Forças Armadas

A Inversão da ditadura do politicamente correto —  Militares, intervencionistas e política.

A ditadura do politicamente INCORRETO  

Os intervencionistas há meses tem procurado união com os caminhoneiros com vistas realizar um grande movimento que pudesse convencer os militares a realizar a chamada intervenção militar. A coisa começou ainda em 2015, quando grupos pró-intervenção militar se uniram a caminhoneiros influentes, como Wanderlei Dedeco.

A movimentação que ocorreu há poucos dias era mais do que esperada, haja vista que foi ensaiada há alguns meses. 

Alguns oficiais generais, logo no início da movimentação nas estradas alertaram para a possibilidade dos militares – com vários pré-candidatos – perderem parte de seu capital político por causa do movimento dos caminhoneiros, que para eles ocorria em momento errado. A ação do exército nas ruas poderia ser confundida com apoio ao governo.  O governo Temer é extremamente fraco, está em seus últimos meses e qualquer solução seria apenas sintomática, não iria resolver realmente os problemas.

Brigadeiro Dias: “E aí eu pergunto, talvez com o meu cacoete do chefe do serviço de inteligência da Aeronáutica: O que há por trás disso? Não seria uma tentativa de denegrir a imagem das Forças Armadas, tão bem conceituadas. Não seria uma tentativa de desestabilizar as pré-candidaturas dos 86 militares que se colocaram a disposição para a próxima eleição?”

Desiludidos

O brigadeiro estava correto. Logo que os militares receberam a ordem de desobstruir estradas, as redes sociais das Forças Armadas começaram a se lotar de xingamentos contra os generais e toda a tropa. Vendidos, melancia e o tradicional comunista foram alguns dos termos mais leves atirados contra os comandantes da Forças Armadas por aquelas mesmas pessoas que nos dias anteriores adulavam os generais dizendo que eram ótimos estrategistas e que a “intervenção militar já estava em andamento“.

No Rio de Janeiro a maior parte dos grupos de direita e intervencionistas, ainda que tenham apoiado o movimento dos caminhoneiros, compreendeu que os militares agiram na organização dos protestos e liberação de estradas por dever de oficio. No estado há um grupo forte de candidatos militares capitaneados pelo general Hamilton Mourão, lideranças do Partido Militar RJ etc.

Os grupos acreditam que o momento passou e que a coisa mais sensata a fazer de imediato é apoiar os militares que se candidatam para as próximas eleições. Todavia, muitos sofrem com o patrulhamento ideológico, que agora não vem mais somente da esquerda. 

Um militante intervencionista ouvido disse: “O que eu penso? Se sou contra petista queimar pneu eu sou contra direitista fazer o mesmo… acertaram em fazer a manifestação, erraram em tentar obrigar pessoas a participar… eu fico sem batatas… mas acho errado que eu aqui no meu conforto tente impor que o fazendeiro fique sem a ração dos seus animais e tome grande prejuízo… O governo Temer está no fim… Precisamos tentar pelas urnas, um governo eleito é sempre melhor aceito. Temos como renovar mais de meio congresso com candidatos militares. Só aqui no Rio temos mais de 30 militares que se candidatarão. Se houver intervenção para tudo agora… um estado de sítio também…  não tem eleição… não queremos isso… aqui somos todos Bolsonaro…”

Outro cidadão, em comentário na Revista Sociedade Militar disse: “Hoje.. lendo esse artigo e o anterior “”Esquerda na UTI” humildemente tenho que concordar que uma Intervenção Militar agora seria um desastre.. para o povo e militares.Precisamos sim é fazer a nossa parte e dar a resposta nas urnas… Votarei em todos os candidatos militares que sabemos estarão concorrendo.. Saudações …”. 

Alguns generais já reclamam de grupos extremistas que agridem pessoas e dirigem ofensas a quem tem coragem de se contrapor a ações radicais nesse momento.

Ditadura do politicamente INCORRETO

Girão Monteiro, general na reserva, disse: “Não podemos ceder às tentações de poder pelo poder. Essas cobranças de.INTERVENÇÃO Militar atingiram a um nível tão elevado que agressões tem sido dirigidas contra nós militares por não provocarmos essa Intervenção…

Leitor: “…eu sou de direita e não quero apoiar a intervenção, não quero participar de atos de rua, manifestações … quero eleições, quero eleger candidatos de direita para Congresso… eu tenho esse direito… quanto as urnas o Mourão disse que o Exército está cuidando disso… então eu vou acreditar … Mas eles entupiram minha caixa com ofensas de comunista, melancia, vermelho…  é uma inversão do politicamente correto, coisa bem esquisita… a ditadura do politicamente INcorreto… esses caras podem por tudo a perder. Gente madura, estou decepcionado… 

Revista Sociedade Militar

Veja: Como será o primeiro dia após a INTERVENÇÃO MILITAR

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Sociedade Militar