Política Brasil

Pré candidato defende “DOBRAR” pena de quem recruta menores para o crime

Sargento GURGEL SOARES AFIRMA: SE NÃO HÁ CORAJOSOS QUE VOTEM A  REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL, QUE SE DOBRE A PENA DO MAIOR QUE RECRUTA CRIANÇA PARA O CRIME!

  1. A segurança pública, sem dúvida, é o tema de maior exploração dos pré candidatos a um cargo político atualmente. O que lhe difere dos demais?

Só pode resolver as questões de segurança pública, quem conhece seus desafios. Ultrapassamos todos os estágios de tolerância. E meu diferencial está na questão da prática em Segurança Pública, pois sou policial e vivo há 16 anos tudo o que necessitam os agentes.

Decidi me aprofundar nas questões jurídicas e, por isso, minhas pós-graduações foram direcionadas para melhor conhecimento, tendo uma delas em Políticas de Justiça Criminal e Segurança Pública. Minhas especializações acadêmicas me capacitam como conhecedor de causa e especialista nas questões que amparam e que desamparam os agentes e a corporação.

Costumo dividir Segurança Pública em três pontos principais: O primeiro é o cuidado com a estrutura interna das Polícias (carga horária, salário, treinamento, condições de trabalho, principalmente); a questão da importância do fator social é reconhecer que o amparo à Segurança Pública impacta diretamente  em todos os aspectos da sociedade(educação, emprego, economia, política) e claro, na questão criminal. As urgentes reformas penal, judiciária e do sistema carcerário precisam sair do papel e ser encabeçadas por quem entende e vive o assunto. Não há solução em nenhum desses casos apenas pelo discurso teórico.

  1. Seguindo a mídia que massacra os agentes de segurança pública, a grande massa da população reclama do número de policiais nas ruas do Estado, no país como um todo. Está faltando policiais nas ruas do Brasil?

Sim, há uma defasagem de policiais, porém, esse, na minha visão, não é o maior dos problemas, veja por exemplo o RJ, temos o Exército nas ruas, Força Nacional, além do efetivo regular das polícias. Em tese, o problema de efetivo estaria sanado, mas a violência não. Faltam condições de trabalho, especialização e treinamento e o reconhecimento da instituição policial, de forma que o atentado contra um desses heróis seja um atentado a cada cidadão de bem e a resposta seja enérgica por parte do Estado. O bandido precisa entender que não pode ferir um policial, se o fizer, será caçado e neutralizado. Essa criminalidade desenfreada que vive o Brasil é resultado da certeza de penas brandas e impunidade para bandidos que matam policiais. Quando a vida do policial não é valorizada, o criminoso vê a vida de todos os demais cidadãos como banal.

  1. A redução da maioridade penal é uma conquista a ser perseguida para o Brasil? Você vê mudanças futuras no Código Penal, no sistema carcerário ou é uma possibilidade que continuará abandonada pelos parlamentares?

Depende do resultado das eleições de 2018. A esquerda ocupou muitos espaços políticos nos últimos anos, deturpou valores e romantizou cenas de terrorismo. Reduzir a maioridade penal é uma necessidade, pois, hoje, o menor tem liberdade para fazer o que quiser, o que é um grande incentivador do envolvimento do menor no crime.

A sociedade em si, se mostra dividida nesse assunto. Mas enquanto não conseguimos os corajosos necessários para defender essa questão, temos a obrigação de proteger a sociedade e os menores que ainda não foram aliciados. Se não prende o menor, aumenta-se a pena do maior de idade que o envolve em crimes! Esse indivíduo, deve ter sua pena dobrada, de forma que, a punição seja o proibitivo para ele decidir recrutar um menor para os delitos.

Teremos uma drástica diminuição de garotos matando, roubando e sendo usados como recrutas da criminalidade pelos maiores que se escondem atrás de suas poucas idades.

E bandido precisa deixar de ser uma despesa para o cidadão honesto. É preciso começar a cobrar às custas do atendimento aos bandidos, sua hospedagem, alimentação e tudo o que o Estado lhes proporciona às custas dos rabalhadores honestos.

4.É óbvio que você como policial, legislará, se eleito em prol da classe. Dentre as maiores reivindicações dos agentes de segurança pública, o que você aponta como pontos mais importantes para a valorização desses servidores?

Dentre as necessidades mais importantes estão a regulamentação de uma escala condizente com a função, hoje, por falta de lei específica que aponte quantas horas o policial pode trabalhar, existem muitas escalas, uns trabalham 240 horas mensais, outros 160 horas, sem contar os serviços extras. Precisamos aparelhar melhor e adequadamente o contingente. O policial exerce muitas funções, e nem sempre possui os equipamentos para a realização dos serviços. Não podemos exigir segurança eficaz e eficiente com chefes de família recebendo salário atrasado, não condizente a sua função.

Melhorar as condições de trabalho e valorizar o policial atingirá positivamente toda a sociedade. Segurança pública eficaz é sinônimo de crescimento econômico uma vez que os investidores voltam ao estado e os que aqui estão instalados se sentem seguros para continuar e crescer. É hora de desaprisionar as pessoas que estão cada vez mais encarceradas no lugar dos marginais.

5.O Brasil está assolado pela criminalidade, mas os problemas do país não se resumem a isso. Qual sua atuação para o combate à corrupção, o desperdício de dinheiro público e até mesmo sua contribuição para com a saúde e educação?

A corrupção no Brasil é um problema cultural. Enraizado desde o corrupto que não devolve o troco que recebeu errado até o político que encabeça esquemas milionários de roubo aos cofres públicos.

Necessitamos de idoneidade para atacar esse mal através de pessoas de bem  dotadas de instrumentos capazes de neutralizar tais ações. Fazer valer a Constituição de que todos os homens são iguais perante a lei. Chega de protecionismo por conta de cargos e títulos.

A segurança pública é o motor que move o mundo. Quando essa engrenagem está desregulada ou funcionando com avarias, todo o resto não atinge resultados satisfatórios.

O bom funcionamento na saúde pública depende da segurança. A fila de espera para atendimento será muito menor e muito mais dinâmica se os médicos tiverem segurança saindo de suas casas para atendimento em áreas de risco, certos de que não perderão a vida nas comunidades ou no trajeto.

A volta da oferta de emprego  depende, principalmente, da segurança pública. Comércios que funcionam sem a ameaça de roubos constantes, permanecem no estado e contratam pessoal.

Greves e falta de aula em escolas públicas, depois de melhores salários, ocorrem pela reivindicação por mais segurança que resulta em  melhores condições de trabalho. Precisamos valorizar e aumentar as escolas militares, o cidadão, sobretudo o Militar, têm que ter o direito de escolher colocar seus filhos num colégio militar. Valorizar o professor, ensinar valores pátrios nas escolas e fomentar o aluno a pensar e não ser apenas um repetidor de conteúdos duvidosos.

Políticos de carreira desmembram essas necessidades como se elas não estivessem interligadas. Talvez por conta do treino para longos e decorados discursos. Mas eu afirmo; amparar e aparelhar a segurança pública no Brasil resultará em melhorias consideráveis em todos os demais aspectos. Crescimento econômico, redução da evasão escolar, agilidade no atendimento e ampliação dos serviços da saúde pública, aumento da empregabilidade e fiscalização para monitoramento de episódios de corrupção se tornarão uma realidade quando resolver as questões de segurança pública no nosso país for prioridade.

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