POLÍCIA, BOMBEIROS, SEGURANÇA PÚBLICA, GUARDA MUNICIPAL

Imóveis, sem saber direito o que acontece dentro do PLANALTO, militares apenas aguardam

A maior parte dos militares das forças armadas e auxiliares e seus respectivos pensionistas não têm a mínima ideia do que pode acontecer com suas aposentadorias e temem que qualquer contexto político ou adversidade momentânea enfrentada pelo governo possa prejudicá-los nesse momento em que o país discute o futuro de toda a sociedade. 

Em situação diferente dos trabalhadores civis os militares não têm representantes legais que apresentem propostas e discutam a coisa toda com a categoria. Os comandantes pelo menos em tese são quem deveria lutar pelo interesse dos quartéis e evitar que a categoria, já esmagada por governos anteriores, tenha perdas irreversíveis. É isso que se espera que façam, mas pouca gente tem acesso às discussões e reivindicações feitas e sabe-se muito bem que os comandantes das forças armadas são diretamente subordinados ao presidente da república.

Militares das Forças Armadas e auxiliares são cada vez mais atacados pela grande mídia que finge que não entende sua condição especial no que diz respeito à jornada de trabalho, situações adversas e exigências físicas para o desempenho do trabalho.

Sem jornada de trabalho máxima especificada em lei, sem direito a pagamento de horas extras, sem direito de se negar a trabalhar dias ou meses inteiros sem ver seus familiares e sem outros vários direitos que possui qualquer trabalhador comum, os militares vêem todos os dias partidos de esquerda e parte da grande mídia tentar a todo custo enxertar a categoria dentro de uma reforma da previdência que não tem nada a ver com sua situação.

Definitivamente não há possibilidades legais – nem que se desejasse fazer isso – de encaixar militares dentro da reforma apresentada.

Um militar na graduação de soldado, ou marinheiro, que trabalha em escala 2 x 1, tem uma jornada de trabalho que equivale a muito mais do que normalmente tem um trabalhador comum. Quem vai pagar essa conta? Um militar que passa um mês viajando tem uma jornada de trabalho ininterrupta e absurda! Quem vai pagar essa conta?

Ninguém quer falar nada e todos sabem que de acordo com as movimentações políticas a coisa toda pode mudar. Mas, a princípio a expectativa que se tem no planalto, onde estive essa semana, definitivamente não é de que os militares recebam de volta direitos há muito perdidos, como LESM ou pagamento do chamado POSTO SUPERIOR, no máximo retornará o auxílio moradia para aqueles que estão na ativa e não têm imóveis ou não ocupam PNR. O aumento do desconto para a pensão militar deve aumentar para 10.5%, isso é dado como certo.

A “inteligência” do palácio já se sabia que a reforma para os militares seria reclamada a todo tempo, exatamente por isso – especula-se – deixaram o projeto para depois e o mesmo deve ser apresentado em um momento chave, mostrando que os militares darão sim sua cota de sacrifício para a recuperação do país.

Robson / Revista Sociedade Militar

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Sociedade Militar