Forças Armadas

Grupos pedem INTERVENÇÃO MILITAR – TEMER aumenta VERBA para as FORÇAS ARMADAS

Grupos pedem INTERVENÇÃO MILITAR – TEMER aumenta VERBA para as FORÇAS ARMADAS

Nessa segunda-feira em várias capitais do país pessoas foram para as ruas solicitar intervenção militar.  Em São Paulo se concentraram principalmente na MARGINAL PINHEIROS. Uma bandeira gigantesca com a frase “intervenção militar” foi esticada por manifestantes e vários veículos passavam buzinando em apoio. Aos poucos os manifestantes foram "empurrados" e, sem queimar pneus e resistir à orientação policial, como fazem os grupos de esquerda, acabaram na calçada. Três manifestantes chegaram a ser detidos pelo polícia, em pouco tempo foram liberados.

Partidos e comentaristas de esquerda andam apreensivos e têm declarado que as ações executadas pelos militares, como a mais recente, ocorrida no Espírito Santo, são apenas para demonstrar que os “militares são a solução” em caso de crise e assim “preparar as mentes”

Apenas tentaram demonstrar a necessidade de que o exército intervenha para acabar com essa situação “fora de controle”. Mas, uma vez nas ruas, quem garante que os militares voltarão aos quartéis?” Diário da Causa Operária, ligado ao PCO

A maioria dos grande jornais tenta minimizar os pedidos de intervenção militar, da sua forma sutil destacam os pequenos números, omitindo os grandes. Em suas manchetes destacaram, por exemplo, o pequeno número no SUL e omitiram o contingente expressivo em São Paulo.

Militares da reserva e ativa, assim como sites militares e o próprio clube militar, permanecem em silêncio. Faz parte do perfil militar só agir quando não há mais qualquer alternativa possível e prineipalmente falar pouco sobre o que se pretende fazer.

No mesmo dia que os manifestantes foram às ruas – 13 de março de 2017 – vários sites, militares ou não, publicaram informações relacionadas ao incremento no volume de investimento nas Forças Armadas realizado pelo governo TEMER. Segundo informações da Folha de São Paulo só em 2016, em poucos medes de governo do PMDB, foram liberados 36% a mais de recursos do que em 2015.

Militar graduado, J. Machado, ouvido pela RSM disse que não ha qualquer relação entre aumento de verba e temor de intromissão dos militares no governo. Disse que Joaquin Levy, ministro da Fazenda de DILMA, “só olhava para as Forças Armadas quando tinha que cortar alguma coisa”. Segundo o mesmo, os comandos já comemoram a informação (de bastidores) que atesta que em 2017 o orçamento deve chegar perto dos 10 bilhões de reais. Militares também acreditam que com a reforma prevista na “previdência militar”, o que chamam de proteção social, a curto prazo seja concedida alguma vantagem, já que a categoria é a que tem os piores salários do executivo federal.

Todavia, apesar dos grande jornais e do próprio Comandante do Exército declarar seguidas vezes que a intervenção militar é algo impensável e que a sociedade não precisa ser tutelada, as últimas declarações do general Villas Bôas quando disse que o país “está a deriva” reacenderam nos intervencionistas a esperança de que as FA realizem uma ação de envergadura nacional para retirar dos cargos todos os políticos corruptos e realizar novas eleições somente com ficha limpa concorrendo.

ENTREVISTA

Um intervencionista ouvido pela RSM (Revista Sociedade Militar) declarou que é obvio que os comandos não desejam intervir, "ninguém em sã consciência ia querer uma responsabilidade dessa envergadura", mas que acredita que esse é realmente seu papel.

RSM – O que o senhor espera dos militares? Claudio C.Camargo: _ Acredito que as Forças Armadas têm como papel preservar a lei, a ordem e os poderes constituídos. Durante os últimos dias ficou provado que os políticos estão legislando apenas em causa própria, a tentativa de aprovar uma lei que os livre das acusações de caixa dois é apenas mais uma prova incontestável disso. Portanto, o que falta é apenas a sociedade ir para as ruas e clamar pelos militares. Mas é preciso ir e ficar lá pelo tempo que for necessário.

RSM – Há um grupo em São Paulo que está acampado há vários meses, o senhor faz parte dele? Não, não faço parte de nenhum grupo, assim como não faço parte de qualquer partido. Acho que o cidadão pode atuar sozinho, e prefiro assim, chego as minhas conclusões sozinho. Não podemos deixar o pedido de intervenção militar se tornar uma espécie de desculpa para a criação de instituição ou partido. Tem gente aí querendo ficar famoso como “fulano da intervenção”, não é esse o foco. Viu o que ocorreu em São Paulo, líderes impeachimistas odiavam a política e agora são vereadores.

RSM – O senhor foi em alguma manifestação?  Sim, acompanho no Rio as passeatas organizadas pelo Pesadelo dos Políticos, mas não sou e nem pretendo ser agregado ao grupo, como já disse. Fui na manifestação em Copacabana, onde se levantou o boneco do General Mourão e já fui em várias na frente do antigo Ministério do Exército, inclusive em uma onde compareceu o Bolsonaro. Acho que podemos agir de diversas formas, manifestação é apenas uma delas. Os militares não querem intervir, quem quer entrar numa briga dessas? ninguém em sã consciência ia querer uma responsabilidade dessa envergadura. Mas se o cara chega no posto de general de 4 estrelas acreditamos que tem capacidade e coragem para fazer o que é necessário.  Acredito que se a sociedade os convencer de que é necessário eles o farão por officio.

RSM – Quantas pessoas foram para a rua pedir intervenção nessa segunda-feira? Não sei dizer, acho que umas 120 em são Paulo e alguns grupos com dezenas em outros locais. É interessante ressaltar que os jornais “por coincidência” (ironia na voz) anunciaram nessa segunda que o governo está dando mais verba para os militares. Isso não é de graça, estão com medo de que os comandante tomem alguma atitude. Afinal, o próprio Villas Bôas disse que o país está sem rumo. Isso não seria uma crítica clara e pesada ao presidente?

ATIVISTA DE DIREITA

P. Werneck, Ativista de DIREITA do RIO, membro da Reserva NÃO REMUNERADA (turma de 1967), ouvido pela Revista Sociedade Militar, declarou que, embora seja simpático à causa intervencionista, acredita que o grupo não tem uma liderança forte e carismática e que não há clima para que o sonho dos intervencionistas se torne realidade.

“… sou simpático a causa . Entretanto, não vejo "clima" para que isso ocorra no momento . Como sempre digo, o primeiro grande problema dos Intervencionistas é que eles têm meia dúzia de grupos, duas dúzias de líderes e quatro dúzias de conselheiros . Enquanto não houver um general que aglutine essa turma dispersa o movimento não irá adiante. Por outro lado precisa-se antes criar um clima adequado .

Em 64 tínhamos políticos , governadores , imprensa , igreja e outros seguimentos menores a favor da revolução . Hoje eles são contra . À esquerda percebeu isso e se infiltrou neles . Também não temos Oficiais Superiores , na ativa , com o perfil dos de meia quatro e setenta . Bem estas são considerações resumidas . Mais detalhes só pessoalmente ou por telefone . Fui muito ativo no Movimento de 64 , mas hoje os tempos são outros e a realidade é outra . Por isso pedem outras estratégias . Além do mais , para finalizar , os Intervencionistas estão tão perdidos que eles nem sabem , com clareza o tipo de Intervenção que querem .

Revista Sociedade Militar

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Sociedade Militar