Forças Armadas

Militares podem comandar a BOLÍVIA – intervencionistas aumentam pressão sobre os militares no BRASIL

Militares podem comandar a BOLÍVIA – Reflexos sobre os militares no BRASIL

No momento a Bolívia se encontra em um estado de vácuo governamental, líderes do SENADO e Câmara renunciaram e  já há muito parlamentares que solicitam a formação de uma junta governamental formada por militares .

Evo Morales e Álvaro García  renunciaram a seus cargos neste domingo praticamente enxotados por um grande levante popular que acabou os encurralando. O passo seguinte foi o abandono por parte das Forças Armadas e policiais. O comandante do Exército, Williams Kaliman, foi um dos que aconselhou EVO a renunciar: “Depois de analisar a situação conflituosa interna, sugerimos que o presidente do Estado renuncie a seu mandato presidencial, permitindo a pacificação e a manutenção da estabilidade pelo bem de nossa Bolívia”.

No Brasil vários grupos intervencionistas e conservadores-militaristas acreditam que a situação no país vizinho aumenta as perspectivas de que a mesma coisa pode acontecer no Brasil e que as Forças Armadas de alguma forma – ainda sob o comando de Jair Bolsonaro – deem respaldo para que – após as decisões controversas e impopulares sobre a prisão após condenação em segunda instância – se feche o Supremo Tribunal Federal e o próprio Congresso Nacional.

O grande volume de postagens nas redes sociais das Forças Armadas indicam que a pressão sobre os comandantes deve aumentar nos próximos dias.

Militares mais próximos do Palácio do Planalto acreditam que por aqui uma interferência desse tipo é muito improvável. Alegam que o Brasil exerce um papel muito maior que a Bolívia no cenário internacional e que comandantes militares e o próprio presidente consideram que as decisões do supremo devem ser acatadas sob pena de se criar desnecessariamente um cima de instabilidade no país e até em toda a região.

Há cerca de duas semanas Olavo de Carvalho, um dos principais conselheiros de Jair Bolsonaro, sugeriu que o presidente feche os partidos de esquerda sob pena de se não o fizer ter o governo perdido em no máximo seis meses. Bolsonaro, ainda que mantenha uma postura belicosa, não deu sinais de que pretende fazer isso.

Revista Sociedade Militar

Deixe um comentário
Compartilhe
Publicado por
Sociedade Militar