A Proposta de Emenda Constitucional 241 é um dos textos que tem gerado maior polêmica e temor nos últimos anos. Alguns dizem que “acabará com a saúde e educação”, “outros dizem que se trata apenas de “arrumar a casa” e outros, mais radicais, que “congela os gastos públicos por um período de 20 anos”.
É evidente que poucos realmente leram o texto, aliás, bastante curto, da proposta.
Dois dias antes da votação da proposta no Congresso o deputado BOLSONARO deixou muitos militares alarmados por conta de um vídeo publicado por sua equipe. Na gravação Jair Bolsonaro disse que a medida poderia “proletarizar” as Forças Armadas e que não votaria a favor do governo TEMER na questão da PEC241 em nenhuma hipótese. Contudo, no dia seguinte, após ter conversado com a equipe do governo e com militares do alto escalão das Força Armadas, o deputado anunciou que havia mudado de posicionamento e que votaria SIM para a proposta do governo.
Muitos militares das Forças Armadas – que haviam adotado o discurso de Jair Bolsonaro e já replicavam nas redes sociais seu repúdio ao governo Michel Temer – ao saber do novo posicionamento do deputado militar se mostraram indignados. Percebeu-se nas redes e quartéis grande surpresa por conta da abrupta mudança de posição.
“… antes de Bolsonaro publicar o vídeo a maioria dos militares era a favor da PEC do governo. Mas ele deu a entender que as Forças Armadas seriam a instituição mais prejudicada e isso fez com que todo mundo repetisse a fala… 20 anos sem reajustes! É o que se dizia nos quartéis”, disse um militar à Revista Sociedade Militar.
Nas redes sociais o deputado foi criticado e chamado de corporativista. Mas, numa de suas postagens há uma dica sobre o que pode ter ocorrido. A palavra NEGOCIAR é relevante. Por sua resposta percebe-se que seu apoio foi dado em troca de alguma coisa para as Forças Armadas, categoria que representa.
Bolsonaro respondeu que é um só e que não poderia cuidar de outras categorias também.
Ao anunciar sua mudança de posição Jair BOLSONARO disse que o GOVERNO aceitou dar uma atenção especial para as demandas dos militares, nas suas palavras seria uma “reformulação de toda a carreira”. Bolsonaro disse ainda que o governo TEMER reconheceu que as Forças Armadas são instituições primordiais e essenciais para a manutenção da DEMOCRACIA.
Veja: Bolsonaro fala contra a PEC 241. Mas, vota a FAVOR
Nessa quinta-feira (13/10) fomos informados que quem transitou pelos corredores do Congresso Nacional e Gabinete de deputados ligados às Forças Armadas conseguiu apurar que há articulações para que os MILITARES sejam excluídos do texto aprovado em primeira instância na Câmara.
Fazendo isso o governo TEMER estaria reconhecendo que PODE conceder aos militares das Forças Armadas reajustes sem depender do cumprimento das metas propostas na PEC 241.
A exclusão seria comprovada pelo fato dos militares constituírem a carreira de estado que mais perdeu com a inflação dos últimos anos.
Para se excluir palavras do texto não haveria necessidade de refazer o primeiro turno, o que seria necessário somente se houvesse a inclusão de novos itens no texto.
Revista Sociedade Militar
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