Geopolítica

Argentina namora aliança do PACÍFICO, pacto comercial “concorrente” do MERCOSUL que pode se transformar em aliança militar.

Argentina namora aliança do PACÍFICO, pacto comercial “concorrente” do MERCOSUL que pode se transformar em aliança militar.

Cansado do “bolivariano” MERCOSUL, Maurício Macri volta seus olhos para uma aliança bastante promissora e que não sofreu tanto com a crise dos últimos anos, a Aliança do Pacífico.  A guinada na política externa se torna evidente com a participação de MACRI na reunião da cúpula da Aliança que se reunirá no CHILE em julho.

A ex-presidente argentina, simpática a todas as esquerdas do continente, acusava a Aliança do Pacífico de ser apenas um representante dos EUA na América Latina

O presidente colombiano há muito que defende que o MERCOSUL se una a aliança do pacífico, contudo, o radicalismo dos governos de esquerda da Venezuela, Brasil e Bolívia têm atravancado as negociações.  

Os números são bons e estimulam MACRI a rapidamente tentar um acordo.  O Produto Interno Bruto (PIB) per capita dos países da Aliança do Pacífico se aproxima de 13.100 dólares contra 10.348 dólares no Mercosul.

A Aliança do Pacífico não é um acordo de cooperação militar. Contudo, opositores acreditam que pode abrir portas para uma “invasão” de bases norte americanas na América Latina.

Na questão geopolítica, MERCOSUL e Aliança do Pacífico parecem caminhar em sentidos opostos, enquanto o primeiro bloco age com base em premissas ideológicas características de governos de esquerda, tentando flertar com tradicionais rivais dos EUA, o segundo grupo busca exclusivamente unir os países com maior mercado consumidor da região, com o apoio e também de olho nos gigantescos mercados consumidores dos EUA e Canadá.

É obvio que após alianças econômicas podem seguir-se as alianças militares, isso já aconteceu diversas vezes. Alguns acreditam realmente que A Pacific Alliance também pode ser uma estratégia para reafirmar a presença norte-americana no pacífico Sul. Contudo, os países membros não parecem se importar com isso, na medida em que tem obtido bons resultados na área econômica. Dos quatro países membros, em dois deles – Peru e Chile – os Estados Unidos mantém bases militares.

Aguardemos. Quem sabe em um governo de “não-esquerda”, nossa política externa seja mais racional e menos ideológica.

Robson A.Dsilva – Revista Sociedade Militar

Deixe um comentário
Compartilhe
Publicado por
Sociedade Militar