A Revista Sociedade Militar conversou com membros do grupo de militares que passou toda a tarde na frente do Palácio do Alvorada na tentativa de apresentar para o Presidente da República a visão que os graduados já na reserva têm sobre alguns pontos do PL1645.
Segundo os mesmos seria impossível que o presidente não tivesse visto as faixas colocadas estrategicamente onde seu veículo obrigatoriamente tem que passar.
Segundo os mesmos, o Presidente viu as faixas, viu o grupo, mas preferiu se dirigir somente a um grupo de civis que gritava palavras de exaltação ao seu nome. O grupo de militares – contam – pretendia apenas entregar ao presidente da república uma folha com observações sobre o PL1645 e soluções buscadas pela categoria para que o PL1645 não se transforme numa nova “MP do MAL”.
A visão de alguns graduados sobre o assunto – expressa nas redes sociais – é de que se o presidente não receber graduados ou pelo menos líderes de associações de militares (as mesmas associações que no passado ele abraçou, inclusive foi membro de uma delas e tentou ampliar sua voz diante do governo), os militares podem acabar fazendo uma manifestação dentro do CONGRESSO e – quem sabe – como os policiais, gritando palavras de ordem contra alguém que estaria ignorando uma categoria que o ajudou a se eleger e para a qual fez promessas, entre elas o CANCELAMENTO DA MP-2215.
Na medida em que o governo se recusa a conversar a insatisfação das bases vai se tornando pública, nessa quarta-feira, na comissão que estuda a PEC da previdência, um deputado do PDT narrou exatamente o que ocorre em relação ao PL, disse que APENAS GENERAIS estão falando em nome dos militares e que categorias de baixas graduações são prejudicadas com o PL1645. (VEJA AQUI)