Forças Armadas

Conversa de corredor. Estado de DEFESA poderia ser decretado na sexta-feira. Como os generais vão agir?

Rumores. Estado de DEFESA poderia ser decretado na sexta-feira. Como os generais vão agir?

Pelos corredores do edifício Defensores da Pátria, prédio do Ministério da Defesa, se fala que o GOVERNO cogita decretar estado de DEFESA. Outros articulistas já falam sobre o assunto. A Globo ainda não se manifestou sobre isso.

Militares lotados no Ministério da Defesa, com os quais conversamos, não se manifestam oficialmente sobre o assunto, não percebem qualquer razão para a medida e acreditam que se o decreto acontecer, o que para eles é bastante improvável, será alvo de alguma medida legal da oposição no STF, o que pode cancelá-lo imediatamente.

Um ponto levantado por um oficial foi: “Se isso não for apenas um boato e ela decretar realmente o Estado de Defesa no Distrito Federal, o que isso pode trazer de benefício para sua permanência no governo? Acredito que seria pior, fonte de mais descredito, pois em 24 horas no máximo tal medida seria derrubada.

Dilma pode até implementar o tal decreto. Se as FA vão obedece-la ou como vão obedecer é outra questão. O máximo que devem fazer é se manter aquartelados.

Teme-se que a esquerda tente de alguma forma criar confrontos ainda antes da votação do impeachment, isso seria uma desculpa para o ESTADO DE DEFESA.

Lembramos que o ESTADO de DEFESA, que limita reunião, comunicações etc. Segundo a lei, pode ser decretado em “em locais restritos e determinados”. Portanto, não em todo o país. Outar coisa, Dilma não poderá mandar prender ninguém sem razão, tudo tem que ser realizado com autorização do judiciário e ninguém pode ser detido permanecendo incomunicável.

A presidente deseja criar um clima de golpe e sem as Forças Armadas nas ruas a coisa parece pacífica e legal demais.

Vejam a posição do General Rômulo sobre a questão, que acaba sendo quase um repeteco de episódio parecido ocorrido há poucos dias.

Rômulo Bini disse, entre outras coisas, que:

“O Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, assessores diretos da Presidência da República na adoção dessas medidas, são autoridades do governo e dificilmente decidirão de modo contrário aos seus interesses. Se assim acontecer, o interesse nacional será secundário. Então, como agirá o militar, de qualquer nível hierárquico, no cumprimento de missões oriundas e determinadas por esses preceitos constitucionais se as considerar ilegais e consubstanciadas a velados interesses de um “jogo político”? Como aceitaria cumprir um ato que julga ilegal dentro de uma missão legal?”

No trecho acima está mais que obvia a opinião do General. Quando coloca “como agira o militar no cumprimento de missões… se as considerar ilegais e consubstanciadas a velados interesses de um jogo político… Aceitaria cumprir uma ato que julga ilegal?”

As palavras de Rômulo Bini não são apenas jogadas ao vento, vêm de um homem que esteve no comando há pouco tempo e que tem muita influencia nos chamados “altos cuturnos” do Exército Brasileiro. Há algum tempo o referido militar, junto com outros generais, foi signatário de documento que criticava ações de Dilma Roussef, a despeito da irritação da Presidente e determinação para puni-lo, a ordem não foi cumprida pelo Exército.

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