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Sobre drones, fuzis etc. Opinião de colaborador.

DRONE COM FUZIL É A SOLUÇÃO? UMA OPINIÃO.

        “No mundo jaz o maligno”, 1 João 5,19; assim supostamente em uma guerra apocalíptica isso (o drone com fuzil) seria bem-vindo, pois de um lado é o mal e do outro é o bem. Porém, socialmente, o período  atual se divide em prevenção e repressão. Prevenção não há, se há é muito pouca, mais marketing político, pois não se tem boas escolas, não se tem pela tv e rádio propaganda governamental contra as drogas, não há oferta de empregos para jovens, não há o culto ao esporte competitivo, só futebol. Não há bons exemplos de líderes políticos falando sobre isso, e os traficantes são símbolos para muitos jovens, vivendo no aqui agora, em redes sociais mostrando poder, dinheiro e mulheres; além de que nas tv abertas e fechadas há muita apologia as drogas e a criminalidade principalmente oriunda os exemplos americanos dos filmes e documentários   etc.

Sem prevenção a repressão é dificílima, crianças brincam de traficantes nos morros, as fronteiras abertas permitem a “importação” de armamentos especiais e de grande potência. E se consome muitas, muitas drogas no Brasil, principalmente nas classes mais abastadas.

Um amigo meu, advogado criminal, me disse faz uns anos atrás que os presídios estão cheios de, digamos, microempresários das drogas, que se aperfeiçoam nas escolas das facções. A pedra de crack, o ópio dos mais pobres, é barata, fácil de achar, duradoura no efeito e altamente viciante. Um aluno meu, da escola pública, me perguntou, se eu conhecia o fuzil M16, disse que sim, pois era fuzileiro, calibre 5,56 mm… depois calei… mudei de assunto…Talvez no Bairro dele a facção tivesse um, ou viu na TV aberta, ou na internet. 

Um motorista de Uber que me levava para o trabalho como professor, antes de comprar a moto, me falou que jovens em carros bonitos trocavam celulares caros por poucas gramas de droga e diziam para os pais que tinham sido roubados. No Rio, quando cursei pós em sociologia, como era rápido o retorno de jovens as drogas depois de meses de tratamento médico internados. Se não mudar o ambiente, o retorno é rápido. Assim, Igrejas evangélicas e católicas, centros de apoios que funcionem, podem ser uma base de apoio para novos amigos, ideias e valores.   

Um exemplo de Fortaleza, que também ocorre no Brasil todo, pelo menos no Rio, São Paulo, Manaus e Belém. Aqui na Orla marítima existem os  flanelinhas e um deles estava sempre presente no horário em que estaciono o carro para caminhadas. Hoje sumido, ele cumpriu, pelo que sei, 14 anos de prisão por roubo e tráfico de drogas. Saiu não alfabetizado,  sem saber um ofício e mesmo assim não voltou para as drogas, graças a Deus, talvez pelos buracos dolorosos em que andou.  Muitos do que saem da cadeia não tem aonde ir. Talvez alguma casa de acolhimento fosse necessária,  se não acabam voltando para de onde saíram.  

     Quanto ao lado da polícia, é muito difícil ser policial no Brasil, as armas dos criminosos são de guerra. Um meliante com  um fuzil 7,62mm, que  tem uma velocidade de tiro de 840  metros por segundo, 650 tiros por minuto e um alcance de até 4000 metros pode fazer muita desgraça, principalmente “chapado de drogas”.  Um exemplo da mortalidade de tiros de FUZIL, no desembarque de TARAWA, na Guerra do Pacífico, na Segunda Guerra Mundial,   85 por cento dos tenentes que desembarcaram em primeira vaga, mesmo com horas e dias de bombardeamento dos navios americanos sobre a Ilha , morreram baleados. De cada 100 morreram 85, os auxiliares de pelotão que empurravam o pelotão para sair das embarcações, tiveram destino diferente, mas os que desciam logo após os tenentes do pelotão tiveram um destino de morte também na mesma estatística.. Todos desembarcaram com coletes se não me falha a memória. Assim, no primeiro dia, dos 6000 Fuzileiros que desembarcaram por volta de 1500 estavam mortos ou feridos.

    Finalizando, estamos perto do apocalipse ou é possível reconstruir a sociedade… Uma coisa digo, o número de policiais mortos é muito grande no Brasil, são famílias sem pais, são esposas sem maridos, muitos policiais mortos por homens que cresceram sem família, sem educação  e em um mundo ultraviolento.  Quem é o culpado final ……..Quem é o culpado final….o drone com  fuzil resolve no Presente? Com educação de fato, emprego, cultura cristã e zero corrupção será necessário no futuro? Uma reflexão para cada um de nós……                                                                   

Capitão de Mar e Guerra FN RRM SOBREIRA

                             

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Publicado por
Sociedade Militar