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UNIFORME na Marinha do Brasil – Marujada propõe mudança radical, mas importante..

UNIFORME na Marinha do Brasil – Marujada propõe mudança

No século passado os jovens eram capturados “a laço” para servir na MARINHA do Brasil. Considerados homens brutos e sem instrução, os marujos do século XIX e início do XX eram com freqüência submetidos a jornadas de trabalho bem acima do normal e até a castigos físicos como as humilhantes chibatadas. Em 1910 alguns marujos resolveram se insurgir contra os castigos físicos, foi a chamada Revolta da Chibata. Historiadores contestam a liderança de João Cândido no episódio, mas ninguém nega que a revolta ocorreu e que os maus tratos a motivaram.

Com a intelectualização dos militares e o ingresso voluntário nas Forças Armadas ninguém espera mais que episódios do tipo acima citado venham a ocorrer. A escolaridade mínima para ingresso na Marinha do Brasil como marinheiro é o 2º grau completo. Muitos militares hoje na graduação de cabo, soldado e marinheiro já possuem terceiro grau.  E Hoje a Marinha do Brasil tem ferramentas que abrem espaço para que demandas e contestações sejam encaminhadas para autoridades superiores sem que ninguém se sinta aviltado.

Um grupo de marinheiros pretende levar até autoridades competentes da Marinha do Brasil uma sugestão há muito tempo presente na mente de cabos e marinheiros da armada. O fim do famigerado uniforme MESCLA. O conjunto, considerado quente, desconfortável e que dificulta a locomoção, consiste de uma calça de brim azul escuro, camisa também azul, sapatos pretos e o famoso caxangá branco, que suja até “quando pousa um mosquito”, diz a marujada.

O uniforme, visto como uma espécie de tradição na Marinha, já foi abolido na maior parte do planeta. Há décadas que ouve-se boatos de que a “marujada” também vai vestir o cinza. Um suboficial ouvido pela Revista Sociedade Militar declarou que nos idos de 1990 já se ouvia no CIAA que a marujada passaria a usar a mesma camisa e quepe que os sargentos e oficiais. Mas, se passaram 40 anos e nada aconteceu.

Se o mescla era considerado o uniforme “operativo” a bordo, isso agora acabou com a distribuição dos macacões operativos e uso do “TFM” , dizem.

As alegações apresentadas para embasar a mudança se baseiam em modernizações realizadas em forças armadas de outros países, do Brasil e até em forças auxiliares. Os idealizadores do projeto alegam que em todas as corporações hoje se procura criar uniformes semelhantes para subordinados e superiores, criando inevitavelmente um maior espírito de corpo. Assim pode-se literalmente dizer: “eles vestem a mesma farda”.

notamos que todas elas, destacando a Marinha, buscam a semelhança dos mais modernos aos mais antigos…”.  

Os demandantes tiveram a preocupação de usar um modelo para demonstrar como ficará o uniforme proposto, caso aprovada a sugestão.

No documento apresentado cita-se ainda as grandes modernizações realizadas nos uniformes das Marinhas de Guerra da Inglaterra e Estados Unidos.

Nos EUA… foi criado o NWU este uniforme é usado nos navios e em ambientes de OM de terra… Atualmente todos os militares sejam eles praças ou oficiais utilizam o mesmo uniforme de trabalho e rotina sem distinção… O NWU foi projetado, com alta tecnologia para permitir que o pessoal permaneça morno e seco nas diversas variações de tempo, sofisticado, o NWU, ao contrário de seus antecessores, também foi projetado para ser mais duradouro e não precisar ser passado, como os uniformes anteriores”.

Por fim os militares alegam que a extinção do MESCLA, ou melhora da sua aparência, traria satisfação pessoal e reforçaria o espírito de corpo da “marujada”. A própria avaliação do pedido por parte das autoridades competentes já demonstrará, segundo os idealizadores do projeto, que a Marinha do Brasil têm especial preocupação com a tropa.

Terminam com uma frase célebre de Sun Tsu: “Trate seus homens como filhos e eles o seguirão aos vales mais escuros. Trate-os como filhos queridos e eles o defenderão com a própria morte”.

Revista Sociedade Militar

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Sociedade Militar