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Surge um EXÉRCITO CONTRA REVOLUCIONÁRIO na VENEZUELA. CAPTURA de armas foi maior do que o GOVERNO MADURO admite.

Surge um EXÉRCITO CONTRA-REVOLUCIONÁRIO na VENEZUELA. CAPTURA de armas foi maior do que o GOVERNO MADURO admite

Os insurgentes, que se autodenominam resistência militar e civil, após determinação expressa de Nicolás Maduro, passaram a ser chamados de terroristas pela mídia.

Oficialmente participaram 28 homens da operação deflagrada contra a 41 brigada BLINDADA. Mas, em círculos militares comenta-se que há muito mais gente e que houve “vista grossa” da parte de vários militares que sabiam da operação. Um dos fatores que surpreendeu bastante os chavistas foi o fato de militares jovens ter participado da corajosa empreitada, quando se sabe que nas academias ao longo dos últimos anos a REVOLUÇÃO BOLIVARIANA é extremamente exaltada e líderes como HUGO Chaves e FIDEL CASTRO são mencionados como DEUSES a ser idolatrados.

Outro ataque bem sucedido e pouquíssimo mencionado atingiu o coração do aparato militar de NICOLÁS MADURO, o 311º Batalhão de Infantaria, no forte TIUNA, onde Nicolás Maduro chegou a residir por algum tempo por questões de segurança logo após o sobrevoo do helicóptero capturado por Oscar Pérez.  Tiuna é uma grande base protegida de forma controversa, com centenas de habitações civis ao seu redor, que funcionariam como verdadeiro escudo humano em caso de grande ataque contra as instalações militares.

O piloto – policial contra-revolucionário Oscar Pérez comentou em entrevista que as ações ocorridas nos últimos dias podem virar o jogo.  Disse que já há armamento suficiente para uma grande operação com potencial para causar grande impacto no governo de MADURO. Segundo informações de PEREZ e outros insurgentes, já está em curso um programa de adestramento de jovens da resistência.

Militares que pertenceram ao alto escalão das Forças Armadas venezuelanas, unidos em uma associação denominada Frente Institucional Militar, permanecem em silêncio, vigiados pela inteligência ainda fiel a Nicolás Maduro. Lembramos aqui da prisão recente do General ANGEL VIVAS. Contudo, há boatos bastante coerentes que indicam que militares na reserva com alto status podem estar atuando como conselheiros e no contato com potenciais adesões à resistência.

Lembramos aqui que há militares venezuelanos que fugiram recentemente e vivem nos Estados Unidos, Peru e Colômbia. O general RIVERO, um deles, deu declarações importantes nos Estados Unidos nessa quarta-feira. Ele disse que o número de insurgentes é bem maior do que foi divulgado pelo governo MADURO e que foram capturadas armas com a exclusiva intenção de colocá-las a serviço da República venezuelana, que nesse momento estaria num estado “tresloucado”.

Rivero disse ainda que contam com o apoio de sargentos e que contaram com apoio de dentro da unidades militares. O general disse ainda que políticos em mandato clamaram por ação dos militares, e que  essa ação de certa forma veio. Rivero deixa claro que acreditam que o governo atual só cai com a força das armas, que os militares não querem o poder, que querem apenas forçar a transição para as mãos de civis legalmente eleitos e que esperam que as armas não tenham que ser disparadas.

Ao que tudo indica os generais fieis a MADURO perdem aos poucos o controle da TROPA. Nenhum exército subsiste muito tempo atuando contra seu próprio povo.

As derrotas ocorridas no último final de semana foram, sob uma ótica militar, vergonhosas. O simples fato de insurgências não ser percebidas pelo comando é grande evidência de que há muitos militares que embora ainda não tenham se declarado contrários a Maduro, apoiam as ações de forma silenciosa.

Instabilidade regional

Seria de muita valia se a comunidade internacional criasse “coragem” e ousasse mencionar o papel que a CHINA, com seus bilhões de dólares em empréstimos e investimentos, tem na manutenção da ditadura chavista na Venezuela. Mas não é racional acreditar que um ou outro país, como o Brasil, vai fazer isso de forma isolada. Os próprios EUA, que ja se manifestaram contra MADURO, hesitam em deixar de importar combustível da Venezuela.

O governo Maduro celebrou vários acordos comerciais com a CHINA, com privilégios e isenções milionárias. Se ele cair esses acordos certamente serão revistos, com muito prejuízo para PEQUIM.  

Em vários países como Brasil, Argentina e até nos Estados Unidos, verifica-se uma crescente polarização direita x esquerda e, ressalto, muitos acreditam que a esquerda da Venezuela, Cuba, Brasil e Bolívia fazem parte de um mesmo grupo, comandado pelos Castro com o apoio de LULA, Evo Morales e outros.

Há também, sem sombra de dúvida, uma causa justa a ser defendida. Ha vários jovens mártires que já caíram em combate –  e líderes carismáticos como Oscar Pérez.

Todos esses fatores unidos geram uma situação complicada, com potencial para atrair muitos soldados não só venezuelanos, mas de vários países, dispostos a abraçar a causa contra-revolucionária na Venezuela.

Por motivos óbvios mídias tradicionais jamais admitiriam isso, mas é notório que há risco de se formar na região uma guerrilha contra-revolucionária com franca possibilidade de gerar grande instabilidade. Lembrando aqui que exércitos paralelos em nome da própria sobrevivência não respeitam fronteiras.

Todos esperávamos que a situação na tríplice fronteira se abrandasse com a prometida “pacificação” das FARC. Mas, com o agravamento da situação na VENEZUELA surge outro problema um pouco mais a leste. O Brasil tem mais de 2 mil quilômetros de fronteiras com a Venezuela. Sem dúvida a situação influi no comportamento das Forças Armadas brasileiras em futuro próximo e – caso o PT ou a esquerda radical assuma novamente o governo no Brasil – a situação se torna mais delicada ainda.

Robson Augusto – Militar R1 – Sociólogo – Revista Sociedade Militar

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Sociedade Militar