Na cerimônia em alusão ao DIA DO SOLDADO o presidente TEMER fez uma promessa que dificilmente será cumprida e o fez logo após se mencionar os nomes dos jovens militares que faleceram em combate no Rio de Janeiro.
“Seu sacrifício não será em vão. Cumpriremos a tarefa imperiosa de recompor a ordem pública no Rio de Janeiro”
O comandante do Exército, em uma cadeira de rodas e com equipamentos médicos para o auxiliar a respirar, determinou que seu discurso fosse lido por seu auxiliar mais próximo, o adjunto de comando. Villas Bôas, diferente de Michel Temer, não fez promessas e sua fala contém o pensamento de milhares de militares de todas as forças, indignados com a situação atual.
Muitos militares do RIO reclamam da libertação rápida de indivíduos presos pelas forças armadas na operação da semana passada, a mesma que resultou na morte de 3 militares do Exército. “o sentimento é de impunidade”, disse Silva e Luna, ministro da Defesa, em entrevista ao GLOBO.
Na ordem do dia o general Villas Bôas também mencionou a pouca comoção com a morte dos militares do Exército em ações contra quadrilhas de traficantes em comunidades do Rio de Janeiro.
“… mortes tiveram repercussão restrita, que nem de longe atingiram a indignação ou a consternação condizente com os heróis que honraram seus compromissos de defender a Pátria e proteger a sociedade… Como eles, há soldados das três Forças Armadas que têm sacrificado suas vidas para que o futuro do Brasil seja diferente. É chegada a hora de dizer basta ao diversionismo, à radicalização retrógrada e à fragmentação social.”
O oficial diz ainda que nota-se pouco esforço por parte de autoridades civis do estado do Rio e por fim comenta sobre o atual caos que vemos em nosso país.
“…o componente militar é, aparentemente, o único a engajar-se na missão”
“Perdemos a disciplina social, a noção de autoridade e o respeito às tradições e aos valores, o que nos tornou uma sociedade ideologizada, intolerante e fragmentada. Estamos nos infelicitando, diminuindo nossa auto-estima e alterando nossa identidade. Somos um grande país, que não consegue vislumbrar um projeto para o seu futuro, nem, tampouco, identificar qual o papel a exercer no concerto das nações… Exigem-se soluções de curto prazo, contudo, nenhum outro setor dos governos locais empenhou-se, com base em medidas socioeconômicas, para modificar os baixos índices de desenvolvimento humano, o que mantém o ambiente propício à proliferação da violência. Apesar de admitirmos que as leis vigentes devam ser modificadas com urgência, continuamos a proceder com naturalidade em face à barbárie de perder mais de 63.000 vidas por ano..”
Revista Sociedade Militar
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