Colaboradores - artigos, estudos, reportagens

Quem é o meu candidato

Quem eu vou contratar para presidir a nossa empresa

Em certo local – debatendo sobre redes sociais e política – me perguntaram: Robson, você certamente tem nas redes sociais muitos amigos que votam em candidatos do PT, PSOL, PCdoB… como fica isso? Respondi que minha amizade não depende do posicionamento político das pessoas, que é muito mais do que isso. Mas, a pergunta me instigou a ir olhar no Facebook pessoal quantos amigos eu tenho por lá. Como administro alguns sites que mantém perfis na rede com dezenas ou centenas de milhares de colaboradores eu acabo deixando o perfil particular meio de lado, não gosto de misturar vida pessoal com trabalho… Só a Revista Sociedade Militar tem 57 mil colaboradores no facebook! No twitter também são muitos. Para quem escreve sobre segurança pública essa preocupação é ainda maior.

Quando constatei que eram 290 amigos adicionados me assustei um pouco. Havia lá também mais de 90 solicitações de amizade! Muito legal! Me desculpem. Como disse, pouco olho o Facebook pessoal. Nem sei se isso é pouco ou muito para os parâmetros atuais… pra mim é muito!

Quero crer que as pessoas que são meus amigos no facebook se interessam pelo menos um pouco pelo que penso. Sei que faço poucas postagens, uma a cada dois ou três meses. Mas, como vivemos um período meio complicado não poderia deixar de expressar aqui minha posição… uma rabiscada rápida, sem revisão, bem ao estilo das redes sociais…  Falo pouco, mas escrevo muito. Quem não gosta do chamado “textão” está autorizado a sair fora… não fico com raiva rs.

Em um passado distante fiz um faculdade de sociologia. Era um estranho no ninho, um militar no meio de um monte de gente que fala o que pensa e nem sempre pensa sobre o que é falado. Alguns diziam por lá que militares são agressivos, violentos, pouco democráticos. Mas, isso não era confirmado em meu quotidiano nos quartéis e nem no meu dia-a-dia com meus amigos “paisanos” na igreja, perto de casa, futebol, familiares etc. Sempre fui contra qualquer tipo de autoritarismo.

Todavia, indo direto ao ponto, na medida em que fui estudando o quotidiano político de nosso país fui compreendendo que algumas lideranças brasileiras eram hipócritas quando se diziam democráticos, liberais, progressistas e algumas dessas pessoas até saíram do campo teórico e chegaram ao extremo de cometer crimes. 

Dilma ajudou a planejar assassinatos e participou de muitas atividades ilícitas. Ele queria que o Brasil fosse um país comunista, a exemplo da Rússia, China, Coréia, Camboja. E na época eles matavam muita gente por lá, gente que pensava de forma diferente, médicos, jornalistas, empresários… Pessoas que não se envolviam na política mas tinham potencial para ser formador de opinião, se não se posicionassem a favor do partido, eram exterminados. Por aqui os militares tiveram que entrar em ação, a coisa era muito grande e envolvia a perda de nossa soberania. Cuba, Rússia e outros países socialistas investiam dinheiro em guerrilheiros aqui no Brasil. E na luta que se travou os militares acabaram também matando gente, e morrendo. Era uma guerra e quem entra nas guerras sabe que pode matar e morrer.  Muitos inocentes morreram em atentados terroristas, pessoas que nada tinham a ver com qualquer um dos lados.

Sobre Lula não falo por falar, eu li os autos do processo contra ele e conversei com gente que participou das apurações. Sei que muita gente que o defende sequer leu a documentação, por falta de aceso ou por desinteresse. 

Todos sabem que não defendo uma fé cega em DEUS e muito menos nas pessoas. Entendo que nossa fé deve ser com base em evidências e conclusões particulares. Minhas conclusões no campo político não são recentes, mas ainda assim sempre mantive o respeito pelos meus amigos que simpatizam com o PT, PCdoB, PSOL, PSTU… Jamais os chamaria de burros ou ignorantes, como equivocadamente algumas pessoas fazem. No meu íntimo creio que eles entendem o PT ainda como um espelho daquilo que é a proposta oficial do PARTIDO, ser uma entidade em favor da sociedade mais carente, dos trabalhadores etc.

Se eu tivesse uma empresa não contrataria um empregado com base na amizade ou porque ele é uma pessoa educadinha, que cumpre 100% as regras de etiqueta. Assim eu penso que deve ser nosso posicionamento em relação a escolha para os cargos políticos. Políticos são nossos empregados. Não estamos buscando pessoas para ser nossas esposas, ou mães, pra morar dentro da nossa casa. Não quero ser abraçado ou beijado por políticos, não quero nada além do seu bom trabalho. As vezes parece que aqui temos tendência a idolatrar políticos, ou que nutrimos o desejo de ser seus amigos íntimos. Busco uma pessoa que não é corruptível que faça com que minha empresa – o Brasil – ande de acordo com o que eu penso que será o melhor para o futuro de meus filhos, meus netos, que ainda nem nasceram.

Com base em meus posicionamentos abaixo será possível entender quem é o meu preferido para o cargo mais importante da empresa Brasil. Peço que leia, é importante.

1 – Dizer na sala de aula que um garoto pode pegar no pênis do outro ou que piruzinho coloca dentro da leleca para crianças de 6, 7… 10 anos de idade atiça curiosidades e – a depender do professor – a influência pode levar crianças a assumir posturas que talvez não assumissem. Há professores de má índole, há professores mal preparados…Não há como negar isso. Não falo como leigo, tenho especialização em orientação para professores no ensino de gênero e diversidade na escola, fiz o curso em uma universidade pública porque queria saber como era tratado isso pelo MEC.

Eu sou completamente contra ensinar educação sexual, e a chamada ideologia de gênero, para crianças no ensino fundamental. Para crianças pequenas educação sexual deve ficar a cargo dos pais.

3 – Em São Paulo um homem de 16 anos de idade manteve uma menina refém por vários dias, estuprando-a seguidamente e depois a assassinando. Eu já tive a infelicidade de ter que prender homens com 16, 17 anos de idade e naqueles momentos foi possível perceber que são tão ou mais perigosos para a sociedade quanto homens de 20 ou 30. Homens de 16 ou 17 cometem crimes até mais cruéis porque tem a certeza de que não podem ser punidos com rigor.

Não falo como leigo, sou militar e atuei vários anos em apoio ou em atividades operativas em alguns locais. Eu sou a favor da redução da maioridade penal e escolho alguém que não tenha medo de tocar nesse ponto.

4 – Na minha empresa eu jamais colocaria uma pessoa para administrar a seção de saúde só porque ele foi indicado por um parente ou por um amigo importante. Eu acredito que nenhum cargo pode ser preenchido por conta da indicação, do apadrinhamento. Creio que cada chefia de setor deve ser ocupada pelo melhor especialista que pudermos encontrar. Já me disseram que sempre foi assim na política, que se não se admitir pessoas indicadas por amigos pode-se ter dificuldades em aprovar projetos. Mas, eu me nego a fazer o que sempre foi feito se isso é prejudicial para o Brasil e eu sou contra indicações políticas para ministérios. Isso tem que mudar. Por isso eu escolherei alguém que não tenha medo de tocar nesse ponto.

5 – Quando meus filhos nasceram eu não tinha uma situação financeira tão boa quanto a que tenho hoje. É natural, estava construindo a vida ainda. Mas, a partir do momento em que minha esposa ficou grávida tinha a consciência de que ali havia um ser humano, um filho. E passei a amá-lo. Assim como um bebê dento do útero não pensa direito, não tem coordenação motora, um bebê recém nascido também não tem, ambos estão em desenvolvimento. A única diferença entre os dois é o fato de um estar DENTRO e o outro estar FORA do útero. Os dois são pessoas, são seres humanos únicos e têm direito a viver.

Sou completamente contra o aborto. Por isso eu escolherei alguém que não tenha medo de tocar nesse ponto.

Como podemos permitir que se destrua um ser humano, alguém que amamos?

Caramba! você aguentou ler até aqui! Obrigado. Note que mencionei apenas 5 tópicos de minhas convicções…Como ficou longo o texto! Tenho muito mais… mas seria quase um livro, não uma postagem…  Vou escolher para presidente da minha empresa – o Brasil – alguém que pense como eu no que diz respeito aos tópicos acima. Para ser contratado é indispensável também que não seja corrupto e que não esteja aliançado com gente ilícita. Quanto mais ele for rejeitado pela classe política mais certo estarei que ele não se corrompeu. Como disse, não me interessa se a pessoa é feia ou se não é educadinha. Ele será um empregado, não um amigo. Se você pensa como eu é muito provável que contratemos a mesma pessoa. Se você pensa diferente de mim nesses pontos certamente escolhera outra pessoa e eu continuarei te respeitando.

Afinal, nossa amizade não depende de nosso posicionamento político, é muito mais que isso.

Att, Robson Augusto é – nessa ordem – militar, sociólogo e jornalista

Deixe um comentário
Compartilhe
Publicado por
Sociedade Militar