Geopolítica

Ataque israelense foi uma “verdadeira declaração de guerra”, diz presidente do Líbano


O presidente do Líbano disse que um ataque de drones israelenses a Beirute no fim de semana foi uma verdadeira “declaração de guerra” que justifica uma resposta militar.

“O que aconteceu é uma declaração de guerra”, disse Michel Aoun a Jan Kubis, coordenador especial das Nações Unidas para o Líbano, em uma reunião na segunda-feira.

“Isso nos permite recorrer ao nosso direito de defender nossa soberania, independência e integridade territorial”, acrescentou, em comunicado divulgado por seu escritório.

Também nesta segunda-feira, o primeiro-ministro do Líbano, Saad Hariri, disse que seu governo quer evitar uma escalada militar com Israel, mas a comunidade internacional deve fazer seu papel e rejeitar a “flagrante violação” de Israel à soberania libanesa.

“O governo libanês considera melhor evitar qualquer caminhar da situação em direção a uma escalada perigosa, mas isso exige que a comunidade internacional afirme sua rejeição a essa flagrante violação”, disse Hariri aos embaixadores dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, disse seu escritório.

Ataques de domingo

Os supostos drones israelenses caíram em um subúrbio do sul de Beirute no domingo, provocando uma forte reação do líder do movimento Hezbollah.

Em um discurso horas depois que um dos drones caiu na capital libanesa, Hassan Nasrallah disse que os drones israelenses estavam em uma “missão suicida”.

Mais tarde no domingo, a poderosa força Hashd al-Shaabi do Iraque, ou Forças de Mobilização Popular (PMF), culpou Israel por realizar um ataque mortal por drones perto da fronteira com a Síria.

“Esses ataques são um ato flagrante e hostil que visam o Iraque”, disse a presidência em comunicado. Ele enfatizou que o governo tomaria todas as medidas necessárias para “deter os agressores e defender o Iraque”, mas não ameaçou uma resposta militar.

Mais tarde na segunda-feira, o PMF disse que viu outro avião voando sobre uma de suas bases na província de Nínive, no norte.

“Foi imediatamente abordado o uso de armas antiaéreas. O drone deixou a área”, afirmou o grupo em comunicado..

Revista Sociedade Militar

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