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Bolsonaro NÃO DISSE que Brasil vai sediar BASE norte-americana, mas segundo oficial existe essa possibilidade. “remotíssima mas existe”

Bolsonaro NÃO DISSE que Brasil vai sediar BASE norte-americana, mas segundo oficial existe essa possibilidade. “remotíssima mas existe”

NY TIMES diz que Brasil abre portas para sediar no país BASE NORTE-AMERICA

Chegada de BOMBARDEIRO RUSSO TU160 à Venezuela em dezembro de 2018

O jornal The New York times publicou nota sobre declarações de JAIR BOLSONARO acerca de construção de base militar norte-americana no Brasil. O jornal diz que a proposta não soou bem aos ouvidos de oficiais das forças armadas brasileiras.

O NYT replicou na verdade a nota da REUTERS que declara que tem um oficial como fonte e que este teria dito que os militares foram surpreendidos e que “As forças armadas brasileiras seriam contra uma base dos EUA no país, disse o oficial, falando sob condição de anonimato porque ele não foi autorizado a discutir o assunto publicamente.”

Leitores da Revista Sociedade Militar sabem que os EUA tem entre seus planos a construção de uma base na região das tríplice fronteira e que isso já vem sendo tratado com o governo da Argentina. 

VEJA: BASE NORTE-AMERICANA NA TRÍPLICE FRONTEIRA

O presidente Bolsonaro na verdade não declarou que os EUA construiriam uma base no Brasil e muito menos que já havia negociações nesse sentido. Ele disse que a depender dos desdobramentos geopolíticos que ocorrerão no futuro, uma discussão nesse sentido pode acontecer.

O deputado disse que hoje em dia a localização de uma base pode ser apenas uma questão simbólica diante da possibilidade de projeção de força que possuem superpotências como EUA e RÚSSIA.

“A questão física pode ser até simbólica”, disse. “E o poderio das Forças Armadas americanas, chinesas e soviéticas alcança o mundo todo independente de base, agora, de acordo com o que puder vir a acontecer no mundo, quem sabe você tenha que discutir essa questão no futuro”.

Um Capitão de Fragata ouvido pela RSM deu uma declaração interessante.

Bolsonaro não falou em ceder espaço para os EUA e é óbvio que não precisamos disso nesse momento. O presidente declarou apenas que a depender do que ocorrer no futuro isso pode ser tema de negociações. Declaração muito sensata. O mundo gira, as possibilidades são infinitas. Vou falar muito superficialmente… Suponhamos que a crise entre EUA e CHINA se intensifique e ultrapasse os limites do comércio exterior, que as animosidades aumentem. Imaginemos ainda que a Rússia resolva apoiar a China e que ambos instalem na Venezuela ou em Cuba uma base para receber navios, tropas e aeronaves, isso obviamente garantiria a esses países novas possibilidades no que diz respeito a projeção de poder sobre a América do Sul, Central e Norte.

Ampliemos a análise prospectiva e imaginemos então que  mísseis russos ou chineses sejam instalados na Venezuela, com ampla possibilidade de alcançar os EUA e até o Brasil, dada a nossa influência natural sobre o Atlântico Sul e nosso tradicional e renovado alinhamento com os EUA.

Levando-se em conta que não possuímos condições de fazer frente a uma superpotência militar e que os EUA levariam bastante vantagem se aqui instalassem uma barreira anti mísseis, como o Thaad  (Defesa Terminal de Área de Alta Altitude), instalado na Coréia do Sul. Existindo uma situação como a hipoteticamente colocada é mais que lógico que o Brasil – que só dispõe de poder militar convencional – firme um tratado de cooperação em defesa com os EUA e  permita que aqui seja construída uma instalação militar de forma que os EUA pudessem ter maior possibilidade de neutralizar um ataque que parta de instalação militar na Venezuela.

Porém, isso tudo se trata apenas de possibilidades, remotíssimas. Acrescento ainda que a fala de JB foi até de certa forma estratégica. O simples fato de deixar aberta a possibilidade de se falar sobre base dos EUA a ser construída no futuro já se trata, obviamente, de um ótimo discurso de dissuasão contra a instalação de tropas ou bases chinesas e/ou russas na Venezuela, lembrando que participaram de exercícios recentemente nesse país. “

Revista Sociedade Militar

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