Forças Armadas

COMENTANDO A MATÉRIA “GASTO COM DEFESA NÃO É CONDIZENTE”

TITULAR DA PASTA- Gasto com defesa não é condizente com estatura do Brasil.

APRECIAÇÃO DE PAULO RICARDO DA ROCHA PAIVA/PRRP / Prezados companheiros “da luta”! Nada mudou, “tudo continua como dantes no quartel de Abrantes”!  Opinando sobre a matéria, nas entrelinhas, como cidadão brasileiro e oficial reformado do Exército,  apoiado em direito inalienável garantido pela nossa “Carta Magna”
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PRRP- Em verdade um chavão que vem “caindo como uma luva” para tantos quantos assumem cargos pertinentes à defesa nacional, desculpa que vem sendo pateticamente repetida desde o término do Governo Sarney, enterrando despudoradamente as patrióticas medidas tomadas no Governo Geisel, que ao romper o acordo militar com os EUA, partiu célere para o desenvolvimento de um projeto nuclear defensivo, que só não teve êxito pela incúria de um Fernando Collor, seguida por uma assinatura descomprometida de outro entreguista, notório sociólogo de esquerda, aliás, é bom que se diga, muito criticado pelo atual comandante-em-chefe das FFAA, justo o mandatário que alugou nossa soberania em Alcântara/MA para “Tio Sam”.

IGOR GIELOW, SÃO PAULO- Estratégia a ser enviada ao Congresso pedirá 2% do PIB para o setor, ante 1,3% hoje.

PRRP- Sempre, sempre, sempre, o “pires na mão”, implorando, ao invés de exigir da politicalha, os recursos, mais do que necessários, para a defesa de nosso País.

FOLHA- O ministro da Defesa, general Fernando Azevedo, afirmou que o gasto militar brasileiro “não é condizente à estatura do país”. Assim, ele afirmou que o texto revisado da Estratégia Nacional de Defesa, que está pronto e será enviado ao Congresso na próxima semana, terá como meta elevação ao patamar de 2% do Produto Interno Bruto o dispêndio com o setor. Afirmações foram feitas em uma “LIVE” do grupo “Personalidades em Foco”, surgido entre militares da MB, nesta quinta (9).

PRRP- Esta elevação, que se diga, não pode ser utilizada sem um critério objetivo. Priorizar, por exemplo,”2044” viaturas blindadas de transporte de pessoal/VBTP, sem nenhum poder de fogo dissuasório, ao invés de fazê-lo em prol de “225” viaturas plataformas de mísseis ASTROS II, constitui uma falta de bom senso “de corpo de exército”. Aliás, no que concerne `Força Terrestre, entre os seus “7” projetos estratégicos, sobreleva como básico e de resultados definitivos em termos de estágio de dissuasão extrarregional o “de foguetes e mísseis”, este que não pode se sujeitar ao famigerado “MCTR”. Por sinal, sua excelência disse que “aos americanos, por ter o Brasil aderido ao tal ajuste de lesa pátria, estaria vedado o lançamento de mísseis balísticos (uso militar) da Base de Alcântara”.

Data vênia, mas esta afirmação, no mínimo, legitima a subserviência/aceitação do/pelo país aos desígnios dos “todo poderosos”, justamente os que nos impedem ultrapassar alcance de 300 km e carga de 500 kg em nossos vetores, estes que, assumidos, nos livrariam de uma vez por todas das ameaças sobre as nossas, mais do que cobiçadas, Amazônias verde e azul. Com isso, excelência, os “yankees”, mantendo a sua segurança para o caso de uma intervenção em nosso território, ainda logram estabelecer, sem nenhuma resistência de nossa parte (de mão beijada!), uma base justo nos seio da (ainda nossa?!) Amazônia Legal! Interessante é que se reportou a este impedimento como se fosse a coisa mais natural do mundo. “Na posição de sentido e com a mão na pala”, seria a “síndrome do amadorismo franciscano”? Dizem que este mal impede que se enxergue até um palmo além do nariz. E a tão decantada dissuasão extrarregional? Que não se duvide, não, não vamos alcançá-la nem com centenas nem com milhares de “guaranis”. A arma desta dissuasão é a artilharia de mísseis e foguetes, o pior cego é aquele que não quer ver. Com todas as honras e sinais de respeito, excelentíssimo senhor ministro, e o “Brasil acima de tudo”? Os brasileiros querem e precisam saber!
TITULAR DA PASTA- Hoje, o país gasta cerca de 1,3% do PIB com defesa. No ano passado, contudo, dos R$ 109,9 bilhões destinados ao setor, R$ 80 bilhões foram para pagamento de pessoal, R$ 47,7 bilhões desses aos inativos. “O único oxigênio que falta para a gente é a questão orçamentária”, afirmou. A meta de 2% do PIB já havia sido citada várias vezes pelo ministério, e é baseada no padrão que a OTAN (aliança militar ocidental) adota.

PRRP- Pois, que seja dito, está gastando muito mal. Raciocinando apenas com o preço unitário de uma VBTP Guarani (R$ 3.644.076,17), com o de uma viatura plataforma ASTROS II (R$ 3 553 329, 78), esta última, se capacitada ao lançamento de vetores de cruzeiro, desde que sem limitações de alcance/carga pelo MCTR, será de muito mais valia do que a primeira, isto sem falar que apenas “225” delas mobíliam todo um arco de defesa alada estabelecido por 15 localidades (uma bateria a 15 viaturas x o total das localidades), distribuídas desde Tabatinga/AM até Rio Grande/RS. Raciocínio lógico, juízo de valor puro, simples e insofismável…

FOLHA- Ocorre que a meta da OTAN só é atingida por 7 de seus 29 membros, gerando pressões por parte do principal sócio do clube, os Estados Unidos, para que outros países a atinjam. No grupo, inativos não entram na conta.

TITULAR DA PASTA- Azevedo, por outro lado, ressalvou que os orçamentos militares foram preservados em 2019 e 2020, até aqui, embora ele não saiba ainda o impacto da pandemia da Covid-19 sobre o gasto público daqui para a frente.

PRRP- Agora se apresenta uma oportunidade, caída do céu, que possibilita justificar o mau emprego dos recursos.  A pergunta que não quer calar: e antes da pandemia, por que não se gastou com bom senso? Por um acaso, a pasta já solicitou, para a AVIVRÁS, o desenvolvimento do VDR-1500/2500 Km?
FOLHA- Os militares foram privilegiados. Como a Folha mostrou no começo do ano, a área teve o maior reforço de caixa da Esplanada, com R$ 6,3 bilhões a mais gastos em relação a seu orçamento original no primeiro ano do governo do capitão reformado do Exército Jair Bolsonaro.

PRRP- Como foram consumidos esses “R$ 6,3 bilhões a mais”? Quanto desta quantia foi empregado em proveito do binômio dissuasão extrarregional/defesa anti acesso? É bom que se enfatize, o Projeto ASTROS II(um dos “7” do EB) precisa/deve preterir a todos os “6” restantes, posto que constitui a garantia para o desenvolvimento/conclusão dos demais, sem interrupções fortuitas, estas que poderão ser causadas por ação dos “grandes predadores militares”.
TITULAR DA PASTA- Azevedo disse ter ficado satisfeito em 2019, quando conseguiu ver aprovada a polêmica reestruturação da carreira militar e a reforma previdenciária da categoria. Queria focar em reequipamento das Forças neste ano, mas não sabe se isso será possível com a Covid-19.

PRRP- Novamente o COVID-19 como “tábua de salvação” para todo um ano (2020), no qual o titular da pasta, assim como no ano passado, em nenhuma oportunidade, se reportou a como pretende alcançar o tão almejado “estágio de dissuasão extrarregional”, patamar primordial para o cumprimento da missão  de defesa da Pátria, um farol que, sem nenhuma justificativa, continua apagado.
– Apresentação do avião cargueiro KC-390 – 
TITULAR DA PASTA- “Estamos muito defasados em capacidade operacional”, afirmou, apesar dos avanços nos programas estratégicos da Marinha, com novos submarinos, e da Força Aérea, com o caça GRIPEN e o cargueiro KC-390.

PRRP- Submarinos sem condições de, pelo menos, dispararem mísseis, convencionais que sejam, na situação de submersos; quatro fragatas, em construção, dotadas com mísseis que não atingem, nem mesmo, o alcance do  irrisório AV Matador (de mosquitos)-300km; cargueiro KC-390, muito boa aeronave logística, porém sem nenhum significado de intimidação face aos “grandes predadores militares”.

TITULAR DA PASTA- O ministro falou um pouco sobre política, reforçando o discurso que prevalece no governo desde o auge da crise envolvendo rumores golpistas e as Forças Armadas: “Não há declarações políticas de militares da ativa. Eu sou o representante político das Forças”.

PRRP- Sem comentários.
FOLHA- Ele não foi nem questionado, nem elaborou, sobre os estágios mais graves da crise. Disse que o presidente vê as Forças como entes de Estado e que o fato de ele ter sido militar “ajuda muito”. Queixou-se do termo “ala militar”, que designa genericamente na imprensa os dez ministros oriundos da caserna.

PRRP- Ao presidente pode até ajudar, mas, porém, contudo, todavia, entretanto, às FFAA, só tem servido para diminuir o seu prestígio junto à população, na medida em que esta não consegue separar/distinguir a imagem dos militares ocupantes de cargos políticos dos soldados cidadãos que labutam nos quartéis.
FOLHA- Por outro lado, ele citou as 142 operações de garantia da lei e da ordem feitas pelos militares desde 1992. “É muita coisa”, citando as prioridades dadas agora ao combate à pandemia, à questão indígena e à Amazônia.

PRRP- Quanto às “142” operações de GLO, apenas se confirmam os desígnios patéticos, preconizados pelo mais do que suspeito “Consenso de Washington para as FFAA dos países latino americanos; quanto ao combate à pandemia nada contra; no respeitante à Amazônia e a questão indígena, com relação à grande região norte, pelo menos em prol da sua garantia de nossa posse, continuamos na “mesma mesmice” sem nada, absolutamente nada que some alguma coisa de concreto; no que concerne à questão indígena, nenhum trabalho/providência de resultados palpáveis com vistas a extirpar a ameaça secessionista do gentio separatista (Fonte: FOLHA DE SÃO PAULO/montedo.com)

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Sociedade Militar