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“tropas para tomar Brasília!” — Inverdades que infelizmente viralizam

Inverdades que infelizmente viralizam

Os militares em nenhum momento se organizaram para assumir o controle do país por meio da força. Não existiu reunião de emergência para isso e não houve muito menos uma “intervenção” no judiciário. A sociedade tem amadurecido bastante no que diz respeito a interpretar o quotidiano, mas alguns grupos insistem em acreditar em fábulas e redistribuí-las pelas redes sociais como se fossem verdades.

Qualquer texto que concorde com os desejos ou inveridicamente reafirme as declarações de um certo número de radicais que há anos tenta convencer as forças armadas a intervir militarmente corre o risco de ser republicado e maciçamente redistribuído por blogs e redes sociais. Esse grupo até os últimos dias antes do segundo turno das eleições presidenciais tentava convencer as pessoas a votar nulo ou não ir às urnas sob o pretexto de que haveria fraude contra Bolsonaro ou que o mesmo e até outros militares candidatos fariam parte do chamado “sistema”.

Se as Forças Armadas não tivessem se mantido extremamente coesas e limitadas a suas atribuições hoje o país poderia estar mergulhado num estado de calamidade, em uma guerra intestina que possivelmente duraria anos.

Um texto extremamente falacioso que roda por aí em sites e blogs diz que os militares se reuniram e estavam preparados para assumir o controle de BRASÍLIA logo após o atentado contra JAIR BOLSONARO. É inverídico. No que diz respeito aos militares – dele não se extrai uma frase inteira de verdades.

Um dos trechos: “Um dos generais que seguraram no peito, com respeito, evidente, e muita lábia, os colegas já dispostos a subirem nos tanques à frente das tropas, foi o Gal. Heleno… Naquela madrugada alguns oficiais de alta patente, reunidos emergencialmente com o Gal. Villas Boas no Alto Comando das Forças Armadas, já haviam mobilizado e organizado as tropas para saírem e tomarem Brasília no dia da Independência, pois que o copo havia transbordado com o atentado a Bolsonaro, limitando-se eles a comunicarem a decisão ao Comandante Geral (sic)”.

Como bem disse o general Villas Bôas, o brasileiro não precisa ser tutelado. A sociedade brasileira é o protagonista das mudanças que estão em curso, que não se crie atores particulares, que não se retire da mesma o mérito merecido por isso.

*Comandante Geral só existe em Portugal

VEJA: CAOS, MORTE, GUERRA ENTRE IRMÃOS… O QUE ACONTECERIA NO BRASIL SE OS MILITARES CEDESSEM AOS PLEITOS DE INTERVENÇÃO MILITAR

Robson Augustto // Revista Sociedade Militar

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Sociedade Militar