De gabinete em gabinete graduados vão colecionando vitórias na luta contra itens do PL1645
Militares da reserva estão cada vez mais inquietos e, na sua luta, de gabinete em gabinete – sob a “direção técnica” do senhor Adão Farias e com propostas embasadas juridicamente nas mãos – vão conquistando o apoio de parlamentares para a luta por impedir a avalanche que pode vir contra a tropa, principalmente os graduados da reserva, caso o PL1645 seja aprovado.
Nessa quarta-feira mais um parlamentar compreendeu que as mudanças propostas no PL1645 são realmente necessárias para que a tropa na RESERVA não seja prejudicada. Com o apoio do deputado Professor Joziel o deputado Daniel Silveira foi esclarecido sobre a situação calamitosa que se esconde sob o emaranhado de termos militares, habilitações e adicionais constantes no PL1645, chamado de reestruturação dos militares. As principais solicitações giram em torno de adicionais de habilitação mais justos, indenização de tempo de serviço para todos e correção dos prejuízos aos militares dos quadros especiais.
Na onda da insatisfação dos militares da reserva algumas associações tem crescido bastante em número de membros. Para a manifestação em COPACABANA, ocorrida nesse domingo, militares chegaram a alugar um carro de som e já percebeu-se faixas de protesto contra o PL1645.
Em Brasília militares em grupos ou isoladamente andam pelos gabinetes tentando explicar para parlamentares que o projeto é injusto para com as categorias mais baixas e que os próprios generais teriam cometido “traição” ao conceder somente para eles – que têm cargos políticos, nomeados pelo executivo – uma gratificação de representação sobre os soldos na ativa e reserva.
“a gente vai de gabinete em gabinete… e explica tudo”, diz um militar do quadro especial que estava no “cafezinho” do Congresso Nacional.
“… não tem essa de indisciplina, é um projeto de lei e todo cidadão pode contestar, se manifestar, espalhar faixas… isso não é assunto de serviço ou confidencial… “, diz outro militar, advogado, também de dentro do Congresso Nacional por meio do Whatsapp
“é o projeto Farinha pouca meu pirão primeiro”, diz Gerson Paulo, sobre o PL1645, elaborado por oficiais generais. O militar é assessor jurídico do deputado Professor Joziel.
Nessa quarta-feira o tom dos comentários nas redes sociais subiu muito ao perceber-se que o presidente – após ser chamado de traidor – resolveu ceder as apelos de policiais federais e membros das Forças Auxiliares.
Em cerimônia em São Paulo, Bolsonaro disse: “… A reforma da Previdência atenderá a todos, fiquem tranqüilos meus colegas das forças auxiliares, o sacrifício tem de ser dividido por todos“
Militares da RESERVA têm o direito de manifestar sua opinião, em grupo ou de forma isolada – desde que não falem de assuntos de serviço ou sigilosos – e dessa vez aparentemente decidiram tomar posse de seus direitos e “correr atrás do prejuízo”, ao contrário do que ocorreu em 2001, quando se calaram ante a imposição de uma Medida Provisória, feita também com a assessoria de generais e que acabou prejudicando a todos.