Geopolítica

Cinegrafista atacado por radicais islâmicos, a grande mídia se calou

A associação Repórteres Sem Fronteiras (RSF) condenou publicamente o violento ataque que um membro de uma mesquita da região da Normandia fez contra um cinegrafista da France 3 para evitar que ele gerasse imagens para uma reportagem sobre o imã da mesquita, que estava sendo julgado.

O ataque ocorreu no dia 3 de junho em Petit-Couronne, uma pequena cidade perto da cidade de Rouen. Depois de uma agressão em frente à mesquita, o membro da mesquita arrastou o operador de câmera para dentro e o manteve lá até a polícia resgatá-lo. A câmera do jornalista foi danificada e ele perdeu o distintivo de imprensa, que foi recolhido e fotografado por outro homem.

“Condenamos veementemente este ato inaceitável de violência em um momento de desconfiança generalizada de jornalistas, que muitas vezes são alvos enquanto apenas fazem seu trabalho para relatar as notícias”, disse Pauline Adès-Mével, chefe da mesa da União Européia e dos Balcãs da RSF.

“Esta tentativa de intimidar e impedir que um jornalista filme na via pública e o fato de que sua identidade tenha sido fotografada para ameaçá-lo depois deve ser condenada com a máxima firmeza”.

A polícia levou o agressor perante um juiz de investigação, que o colocou sob investigação por suspeita de “roubo com violência”, mas não o deteve. O cinegrafista, que registrou uma queixa contra seu agressor, recebeu cinco dias de licença médica.

Um tribunal em Boulogne-Sur-Mer condenou o imã da mesquita a dois anos de prisão, sob a acusação de ajudar migrantes a atravessar ilegalmente o Canal da Mancha.

A França ocupa o 32º lugar entre 180 países no Índice Mundial de Liberdade de Imprensa de 2019 da RSF.

É de se estranhar que a notícia não tenha se tornado manchete mundial, como é comum ocorrer quando membros da grande imprensa são atacados.

Revista Sociedade Militar – Com dados de Repórteres sem fronteiras

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Publicado por
Sociedade Militar