situação no país, também colonizado por Portugal. O editor sugere que não deixe seu cérebro associar esse relato com situações que lhe são familiares.

Após denúncias como as citadas acima se multiplicarem na imprensa, o General NUNDA, chefe de Estado-Maior general das Forças Armadas Angolanas, em reunião realizada nessa semana (13 a 16 de fev.) pediu aos generais, oficiais, sargentos e soldados para se alistar uma “grande iniciativa” de produção de alimentos e materiais básicos, para que a segurança nacional não fique comprometida.

O General disse a agricultura e a pecuária deverão desempenhar um papel relevante no processo de garantia alimentar das tropas, visando fazer face à crise financeira que o país enfrenta. O militar aconselhou que os comandos usem nesse empreitada os militares considerados mais idosos, acima dos padrões etários para o serviço ativo.

“No mesmo âmbito, temos que fazer um esforço para fabricar tudo aquilo que for possível, nas nossas oficinas, principalmente beliches, mesas, cadeiras, caixões, armários para as nossas casernas”, disse o general.

O General defendeu, igualmente, a transformação da crise, em uma oportunidade para a inovação, criatividade, engenho, mestria e sabedoria, no sentido de sair-se desta situação.

Revista Sociedade Militar – Angola – Brasil

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Sociedade Militar