Terrorismo, inteligência, contrainteligência

Dia de CAOS no RIO de JANEIRO faz MARINHA aumentar segurança em quartéis da cidade

Olá. Me permita um relato pessoal e em primeira pessoa, acabei de chegar do Rio em caos.

Acabei de chegar em NITERÓI. Passando pela LINHA VERMELHA, vindo de Duque de CAXIAS, eu e minha esposa vimos um ônibus ser incendiado na Avenida Washington Luiz. No Rádio várias emissoras diziam que eram moradores a mando de criminosos. Mas, como militar na reserva, pelo que sei e pelo que vi hoje, afirmo sem reservas para os letores da Revista Sociedade Militar que quem ateou foogo ao ônibus foram criminosos e não "moradores", como insiste em dizer a imprensa. Temos que começar a dar o nome correto às coisas. Acabamos de entrar em maio e o número de ônibus queimados em 2017 já supera o do ano passado.

Quem participa disso tem que ser identificado e responsabilizado. Deve-se enquadrar os atos como terrorismo e jamais como manifestação. Terrorismo é toda ação criminosa "quando cometida com a finalidade de provocar terror social ou generalizado". 

Marginais do comando vermelho invadiram a Cidade Alta (comunidade) durante a madrugada. Pela manhã a polícia chegou e marginais se dispersaram por várias localidade da região. Do carro vimos vários jovens dispersos, alguns com jaquetas daquelas que cobrem a cabeça e mochila nas costas, se deslocando na margem da rodovia. Contudo, na guerra do RIO o inimigo não veste farda, e isso dificulta em muito a sua identificação.

Alguns minutos depois, ainda na linha vermelha, vimos surgir mais três colunas de fumaça nas proximidades da Avenida Brasil, principal via da cidade, eram mais ônibus e um caminhão em chamas.

Rapidamente o número de militares de guarda na Base do Rio Meriti, bem próxima de um dos ônibus incendiados, foi aumentado. O trafego de marginais pela área, como mencionei acima, era intenso. Sobre cada antiga embarcação de desenbarque de tropas estava um soldado armado e vários realizavam rondas ao redor da Organização Militar.

Sabendo de antemão que haveria operações da PM em Parada de LUCAS e Cidade Alta, logo constatamos que poderia se tratar de uma ação orquestrada com a intenção de desviar o foco das autoridades e criar a necessidade de deslocamento de tropas para outros pontos.

Os incêndios em nove onibus e um caminhão foram combinados e o tráfico determinou que fossem em locais estratégicos. Eles praticamente fecharam a cidade por várias horas.

Só durante essa manhã de terça-feira foram apreendidos pela polícia mais de duas dezenas de fuzis e várias pistolas.

O RIO vive o caos e a sensação de insegurança é sentida por todos. Sinceramente, como militar e cientista social, acredito que se for tomada uma providência urgente a cidade desandará para uma situação irreversível. A única coisa que impede as quadrilhas de formar um grande exército guerrilheiro é a ausencia de uma filosofia política-revolucionaria que os motive. Se surgir uma liderança carismática que introduza isso, repentinamente teremos que combater uma gigantesca guerrilha muito bem armada dentro de uma das nossas maiores metrópoles.

Ações racionais e enérgicas têm que ser empreendidas já. 

Robson A.DSilva – Revista Sociedade Militar

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Sociedade Militar