Militares Leis e regulamentos

“eu não trabalho, sou atleta”. Judoca, MILITAR da MARINHA, reclama de abordagem policial

Este que vos escreve é militar agora na reserva, considerado como de cor ou raça BRANCA, ainda que possua muitos antepassados negros e indígenas. 

No RIO de JANEIRO e em outras cidades do BRASIL dezenas de pessoas são abordadas por policiais TODOS OS DIAS. Certa feita, ainda na ativa, me deslocava com meu automóvel em uma região considerada perigosa. Uma viatura da polícia “apareceu do nada” e pediu que eu encostasse. Solicitou documentos e em seguida me liberou, um policial comentou: “pensei que o senhor estava saindo do local tal…”.

Ok, tudo OK, muito OK. Ainda bem que ele pediu para que eu parasse, isso me faz sentir mais seguro e não há motivo para crer que foi por racismo, discriminação ou qualquer outra coisa. Na situação atual eu agradeço muito quando há policiais nas vias abordando aleatoriamente os veículos.

Nessa quarta-feira uma militar da MARINHA do BRASIL, a Judoca Rafaela, se deslocava em um táxi. A polícia resolveu abordar o veículo, como faz centenas de vezes todos os dias. Ao reconhecer a JUDOCA os policiais liberaram o automóvel. Segundo Rafaela diz, um dos policiais teria dito que imaginou que o veículo tivesse saído de uma comunidade.

Ela se mostrou indignada e postou a coisa nas redes sociais.

Uma das frases dita pela JUDOCA foi: “preto não pode andar de táxi?

Sua fala no vídeo publicado nas redes sociais:”Na altura do campeonato ter que passar a vergonha de descobrir que preto não pode andar de táxi. Passa 4 policiais dentro do carro e fica encarando o táxi que eu tava dentro.  Eu continuei mexendo no celular, fingi que não era nem comigo, daqui ha pouco eles ligam a sirene e mandam o taxista encostar ai levaram o taxista prum lado e o outro rapaz bateu com a arma na janela e me chamou pro outro lado, isso a avenida Brasil inteira olhando né…achando que a policia tivesse capturado um bandido né… aí o cara olha pra minha cara e pergunta, trabalha com que? falei, eu não trabalho, sou atleta. Ai o cara olhou pra minha cara.. ha tu é aquele atleta da olimpíada.. pequei ela lá no aeroporto… a tá, achei que tu tivesse pego ela na favela… Agora preto nem de táxi pode andar que deve ta assaltando… roubando.

Robson Augustto – Escreve para Revista Sociedade Militar.

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Publicado por
Sociedade Militar