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ESQUIZOFRENIA SOCIAL PROGRAMADA ! – Texto de G.Paulo – Militar / Jurista

ESQUIZOFRENIA SOCIAL PROGRAMADA !

Em seu notável sacerdócio registrou Timóteo de Éfeso, discípulo do Apóstolo São Paulo, um jovem pregador e missionário na Igreja Primitiva, “O Espírito diz claramente que nos últimos tempos alguns ‘abandonarão a fé’ e ‘seguirão espíritos enganadores e doutrinas de demônios’. Tais ensinamentos vêm de ‘homens hipócritas e mentirosos, que têm a consciência cauterizada’ e proíbem o casamento e o consumo de alimentos que Deus criou para serem recebidos com ação de graças pelos que creem e conhecem a verdade” (1 Timóteo 4:1-3).

Em que pese os mais de dois mil anos de doutrinações timoteanas, verdade é que os seus proselitismos, quando transportados para a realidade contemporânea, é de causar espécie até aos céticos, ante a precisão profética. Da predição ora colacionada, três importantes vetores merecem destaque e comedida análise em confronto com a nossa realidade fática: 1) Fé Deficiente; 2) Espírito de Engano e Doutrinas de Demônios; 3) Hipocrisia, Mentira e Consciência Cauterizada (ou manipulada).

Não muitos poucos brasileiros, ainda que portadores ou não de curto juízo quântico, já perceberam que estão vivenciando um momento político muito singular e bem diferente de outras épocas no Brasil. O comportamento, as atitudes, a espiritualidade, os interesses, as relações sociais e o egoísmo humano são colocados em pauta neste século.

A obra “O Alienista” do escritor Machado de Assis, publicada em 1882, contribuirá significativamente para a concatenação, compreensão e contextualização de nossas reflexões. O autor, basicamente, apresenta nessa composição uma tênue linha entre a loucura e a sanidade.

Essa obra é muito interessante e gira em torno da história de um respeitado médico chamado Simão Bacamarte, que viajara pela Europa e Brasil. Ao retornar a terra natal, Itaguaí, decide se aprofundar nos estudos da loucura fundando o manicômio “Casa Verde” para poder observar os aspectos científicos da insanidade mental.

Empenhado em seus estudos voltados para a psiquiatria, Bacamarte começa a ter muitos internos que viviam em Itaguaí e arredores. Com o tempo, o clínico formula uma teoria baseada na abrangência da loucura, eliminando as delimitações entre comportamento normal e comportamento insano. Com isso, o médico passa a “encarcerar”, em seu manicômio, pessoas com comportamentos considerados, até então, normais pela sociedade. Vaidosos, demasiados corteses, agiotas, “maníacos” por oratória, e até mesmo sua esposa, por motivo fútil, foi sua paciente.

Devido à quantidade de internações e a natureza dos motivos, os cidadãos da cidade ficaram apreensivos, o que gerou o movimento liderado pelo barbeiro Porfírio contra o manicômio, que ficou conhecido como “Revolta do Canjica” (apelido do barbeiro). Este, porém, ante o intuito de lançar-se a carreira política, corrompido pelo poder, firmar acordo com o Dr. Bacamarte. Essa traição dá início a uma nova revolta comandada por outro barbeiro, o João Pina, que, devido à “intromissão militar”, não consegue continuar com o levante.

Ainda que todos tentassem lutar para acabar com a “Casa Verde”, o local se fortalecia com o passar do tempo. O fato é que o doutor Bacamarte prossegue com o trabalho e com o tempo deturpa completamente a noção de loucura e sanidade e passa a soltar os antigos internos e a prender pessoas com o perfeito equilíbrio mental.

Após algum tempo de internação, todos são liberados ao apresentar algum tipo de desequilíbrio, demonstrando estarem totalmente curados.

Inconformado com a falta de conclusão no estudo, haja vista passar a acreditar que não houve cura alguma, apenas desequilíbrios emocionais pré-existentes foram externados, o esculápio decide se internar na Casa Verde, tornando-se médico e paciente.

Depois de alguns meses, o médico e louco morre sozinho.

Essa sugestiva obra de Machado de Assis, uma vez interligada a premonição evangelística, encontra ambiente fértil em terreno tupiniquim. Aliás, sobre um ponto de vista espiritual, e aqui iniciamos o enfrentamento do primeiro vetor proposto em nossas considerações, é possível perceber, com o mínimo de perspicácia e observação, a forçação de barra de forças políticas de oposição em causar uma crise espiritual ao povo brasileiro. Inclusive, aos heréticos, em que pese à incredulidade, verdade é que por detrás de homens, estão às hostes espirituais da maldade, como bem aborda Robson Pinheiro, “O Partido ‐ Projeto Criminoso de Poder” (pg. XVI), cuja “estratégia dessas entidades consiste, em larga escala, promover a desgraça daqueles homens e daquelas instituições que ainda acreditam e representa bem, a honestidade, a retidão de caráter os valores que nos tornaram, ao longo dos séculos, a grande nação que somos”.

Falar de fé implica questões fundamentais para a sociedade, tais como cultural, ideológicas, motivacionais e assim por diante. A fé é a energia de ação, é o comportamento que faz com que o indivíduo se sinta motivado para atravessar situações de grandes dificuldades. Em outros termos, é a fé a intensificação do juízo quântico, a força que faz com que as pessoas tenham esperança e acreditem que algo melhor estará por vir.

Bacamarte, ao formular teoria baseada na abrangência da loucura, eliminando as delimitações entre comportamento normal e comportamento insano, tem como objetivo pujante aniquilar a superação do senso comum, que é um empreendimento de profunda e demorada transformação cultural e psicológica da sociedade. Destruir a fé é e sempre será a agenda perversa de todos os momentos e levado a cabo pelos agentes políticos das sombras. Como se não bastasse, não é somente isso que está em jogo. Está em jogo o programado apagão de certos valores tradicionais de uma parte significativa da herança cultural e substituí-los por conceitos novos e pragmáticos, ou seja, romper com aqueles princípios e valores ditos tradicionais por uma nova consciência político-esquizofrênica, anticristã.

Essa agenda, sintetizando, tem como planejamento dominar as consciências provocando patologias anímicas, ou seja, de natureza psíquica. A ideia é dissipar o senso quântico pondo de joelhos toda uma nação, ou, sendo mais audaz, todo o continente latino americano. O desígnio da turma criminosa que ocupa o pode é cristalino como água de rocha, muito mais que intentar o domínio restrito à arena política, a missão é impedir o Brasil e a América Latina que cumpram a destinação de farol do mundo. Além disso, acrescenta Robson Pinheiro, “A Quadrilha ‐ Foro de São Paulo” (pg. 87), “o objetivo dessa turma é frustrar todo o investimento e sabotar o maior número de iniciativas no campo da espiritualidade, da promoção humana e do desenvolvimento educacional e social, as quais deveriam se proliferar e emanar das terras brasileiras. Ao agirem desse modo, as entidades sombrias pretendem adiar indefinitivamente a difusão dessas ideias, a emergência de seus expoentes, pois não ignoram que tais conteúdos de espiritualidade são capazes de modificar profundamente a perspectiva e, por conseguinte, os conceitos e os comportamentos de inúmeros habitantes da Terra”. Assim se deu em Cuba com Fidel Castro, na Venezuela com Hugo Chaves/Maduro, na Bolívia com Ervo Morales, etc.. A fórmula é impecável e eficiente: a ruptura com o plano espiritual provoca o déficit moral, desaguando numa sociedade corrupta e vassala.

Avançando em nossas ponderações, temos percebido a cada dia que a política de nosso país colapsou. Homens de bem, pessoas de boa vontade, iludidas, deixaram-se levar por promessas vãs, por políticas públicas populistas, tornando-se escravos crônicos de programas forjados para iludi-los. Percebam que estamos cirurgicamente diante daquele momento fatídico pressagiado por Timóteo de Éfeso ao afirmar que, como conseqüência do abando da fé, abrir-se-ia o portal da ouvidoria para espíritos enganadores e doutrinas de demônios.

Compreendam a visão proposta neste segundo vetor: ao eliminar, por meio de teses, possivelmente absurdas, as delimitações entre comportamentos normais e insanos, Bacamarte cria expediente persuasório para “desconstrução da psique social” segregando, em sua “Casa Verde”, pessoas com comportamentos considerados, até então, normais pela sociedade. A psique, vale anotar, abarca a personalidade humana em suas várias manifestações, dos pensamentos aos sentimentos, passando por todos os comportamentos conscientes e inconscientes.

Dentro da tradicional trinca freudiana – Ego, Superego e Id – cujas malhas somos forjados nos mínimos aspectos, o superego, que por hora e mais de perto nos interessa nesta abordagem, é a parte moral da psique e representa os valores coletivos, que são comuns à sociedade e não apenas listados pela livre discricionariedade dos indivíduos. O superego permeia tanto as instâncias conscientes quanto inconscientes, influindo nesses dois níveis mentais. Sua função primordial é inibir as pulsões, desejos e predisposições de agir de forma contrária aos valores médios da sociedade em que estamos compreendidos. Ele representa os nossos freios morais internos, os mesmos que nos colocam nos trilhos de uma existência de acordo com a moral e os costumes acatados pela coletividade.

O planejamento do médico psiquiatra é engenhoso e quando subsumido ao auspício timoteano – espírito de engano e doutrinas de demônios – torna inteligível a sentença apostólica. Somente quem tiver condições de avaliar, sem preconcepções, a metodologia do Dr. Bacamarte sob a ótica espiritual e conhecer os bastidores da guerra extrafísica em andamento na América Latina compreenderá as ações malévolas dos artífices pela disputa do pode. Percebam que o psiquiatra, com o tempo, deturpa completamente a noção de loucura e sanidade e passa a soltar os antigos internos e a prender pessoas com o perfeito equilíbrio mental.

Ao ousar transportar essas informações para a realidade fática, conseguimos enxergar com maior nitidez a agenda dessas forças políticas reinantes no Brasil e em boa parte da América Latina. A relativização da linguagem, a democratização da sexualidade infantil, a glamorização do banditismo e da ignorância, o controle das informações, etc., é em breve análise, a manifestação do tal espírito de engano e a concretização das doutrinas de demônios em nosso meio social, cujo espoco primordial é fraturar a psique social (superego), tornando a sociedade vulnerável e impossível de compreender o jogo sujo e sedutor de poder, patrocinado por inteligências além-físicas, cuja estratagema consiste em adiar o progresso mundial. Se por um lado os espíritos enganadores nos têm levado cativos para um sistema que entorpece e torna refém, por outro temos os mecanismos (doutrina de demônios) de controle social que escondem um autoritarismo com o qual nos acostumamos conviver e aceitar. Preferimos estar cegos e condicionados a se opor a esse sistema. Estamos, a bem da verdade, mais que cegos da razão, estamos, como diz Zygmunt Bauman, em uma cegueira moral.

Seguindo para linha conclusiva de nossas reflexões, vale destacar o movimento frustrado (Revolta do Canjica) liderado pelo barbeiro Porfírio contra a clínica do psiquiatra, em que aquele (barbeiro), corrompido pelo poder, firma acordo com o médico corruptor para este seguir praticando livremente seus atos lúbricos. Percebam que estamos aqui diante de um quadro de hipocrisia, mentira e consciência cauterizada (ou manipulada). O hipócrita é alguém que oculta à realidade através de uma máscara, ou seja, pessoas que representam, que fingem comportamentos. A lição que se extrai desse fragmento é que não existe homem ilibado, honroso e ético no plano político (sic), uma liderança com envergadura moral para romper com a cristalização do mal que se irradia por todo tecido social.

A mentira, a outro giro, é a afirmação de algo que se sabe ou se suspeita ser falso. É não contar a verdade ou negar o conhecimento sobre alguma coisa que é verdadeira. Esta tem sido ao longo dos anos uma das ferramentas essenciais da classe política. Se por um lado há os que se comprazem em mentir para dominar, existem, também, os que gostam de ser dominados pelo engano. Estamos na era da pós-verdade em que se ultrapassou o limiar da mera mentira: o político constrói uma narrativa, monta um cenário, reúne um quadro de verossimilhanças, mas as clientelas do populismo não precisam disto, tornaram-se cúmplices do engano porque querem muito acreditar. Aplausos para Jean-Jacques Courtine ao afirmar que a mentira política fez sua revolução industrial: no século XIX, com o desenvolvimento da imprensa, ela se mecanizou e passou a circular numa rapidez e alcance jamais vistos. No entanto, foi ao longo do século XX que a mentira política se transformou em produto e em consumo: “a mentira (…) é eletrônica, instantânea, global; o produto de uma organização racional e de uma estrita divisão de trabalho. O século XX foi o da era tecnológica da mentira, em que sua produção alcançou uma escala inimaginável, com as mais diversificadas formas, em todos os setores”. Perfeito !

Manipular, concluindo, é intervir no desenvolvimento de determinado sistema ou processo, com vista à alteração da sua evolução natural. Desde Maquiavel, passando pelo imperador Júlio César, a ciência política sabe que para o exercício do poder as aparências são mais importantes que os fatos. A manipulação ou a cauterização das consciências é, sem sombra de dúvida, a arma de dominação mais poderosa das forças políticas penumbrentas. Esta é exatamente a prisão sem grades e sem muros de que falava Aldous Huxley em sua obra “Admirável Mundo Novo” na qual os prisioneiros sequer sonharão com a fuga. Um sistema de escravatura onde, graças ao consumo e ao divertimento, os vassalos terão amor à sua escravidão. Perfeito, essa prisão tratada por Huxley vem perigosamente disfarçada de algo que todo ser humano busca ao longo da vida, “Liberdade”, irmã siamesa da “Libertinagem”. Em nome dessas “Liberdades” o ser humano se corrompe se afasta dos amigos, da família, dos filhos e de tudo que supostamente lhes ceifa essa “Liberdade”. Liberdade quando não bem compreendida torna-se o pior dos grilhões. Inclusive, ao meu modo particular de confrontar esse tema com a realidade fática, é enxergar, a manipulação da consciência como uma espécie de esquizofrenia social programada e que está muito mais associada à ignorância espiritual do que a um distúrbio químico, tanto que não existe cura de ordem física para esta enfermidade, mas sim de ordem espiritual. E o remédio para rompermos os guirlhões da “Casa Verde” já nos fora a muito diagnosticado: “E dizia o Mestre aos judeus que confiavam nele: permanecendo vós diligentes as minhas palavras, genuinamente serão meus discípulos. Aí então, conhecerão a verdade, e a ela vos libertará” (João 8:31,32).

Em resumo, cravou acertadamente Roberto Campos […]

“É DIVERTIDÍSSIMA A ESQUIZOFRENIA DE NOSSOS ARTISTAS E INTELECTUAIS DE ESQUERDA. ADMIRAM O SOCIALISMO DE FIDEL CASTRO, MAS ADORAM TAMBÉM TRÊS COISAS QUE SÓ O CAPITALISMO SABE DAR: BONS CACHÊS EM MOEDA FORTE; AUSÊNCIA DE CENSURA E CONSUMISMO BURGUÊS; TRATA-SE DE FILHOS DE MARX NUMA TRANSA ADÚLTERA COM A COCA-COLA”.

Gerson Paulo – Militar – Escritor, Professor e Crítico Político / Publicado na Revista Sociedade Militar

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