Associação de MILITARES pretende acabar com constrangimentos causados pela hierarquia aplicada em pacientes de HOSPITAIS das Forças Armadas

Associação de MILITARES pretende acabar com hierarquização para pacientes de HOSPITAIS das Forças Armadas

Em uma reunião de graduados da reserva ocorrida no Rio de Janeiro um militar idoso reclamava de tratamento desrespeitoso em hospital militar. “uma filha de tenente, novinha, passou na frente da mina esposa… maior calor e a sala de espera delas tinha ar condicionado, a nossa não… se fosse um militar na ativa eu até compreenderia, mas por que motivo a filha dele tem precedência sobre minha esposa?… o militar sou eu…  Não acho isso justo”.

Outro militar ouvido diz: “todo militar sabe que a hierarquia é necessária, mas não no hospital… todos pagamos o mesmo pelos procedimentos. Não vejo motivo de meu filho ter que ser atendido depois do filho do meu superior. Na verdade no momento em que se humaniza as relações em todos os locais acho isso meio complicado até de explicar para meu filho… no hospital tem uma entrada separada para almirantes e seus dependentes! Isso é um absurdo, é um hospital público!”, diz o sargento, já na reserva.

A coisa pode até parecer pequena, mas para idosos que passam as vezes horas em filas de atendimento ou mesmo meses aguardando agendamentos de exames ou consultas, não e nada confortável saber que alguém passa a sua frente simplesmente porque o pai, avô ou mesmo o cunhado ou ex-esposo é ou foi um militar mais antigo. Militares comentam que até nos agendamentos por telefone há prioridade para usuários ligados a militares do topo da cadeia hierárquica.

A associação BANCADA MILITAR, que possui diretoria formada por praças das Forças Armadas, estará enviando representação até o Congresso Nacional na segunda quinzena de abril.

A COMISSÃO enviada é : ARAGÃO, MONTEIRO, DRa RHOAMA E SRa KELMA

Uma das propostas a ser levada até deputados militares tem a intenção de solucionar o problema acima apresentado, considerado constrangedor por vários beneficiários dos sistemas de saúde da Marinha, Exército e Aeronáutica. A proposta é acrescentar ao artigo 15 do Estatuto dos Militares um item que deixe claro que a precedência hierárquica não deve ser aplicada no trato com pacientes em hospitais e clinicas militares, pondo fim a situações extremamente constrangedoras, como a narrada pelos graduados acima.

Sabendo-se que a saúde deve estar assentada sobre os direitos fundamentais, entre eles a igualdade e levando-se em consideração ainda que o custo dos procedimentos é o mesmo para todos os militares, independente de postos e graduações do titular, resta concluir que a associação Bancada Militar pode ser exitosa em seu intuito.

Parte do texto proposto pela Associação bancada Militar diz: “os militares e dependentes serão denominados de pacientes, independentes de postos e graduações, com tratamento isonômico, proibido qualquer separação por círculos hierárquicos, nos quartos, leitos, salas de espera para consulta e exames, e reserva de estacionamento…”

Em tempo 1: Recebemos informações de um militar do exército brasileiro informando que na força terrestre não funciona assim, que as marcações de consulta inclusive são por meio de 0800 e que não há privilégios por conta de graus hierárquicos e que “Talvez para oficiais generais da ativa, fardados haja alguma excecionalidade comum a todas as OMS“.

Em tempo 2: recebido de esposa de militar: “Acho um absurdo gritarem lá de dentro, dependente de cabo senhora fulana, dependente de tenente senhora cicrana, dependente de capitão beltrano… Não acho que posto de meu marido interessa para o tratamento médico… ridículo isso” .

Revista Sociedade Militar

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