As Forças Armadas entrarão no JOGO somente para desempatar em favor daqueles que respeitam a lei e a ordem.

ALGUÉM SUGERIU: “TÁ NA HORA DO PAU!”

Um General de Exército, da reserva, respondeu:

“Concordo que “TÁ NA HORA DO PAU”. No entanto, é preciso levar em conta o que aconteceu com as FFAA, ao longo dos últimos 40 anos.

No final dos anos 70, cada turma que passava na EsAO [Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais] redigia um manifesto. Éramos capitães da “repressão”, politizados, indisciplinados.

Os chefes militares, cansados de “pagar o pato”, diante da Nação, por tudo que acontecia, fizeram valer os princípios de chefia e liderança e, diante de uma nova realidade mundial, doutrinaram as novas gerações de oficiais e graduados no sentido de despolitizar as FFAA. Tiveram pleno êxito e os militares se prepararam para atuar em um país de primeiro mundo. Seríamos profissionais de alto nível e deixaríamos a condução do Brasil por conta dos políticos.

Não contávamos com essa reversão de expectativa. O povo, de todos os níveis, deseducado e iludido, elegeu uma classe política absurdamente corrupta, irresponsável e despreparada. Dezenas de partidos abrigaram o que há de pior na nacionalidade tupiniquim.

De repente, diante do caos, cresce o desejo de mudar esse cenário e muitos pedem aos oficiais generais que retornem ao passado e limpem o chiqueiro. Sinceramente, fica difícil essa metamorfose e mais imprevisível ainda a reação do público interno e da população.”

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A resposta do General justifica o momento vivido pela Nação e a atitude adotada pelos militares.

Acrescento, agora, o que o ex-prefeito do Rio e ex-senador pelo PT, Saturnino Braga, disse em entrevista sobre a possibilidade de “haver guerra”, se continuar o atrito entre os pró e os contra o governo.

Lembrou que, em 64, foi uma guerra entre duas partes que não tinham apreço pela democracia – não pode dizer o mesmo hoje – e que a sociedade brasileira não estava preparada para aquela guerra, tendo como consequência uma intervenção militar.

Concluiu perguntando, sugestivamente: Se houver uma nova guerra aqui, quem é que vai desempatar?

Eu respondo: Logicamente, os mesmos de sempre, os militares!

E acrescento que as FFAA não entrarão nessa guerra  para “desempatar o jogo”, mas para assegurar a vitória de quem estiver do lado da lei e da ordem, respeitando as regras do jogo político.

Daí a importância de o nosso lado não “sair da linha” e “ir pro pau” sem o respaldo da razão, da lei e da ordem.

Temos que ser persistentes, veementes e enfáticos nas nossas manifestações sem descumprir as regras estabelecidas no regulamento. Qualquer coisa diferente disso, mantida a situação e o rumo atual, é  aventura e, no momento,  podemos e devemos até correr riscos, mas não aventurar.

Não podemos duvidar ou afrontar os juízes escalados para a partida, temos é que jogar absolutamente certo e dentro das regras porque eles são muito ciosos da sua missão constitucional e farão cumprir as regras do jogo.

Boa partida a todos e fé na missão, na isenção dos juízes e na vitória!

O texto é do General de Brigada Paulo Chagas

VEJA: O que aconteceria nos primeiros dias após uma ação MILITAR para restaurar a ordem e por que isso é protelado até que não exista outra alternativa

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Sociedade Militar