Política Brasil

Bolsonaro tem índices de REJEIÇÃO similares aos de Donald TRUMP pouco antes das eleições

“Mesmo no sul dos EUA, a região onde Trump conseguiu vitórias cruciais na disputa republicana, perto de 70% dos eleitores têm visão desfavorável do empresário…”. Disse a REVISTA EXAME

Índice de rejeição. A informação normalmente é apresentada como uma deficiência de campanha. O índice reflete – em tese – a indisposição dos eleitores quanto a votar em determinado candidato. A propaganda negativa, ataques e exposição das falhas de determinado político em tese favorecem o aumento do índice de rejeição e consequentemente o pior resultado nas urnas. Usamos o termo “em tese” porque – o que pode-se atestar pelas informações apresentadas abaixo – os candidatos que possuem maior índice de rejeição normalmente são os que têm vencido os últimos pleitos. Para eles essa maior rejeição não parece ter repercutido em uma diminuição substancial das intenções de voto.

Bolsonaro tem o mesmo índice de REJEIÇÃO de Donald TRUMP pouco antes das eleições nos Estados Unidos

Muitos emails e comentários circulam falando sobre o índice de rejeição do candidato melhor colocado na atual disputa no BRASIL. As duvidas se justificam pelo fato de Durante essa semana vários grande jornais terem publicado em letras garrafais notas como : Bolsonaro vê rejeição chegar a 61% e risco de ‘voto útil’ contrário crescer, mostra XP/Ipespe”. É preciso ressaltar ainda que os demais candidatos estão com índices de rejeição iguais, dentro da mesma margem de erro.

Vejam alguns índices de rejeição em eleições no Brasil e Estados Unidos realizadas nos últimos anos.

É obvio que as eleições nos EUA têm contabilização diferente. Todavia, é possível observar pelo gráfico abaixo que  a maior parte dos últimos presidentes dos Estados Unidos quando em campanha possuíam índices de rejeição maiores do que seus concorrentes. Donald TRUMP nas vésperas da eleição alcançou um índice de rejeição recorde nos Estados Unidos da América, chegando a 57%. Em 2008 Obama tinha maior índice de rejeição que seu adversário John MacCain e em 2012 que Mitt Rommey..

Gráfico de FOLHA / UOL – https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2016/05/1768361-hillary-clinton-e-donald-trump-enfrentam-recordes-de-rejeicao.shtml   / com dados de https://fivethirtyeight.com/features/americans-distaste-for-both-trump-and-clinton-is-record-breaking/

Em agosto de 2014, dois meses antes das eleições, a candidata vencedora Dilma Roussef é a que tinha o maior índice de rejeição entre os candidatos.

Em 7 de agosto DILMA possuía 36% de rejeição. Note ainda que os últimos colocados nas eleições são aqueles que têm menor índice de rejeição.

Dilma possuía 34% de rejeição em 15 de agosto, Aécio Neves possuía apenas 18% de rejeição.

Concluindo. É temerário utilizar o índice de rejeição como indicativo confiável de sucesso ou fracasso de uma campanha política.

Robson Augusto é Militar R1, Sociólogo e Jornalista 

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Sociedade Militar