Forças Armadas

Graduados começam a falar em TRAIÇÃO de Bolsonaro contra a categoria, esquerda ensaia aproximação


Graduados – impacientes – começam a falar em TRAIÇÃO de Bolsonaro contra a categoria, esquerda ensaia aproximação, associações rechaçam veementemente a possibilidade

Encurralados por leis, memorandos e circulares que dizem que MILITARES mesmo na reserva não podem juntos manifestar a opinião sobre assuntos políticos,  os graduados da reserva das forças armadas – em manifestações com algumas dezenas de pessoas – tentam de várias formas chamar a atenção da grande mídia para vários problemas graves embutidos no Projeto de Lei 1645/2019 do Ministério da Defesa.

Os graduados acabam confusos no emaranhado de normas e regulamentos sobre a expressão do pensamento – enquanto leis federais e a própria Constituição Federal deixam claro que militares da reserva podem se reunir, se manifestar e opinar livremente, decretos dos regulamentos disciplinares e o Estatuto dos Militares  – criado há mais de 40 anos – mantém artigos pouco claros que ainda hoje são usados para limitar a movimentação política de militares, mesmo na reserva.

Os que ousam se manifestar apontam como justificativa as ações do clube militar do Rio de Janeiro. Sempre mirando o protagonismo político dos associados a instituição há alguns anos liderou um abaixo assinado de oficiais contra a presidente Dilma e nos últimos meses fez seguidas convocações para que os oficiais e familiares realizassem manifestações políticas coletivas, justamente o que as circulares das Forças Armadas alegam ser proibido até para quem está na reserva remunerada.

Segundo militares que participaram do PANELAÇO desse dia 22 de setembro em frente ao Ministério da Defesa, os suboficiais da Marinha,  Aeronáutica e muitos subtenentes do Exército devem – caso o PL 1645 seja aprovado – ficar com o salário menor cerca de R$ 1.7 mil em relação a seus pares que estão na ativa. Oficiais auxiliares das forças também passam pelo mesmo problema. Ao aumentar exageradamente os adicionais que alcançam os oficiais generais os comandos militares não consideraram princípios como a paridade, favorecendo só alguns graduados da ativa.

Disse o artigo no PODER 360: “O ato foi organizado como “panelaço”, mas só contou uma chaleira e uma frigideira. Os manifestantes se disseram apoiadores do presidente e apontaram como “traição” o novo plano de carreira proposto pela equipe econômica do ministro Paulo Guedes”.

Sargentos dos quadros especiais principalmente do exército também são muito prejudicados e podem – apesar de ter suas contribuições para pensão militar aumentadas no mesmo índice que os generais – não receber nenhuma contrapartida.

Militares também consideram injusta uma gratificação por representação concedida somente para oficiais generais. “se todos nós por lei temos que representar bem as forças armadas porque somente generais receberão gratificação por isso?”, questionam.

Um folheto que já circula nas redes sociais e foi entregue para alguns políticos em Brasília aponta algumas discrepâncias encontradas no PL 1645.

Vários militares falam em agir exatamente como fizeram os policiais, gritando Bolsonaro Traidor dentro dos corredores do Congresso Nacional.

Não adianta mais procurar ninguém do PSL… Eles concordam com a gente mas agora têm medo de falar a nosso favor! … Apoiamos o governo, mas nessa questão está nos traindo… disse que cancelaria a MP 2215 e descumpriu a promessa… Os generais serão beneficiados, dão um cala-boca pra quem está na ativa e quem paga a conta é quem está na reserva!”. Disse um Militar.

O jornal do Partido da Causa operária em São Paulo tem circulado textos incentivando os militares à uma guinada à esquerda. A publicação fala ainda sobre a criação de sindicatos militares, o que é terminantemente proibido pela legislação atual.

a Revista Sociedade Militar ouviu sobre essa questão o suboficial Ubirajara, da Associação Bancada Militar de Praças, a mesma que patrocinou, junto com a AMIGA, o congresso de Associações em Brasília. O militar declarou que a possibilidade de guinada a esquerda é algo muito remoto, que o militar é essencialmente de direita.

em diversas associações observamos que os militares naturalmente tendem para a direita… a Constituição Federal defende o pluralismo partidário… permite que existam vários partidos políticos, a ABBMP em sua base tem uma parcela de atuação na eleição de Jair Messias Bolsonaro. Eu não posso dizer que esse Projeto de Lei foi iniciativa dele ou se ele foi mal assessorado, o que eu tenho observado é que causou grande decepção mas mesmo com toda a decepção eu acho remota a possibilidade de migração para a linha esquerdista, não coaduna com o pensamento militar brasileiro… o que podemos observar é que se acontecer de fato a aprovação desse PL como ele está o máximo que pode acontecer é que haja uma queda significativa na base eleitoral de nosso presidente. Eu te digo com toda a certeza que mesmo que esse PL seja aprovado como está os militares não migrarão para a esquerda… Nós graduados somos a principal base eleitoral de Jair Messias Bolsonaro, praças são 87% do efetivo e na prática mesmo vemos que quem estava com o presidente na campanha foram os graduados…  com certeza haverá uma queda que talvez implique numa não eleição, aparecerão outros candidatos como por exemplo o próprio Witzel… no caso de decepção teríamos uma outra via, mas de direita. A esquerda deixou marcas profundas no país, corrupção endêmica e sistêmica… no momento eu sou base de BOLSONARO mas se o PL for aprovado como está ele terá grandes perdas em sua base eleitoral…

Revista Sociedade Militar

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Sociedade Militar