Forças Armadas

Caíram de PAU no General MOURÃO

POR QUE OS PATIFES  DA POLÍTICA E DA MÍDIA CAÍRAM DE PAU NO GENERAL MOURÃO?

Desde o exato momento em que apontou-se a possibilidade do General Mourão ocupar a posição de candidato a “vice”, na chapa encabeçado por Jair Bolsonaro, as “serpentes peçonhentas” da política e da mídia ficaram em posição de ataque ,preparados  para dar o “bote”, na primeira oportunidade que surgisse.                 

Nem esperaram “baixar a poeira” dessa escolha e já partiram para o “ataque”,com vistas à consumação desse objetivo pernicioso. Ligaram de imediato todas  as suas “antenas”, objetivando captar  qualquer palavra ou “vírgula” mal colocada do candidato que pudesse ser explorada e “trabalhada” para denegrir a sua imagem. Suponho que achariam motivo para esse tiroteio midiático mal-intencionado mesmo que o “dito cujo” somente   entrasse numa Igreja e se ajoelhasse para rezar. Nada “escaparia” da sede de esculachar Mourão.

Essa “oportunidade” tão esperada pelas “serpentes” em posição de ataque surgiu já no dia 6  de agosto,  um dia após a escolha de Mourão para “vice” de Bolsonaro, na oportunidade em que o candidato  proferiu um discurso  na Câmara  de Indústria e Comércio de Caxias do Sul.

Sem ter à frente qualquer papel para ler ou consultar dados, Mourão deu no seu discurso do início ao fim um verdadeiro “show” de conhecimentos da realidade política ,econômica e social brasileiras, ficando claro aos observadores a cultura e memória privilegiadas do orador. Também foram apresentadas as  sugestões que teria para um eventual governo de Bolsonaro.

Mas as “serpentes” preparadas para  dar o bote  jogaram no lixo todo o discurso de Mourão, ”separando” somente a parte que poderia lhes  interessar para desmerecê-lo. Maliciosamente selecionaram  o pequeno  trecho que lhes serviria. Mas fizeram-no completamente D-E-S-C-O-N-T-E-X-T-U-A-L-I-Z-A-D-O  do  exato sentido do discurso. Essa  mídia tendenciosa  “resumiu” o discurso assim: ”O Brasil herdou a indolência do índio e a malandragem do negro”. Por que essa mídia maliciosa omitiu a “herança de privilégios dos ibéricos”, também abordada no discurso, juntamente  com as outras “heranças” dos índios e africanos ? Seria porque os portugueses não dariam oportunidade para explorar o pretenso “racismo”, maliciosamente atribuído ao orador?

É bem verdade que essa “quadrilha” interessada em desmoralizar Mourão politicamente não está nada acostumada a ouvir verdades. O que ela gosta mesmo  é de  discursos mentirosos e demagógicos dos políticos tradicionais, que só  enaltecem as “qualidades” dos eleitores como se eles fossem muito melhores  que os próprios “Santos”, assim “comprando” os seus votos. Mourão não sabe nem se presta a fazer  isso. É um homem de bem que só sabe falar  a língua da verdade. E o povo deve se acostumar com essa nova atitude política. Sem essa nova postura ele jamais se livrará da corja política  que o dirige.

Na verdade Mourão não disse nada mais, nada menos, do que disseram e dizem todos os estudiosos sadios  da realidade brasileira. Os bons historiadores, antropólogos ,cientistas sociais, psicólogos sociais e escritores são unânimes em dizer e escrever  o mesmo que disse Mourão. Gilberto Freire e Darcy Ribeiro com certeza assinariam tudo o que disse Mourão. Essa realidade sobre o perfil da   cultura do brasileiro também está na música. Principalmente no “samba”. Cazuza cantou “Malandragem”, enaltecendo-a, positivamente: “eu só peço a Deus um pouco de malandragem”.    O tal “jeitinho brasileiro” de fazer as coisas, que tanto  ornamenta  o “orgulho” nacional, nada mais é que “malandragem”. E o “tirar vantagem em tudo”, atribuido ao craque Gerson, não seria malandragem “puro sangue”? 

Em última análise, a “malandragem” geralmente pode se resumir   num mecanismo de defesa do mais fraco em relação ao mais forte. É saber “driblar” uma situação difícil.       

O que eram os fantásticos e desconcertantes “dribles” do jogador Garrincha ? Porventura não eram pura “malandragem” ? Capacidade de enganar o adversário? A malandragem de “fazer que vai, mas não vai” ? Ou de  fazer de conta “que não vai, mas vai”  ? Essa mesma “malandragem” que chegou a se tornar – independentemente de se achar que está certo ou errado – um orgulho nacional?

Qual a inverdade de atribuir às populações nativas silvícolas do Brasil a característica da INDOLÊNCIA ?  A indolência é palavra originária do latim. Traduzida,significa ”insensível à dor”. Alguns dos seus sinônimos podem ser encontrados em“apático”,”desleixado”,”indolor”,”preguiçoso”,”sonolento” e ”ocioso”. Costuma-se até  dizer que  “ a indolência do brasileiro faz com que o governo continue sempre corrupto”.

A maior prova histórica  da indolência dos chamados (impropriamente) “índios” está no fato dessas populações nunca terem se adequado à condição de “escravos”, substituindo ou competindo com os negros comprados na época de comerciantes (também negros) africanos. O “índio”, como escravo, se para tanto se prestasse, certamente custaria muito menos que a mão de obra africana. Mas sua “indolência” o  libertou antes que se tornasse escravo.        

Deixo para discussão o seguinte problema: o PIB “per capita” médio dos 10 países mais ricos do mundo é de cerca de US$ 97,000.00 ;  dos 10 mais pobres (todos na África) , apenas US$ 353.00,ou seja,274 vezes menos que a média  dos mais ricos. A do Brasil anda em torno dos US$ 11,000.00, muito longe da média dos mais ricos (US$ 97,000.00). Até que ponto poder-se-ia atribuir em boa parte o  atraso econômico e social brasileiro – mais próximo dos países mais pobres do que dos mais ricos –  aos “privilégios” herdados dos portugueses, à “indolência” dos índios e à “malandragem” do africano? Porventura não seria benéfico tomar consciência dessa realidade , ao invés de  escamoteá-la ,a fim de combatê-la com a intensidade e meios necessários, principalmente via educação?

Essa mídia e políticos degenerados que tripudiaram em cima do discurso de Caxias do Sul são justamente aqueles que só sabem trabalhar na imundície dos esgotos da política.  E que  não gostam de ouvir verdades. De certo modo  essa gente procede igual aos   sofistas da Antiga Grécia, para os quais  o maior dos crimes era falar a verdade, que era mais  grave  que matar, roubar e estuprar. E por não abdicar de falar a verdade é  que o filósofo Sócrates foi condenado pelo tribunal sofista   à pena de morte, forçado a beber o veneno “cicuta”.

O “crime” de Mourão, candidato a Vice-Presidente da República, cometido  em Caxias do Sul, portanto, foi similar ao “crime” pelo qual Sócrates foi condenado  à morte na Antiga Grécia: o “crime” de falar só a verdade.

Sérgio Alves de Oliveira / Advogado e Sociólogo – Publicado na Revista Sociedade Militar 

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Sociedade Militar