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Em 10 anos o voo hipersônico pode voltar, e ainda mais rápido

Voo hipersônico pode voltar ainda mais rápido

Engenheiros que trabalham em sistemas de propulsão para permitir viagens aéreas hipersônicas alegam ter passado por um importante marco de desenvolvimento no que diz respeito a materiais que suportam as altas temperaturas necessárias ao funcionamento dos sistemas.

A empresa Reaction Engines, com sede no Reino Unido, está desenvolvendo tecnologia para Motores de Foguete de Respiração Sinergética (SABRE), que um dia permitirá que aeronaves voem até cinco vezes mais rápido que a velocidade do som – Mach 5 ou 3.836 milhas por hora, cerca de 6.000 quilômetros por hora .

Nessa velocidade, os vôos hipersônicos entre Londres e Austrália poderiam durar apenas quatro horas e meia.

Uma empresa, a Hermeus, revelou planos para desenvolver uma aeronave que poderia viajar a velocidades de até Mach 5 – reduzindo o tempo de viagem de Nova York para Londres de sete horas para 90 minutos. A empresa diz que em 10 anos terá tudo desenvolvido.

Porém,  a Boeing é uma das corporações mais à frente nessa tecnologia, revelando recentemente um projeto para uma aeronave hipersônica que poderia viajar cinco vezes mais rápido que as “comuns”.

Para que essas velocidades extremas sejam possíveis os motores precisam processar fluxos de ar com temperaturas extremamente altas. A Reaction Engines revelou que seu componente de pré-resfriamento – projetado para gerenciar o calor extremo – tem lidado com sucesso com temperaturas de até 420 graus Celsius, combinando as condições que enfrentaria ao atingir velocidades Mach 3,3. Nessa velocidade, um avião viajaria três vezes mais rápido que a velocidade do som e 50% mais rápido que o Concorde.

O teste foi realizado nas instalações da Reaction Engines no Colorado Air and Space Port, nos Estados Unidos. Eles se configuraram como apenas a primeira fase de um extenso programa experimental, que acabará por testar o pré-resfriador a temperaturas superiores a 1.000 graus Celsius – as condições que se crê que existirão durante o vôo hipersônico Mach 5.

Como não poderia ser diferente, as tecnologias ligadas ao voo hipersônico estão em fase adiantada de desenvolvimento por conta do interesse nas aplicações militares. Forças armadas de Rússia e a China são duas das que mais se debruçam sobre o assunto. 

Revista Sociedade Militar

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Sociedade Militar