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De Herói a Vilão! Santos Cruz e o “SHOW DE BESTEIRAS”. Sites informam que general colocava obstáculos para publicidade em mídia conservadora

Quem acreditava que posicionar um general à frente da secretaria do governo iria levar uma visão estratégica e conciliadora para dento do Palácio do Planalto se enganou redondamente. O militar escolhido, agora exonerado – general Santos Cruz – que  era considerado por grupos militaristas como uma espécie de herói intrépido, pode ter sido um bom estrategista militar e comandante de tropas subordinadas à ONU. Todavia, no campo político-administrativo o militar se revelou como um cara irritadiço e um verdadeiro “incendiário” ao cair com facilidade em provocações e dar corda para intrigas causadas por gente de fora do governo, como o filósofo Olavo de Carvalho e o vereador Carlos Bolsonaro.

À revista Época o general, após deixar o governo, disse: “Se você fizer uma análise das bobagens que se têm vivido, é um negócio impressionante. É um show de besteiras. Isso tira o foco daquilo que é importante. Tem muita besteira. Tem muita coisa importante que acaba não aparecendo porque todo dia tem uma bobagem ou outra para distrair a população, tirando a atenção das coisas importantes…

Bolsonaro se mostrou irritado com as declarações do general: “Ele (Santos Cruz) integrou o governo por seis meses e nunca disse que tinha bobagem lá dentro“, disse o presidente  também à Revista Época.

O general de Divisão (R1) Gilberto Pimentel, ex-presidente do Clube Militar, logo após a exoneração correu para apoiar Santos Cruz, disse que lugar de militar não é na política e que o meio seria torpe e corrompido. A declaração é controversa sendo da lavra de um líder que chegou a indicar candidatos em pleitos passados. Esqueceu-se anda que há ainda dentro do governo vários militares das Forças Armadas e vários outros ocupando cargos eletivos, no legislativo federal e estadual?

Na semana passada alguns artigos no IG e em outros canais mencionaram que uma das motivações para a demissão do general Santos Cruz teria sido o fato de colocar dificuldades para que mídias não alinhadas com o  establishment recebessem algum tipo de apoio do governo. A Revista Sociedade Militar conversou com um jornalista que esteve na SECOM em busca de incluir sua mídia no rol daquelas que exibem publicidade estatal. De fato, o profissional relata que a princípio foi bem acolhido na SECOM, e que recebeu a promessa de que a mídia conservadora também receberia sua fatia na distribuição da publicidade estatal, mas que misteriosamente alguma coisa aconteceu depois que fez com que a relação não progredisse. O jornalista não declarou especificamente que Santos Cruz foi o motivo do não prosseguimento das negociações, embora o mesmo fosse a autoridade responsável.

Disse o IG Notícias: “Segundo fontes que acompanharam de perto a crise final, no entanto, um dos elementos-chave que levaram ao divórcio entre  Bolsonaro e Santos Cruz foi o controle da comunicação governamental e a relação do governo com blogs e sites alinhados abertamente com o Palácio do Planalto.”

Em artigo publicado nos EUA, no seu site em português, o articulista Júlio Severo, ex-amigo e agora desafeto de Olavo de Carvalho, diz que Santos Cruz não queria financiar sites “olavistas”. Ao que tudo indica o general se mostra incapaz de discernir a mídia conservadora de sites OLAVISTAS, talvez tenha se deixado levar pelas intrigas e fofoquinhas. Severo disse ainda que “fontes” informaram que o general negou financiamento para programa estrelado por Olavo de Carvalho, mas o próprio Santos Cruz negou isso na entrevista concedida à Época.

“As informações divulgadas, via WhatsApp, de que, quando ministro responsável pela SEGOV, eu teria bloqueado ou divergido sobre um possível pagamento de 320 ou 400/420 mil reais pela SECOM ou de discordância sobre possíveis programas a serem veiculados na EBC são absolutamente mentirosas”.

Gilberto, dono de um pequeno site de notícias conservador, ouvido pela Revista Sociedade Militar disse: “Não exste essa de ‘financiar sites’, e se houvesse seríamos contra. Um governo não pode financiar sites ou qualquer meio de comunicação privado. Mas, pode e deve promover uma partilha justa da verba com publicidade, deixando de privilegiar a mídia tradicional e gigantesca, seria algo sadio. Quem não vê a globo ou não acessa o G1 não precisa ver a publicidade estatal? E quem só acessa canais conservadores, não precisa ver publicidade do governo? Sem uma mídia simpática as coisas ficam muito mais difíceis para qualquer governo e a posição ali ocupada era estratégia nesse sentido. Isso é estratégia e não é ilegal. 

Júlio Severo disse: ” Cruz também se opôs ao financiamento de blogs e sites olavistas. … Fábio quer promover esses blogueiros e sites, distribuir recursos, e Santos Cruz era contra. O…  “O racha final foi pelo controle da comunicação e principalmente pela intenção de uma ala do bolsonarismo liderada por Carlos de financiar meios ideologicamente identificados com o governo…

Revista Sociedade Militar

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