Em tempos de redes sociais a verdade sobre o que acontece no quotidiano rapidamente ganha grandes proporções. Como se não bastasse os baixos salários e o aumento de descontos para a pensão militar no salário de militares e pensionistas das Forças Armadas, os militares e beneficiários do sistema de saúde da Marinha do Brasil tem que conviver com longas filas e meses de espera para realização de consultas. Nessa última semana de maio viralizaram nas redes sociais as imagens da longa fila que se forma de madrugada no Hospital Naval Marcílio Dias, que fica no Lins, no Rio de Janeiro.
A fila fotografada ia da região próxima à cantina, passando pela entrada exclusiva de oficiais generais chegando finalmente na entrada principal do hospital.
Militares reclamam também da demora de meses para realização de consultas. Uma limpeza dentária, procedimento simples, era marcada essa semana para daqui a 4 meses. Equipamentos avariados e discriminação com pacientes tem sido assunto de várias reclamações em áudios recebidos por meio de redes sociais. Segundo os pacientes existem banheiros, salas de espera e até entradas diferentes que dividem os pacientes – muitos não militares – entre duas classes distintas, oficiais e praças.
Dada a quantidade de reclamações, a Associação Bancada Militar, que congrega militares das Forças Armadas, apresentou ao deputado Hélio Lopes um projeto com o intuito de acabar com classes distintas de pacientes em ambientes da saúde militar. Para a diretoria da associação, banheiros, marcação de consultas e ingresso nos consultórios devem ser os mesmos para todos os beneficiários do sistema de saúde das Forças Armadas. A associação quer que todos sejam denominados como pacientes, sem que se leve e conta postos, graduações ou funções.
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