Forças Armadas

Marinha  – Prejuízo de cerca de 5 bilhões ao fechar contratos com empresas estrangeiras. “Caixas pretas” sem garantia de funcionamento em situação real

Marinha  – Prejuízo de cerca de 5 bilhões ao fechar contratos com empresas estrangeiras. “caixas pretas” sem garantia de funcionamento em situação real

“… as fontes estão sendo ameaçadas… nossa intenção é gerar trabalho, já temos a tecnologia nacional, não precisamos de empresas estrangeiras… não te lógica este custo…”

A Revista Sociedade Militar conversou com o Comandante Sarmento, oficial de marinha mercante, sobre a posição polêmica do Almirante Ilques,  comandante da Marinha, que insiste em contratar empresas estrangeiras para construir os navios da classe Tamandaré.  A assinatura do contrato para construção dos quatro navios está prevista para o dia 4 de março e a alemã thyssenkrupp Marine Systems lidera o consorcio escolhido pela Marinha do Brasil.

Sarmento, na mesma linha da denúncia feita pelo deputado Felício Laterça – sustenta que a thyssenkrupp está envolvida em casos de corrupção, que há muito dinheiro em jogo a ponto de suas fontes estar sendo ameaçadas e que, se o principal argumento para conseguir a liberação dos recursos foi emprego da tecnologia nacional e a geração de empregos, isso deveria ser cumprido a risca. O oficial de marinha mercante diz que temos total condições de construir os navios de superfície e cita a própria EMBRAER como referência e potencial parceira para a tarefa. Ele conta ainda que o Comandante da Marinha tinha anteriormente a intenção de utilizar mão de obra e tecnologia nacional na construção das embarcações, mas que agora o seu posicionamento é outro.

Veja o texto divulgado por Sarmento, que é oficial da marinha mercante

São quatro navios Tamandaré, Orçamento inicial de R$10 Bilhões. Com a operação de “HEADGE”, para garantir cambio, devido à importação de equipamentos e sistemas pagos em US$, o custo poderá passar dos R$11Bilhões. A EMGEPRON foi envolvida, tendo sido capitalizada com uma quantia próxima dos R$10 Bilhões. O processo de escolha “Request For Proposal (RFP)”, selecionou o consócio liderado pela empresa alemã “Thyssen”, com a participação da Embraer Defesa.

A questão é que temos total condição técnica, com pessoal capacitado, com a experiência na construção das Fragatas Classes Niterói, Navio Escola Brasil, Corveta Classes Inhaúma e Barroso, Submarino Classes “Tupi” e “Tikuna’. Como prova da capacitação, está sendo feito no Arsenal de Marinha do Estado do Rio de Janeiro (AMRJ), o reparo de meia vista do Submarino Tamoio da Classe Tupi. Parênteses, grande parte do pessoal que está construindo os Submarinos franceses em Itaguaí é o pessoal do AMRJ. Ou seja, evidentemente, quem tem capacidade de construir submarinos tem capacidade de construir navios de superfície. O inverso é que não é verdadeiro.

Outros parênteses, reparo de meia vida de submarino requer a mesma capacitação de construir submarino, já que o casco resistente é aberto. Assim, pessoal egresso do AMRJ em atividade e aposentados ativos no mercado ainda, juntos, têm toda a capacidade de construção de navios de guerra Ainda que se alegue falta de capacitação em alguma área, alegação infundada, a consultoria de um escritório de projetos estrangeiro, com custo de hora de consultoria, pré-estabelecido, por demanda, sairia mais barato e manteríamos o nosso total domínio do projeto Isso foi feito na época da construção das Corvetas Classes Niterói, com escritório de projeto inglês e com os submarinos IKL, com escritório de projeto alemão. Interessante notar, que nessas duas situações a MB não detinha a tecnologia de construção, situação totalmente diferente da de hoje. Dominamos toda a engenharia de projeto e construção de navios de guerra.

Em termos de sistemas de armas, chegamos à situação invejável de dominar Guerra Eletrônica, Radar, Sonar, Sistema de Armas, Sistemas de Controle da Propulsão e de Avarias, Mísseis, Canhões e ainda que não tenhamos, temos total capacidade de projetar e produzir Torpedos.

OLHA O QUE NÓS TEMOS E NÃO SOMOS

A nossa proposta é. a EMGEPRON utilizar as instalações do AMRJ para a construção dos navios e dotá-los com os sistemas nacionais. Invés de importar equipamentos alienígenas, caixas pretas, softwares estrangeiros, ou seja, inteligência estrangeira, sem ter ideia do que o software funcionará em situação real. Em tempos de paz, como fica a nossa capacidade de distração? A manutenção, sem dúvida, levará os sistemas e os navios a inoperância no mediu prazo. É o mesmo filme repetido.

O Governo de 1964 traçou um planejamento estratégico, com um Programa de Reaparelhamento da Marinha (PRM), levando a Marinha do Brasil (MB), próxima da independência tecnológica.

O PT corrompeu o PRM, com o PROSUB, envolvendo a MB com a corrupta Odebrecht e o Governo Francês aliado do PT. Bilhões foram para o exterior no PROSUB, autoridades navais indiciadas e presas, neste projeto da Corveta Classe “TAMANDARE”, poderá ser pior, já que os recursos públicos serão empregados em um estaleiro privado da “Thyssen”, na cidade de Itaguaí. No PROSUB, pelo menos o estaleiro é do governo, embora distante do núcleo da MB no centro do Rio, o que já causa transtornos logísticos e elevação nos custos operacionais da Força.

OU SEJA, COM A NOSSA PROPOSTA:

– economizamos divisas;

– mantemos expandimos a capacitação na engenharia militar naval;

– criamos possibilidade de exportações de navios e sistemas militares;

– geramos empregos;

– reativaremos o potencial do AMRJ para a construção e reparo de navios, inclusive da Marinha Mercante;

– damos sustentabilidade ao PRM;

– consolidamos os sistemas militares navais brasileiros;

– criamos as condições de a Emgepron tornar se uma das maiores empresas de defesa do mundo; e

– em paralelo incentivar o crescimento da Marinha Mercante, Longo Curso, Cabotagem e apoio marítimo.

VEJA: Deputado Felício Laterça diz que CONTRATOS da MARINHA têm que ser avaliados pelo TCU ou CGU e quer projetos nacionais usados nos navios

Revista Sociedade Militar

Deixe um comentário
Compartilhe
Publicado por
Sociedade Militar