Forças Armadas

Insolência – MINISTRO DO STF ACUSA EXÉRCITO DE ASSOCIAÇÃO A GENOCÍDIO – Carta de colaborador

Eis que uma outra “insolência”, agora nada mais nada menos do que a figura notória do Ministro Gilmar Mendes, também do STF, resolve vociferar com beiço atrevido, acusando o Exército de Caxias de, no enfrentamento da pandemia, estar se associando a um “genocídio”. Quem é este “togado das arábias” para se reportar desta forma tão atrevida ao “até agora”, como sempre, grande mudo, a Instituição armada reconhecida como salvadora da Pátria, sempre lembrada e invocada pela nação nos momentos de crise para exercer seu intransferível e consagrado “Poder Moderador”, este que lhe foi honrosamente outorgado pelo povo de seu País?

Este pretenso “mestre do Divino, arrogante despudorado, personalidade de vida pública tão ou mais investigada do que muitos congressistas integrantes da politicalha,ao abrir seu erudito “besteirol” desta forma descabida, com certeza, não sabe com quem está falando! Sim, quem é esta “figura impoluta” que ousa ofender em diapasão tão injusto, indigno e desavergonhado ao Exército de todos os brasileiros? Quem é este que, com ares de “paladino da justiça” e detentor de folha de alterações tão meritória em sua trajetória, se alça em uma suprema corte inapelavelmente desacreditada?

O “curriculum vitae” de sua excelência, em absoluto, não é nada cristão. Sua jornada, “sui generis” diga-se de passagem, está a pontilhar vários pontos a ponderar. Apenas para citar alguns, o homenzinho, que seja dito, está condecorado com várias denúncias veiculadas pela imprensa, entre estas: mandou soltar “15” investigados presos pelo Juiz Marcelo Bretas, responsável pela Lava Jato no Rio de Janeiro; suspendeu a tramitação na Justiça Federal do Rio de ação penal na qual o Jacob Barata Filho foi denunciado e acusado de tentar embarcar para Portugal com quantia de moeda estrangeira superior à permitida pela legislação; libertou Orlando Diniz, ex-presidente da Fecomércio-RJ preso sob a acusação do Ministério Público Federal de participar do esquema criminoso que desviou mais de R$ 10 milhões de recursos públicos provenientes do Serviço Social do Comércio (Sesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio (Senac), por meio de notas fiscais sem a prestação de serviços e com o pagamento de funcionários fantasmas ligados a pessoas de confiança do ex-governador Sérgio Cabral; teve o seu pedido de indenização por danos morais contra a revista Carta Capital, negado pela juíza Adriana Sachsida Garcia, da 34ª Vara Cível de São Paulo, segundo a juíza “se os fatos não são mentirosos, não vejo fundamento jurídico para coibir o livre exercício do questionamento e da crítica pela imprensa, ainda que daí possa decorrer ‘efeito colateral’ em desfavor do autor”; teve representação protocolada pelo PSOL na Procuradoria Geral da República, questionando a conduta do magistrado em relação às denúncias de que teria sofrido pressão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para adiar o julgamento do mensalão; em uma conversa entre o senador Demóstenes Torres e o bicheiro Carlinhos Cachoeira, gravada pela Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo, o parlamentar afirma a Cachoeira ter obtido favores junto ao ministro Gilmar Mendes para levar ao STF uma ação envolvendo a Companhia Energética de Goiás (CELG);  considerada a “caixa preta” do governo de Goiás, a Celg estava imersa em dívidas que somavam cerca de R$ 6 bilhões e, segundo reportagem do Estadão, Demóstenes disse a Cachoeira que Gilmar Mendes conseguiria abater cerca de metade do valor com uma decisão judicial, tendo “trabalhado ao lado do ministro para consegui-lo”; foi acusado pela Carta Maior de ter relações com o contraventor Carlinhos Cachoeira e seu amigo Demóstenes Torres (Fonte “WIKIPÉDIA”).
É de se questionar, porque razão o então Senador Aécio Neves queria muito que um dos inquéritos contra ele na Corte fosse retirado do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato, e enviado ao gabinete de Gilmar Mendes, mas a, na época, presidente do STF, Cármen Lúcia, negou o pedido da defesa. Com certeza Aécio Neves não fazia isto por nada. A vida pregressa do, atualmente, petulante algoz do Exército de todos nós, com certeza, vestia ‘como uma luva”, o desígnio daquele político embusteiro. Senhor Ministro! As fartas acusações, excelência, que não se duvide, só servem para afiançar a lógica daquele conhecido ditado popular “onde há fumaça tem fogo”.

Ao arrufo de quem não se garante, nossas Instituições Armadas respondem com: emprego diário de 34 mil militares, efetivo maior do que o da FEB na Segunda Guerra Mundial, no combate diuturno à pandemia, desde o dia 5 de fevereiro, quando foi deflagrada a “Operação Regresso à Pátria Amada Brasil”, ocasião, em que foram resgatados 34 brasileiros de Wuhan, na China, antes mesmo de aparecer o primeiro caso confirmado de CORONAVÍRUS no País, em 26 de fevereiro; a Operação Covid-19, criada em 19 de março, que estabeleceu 10 comandos conjuntos espalhados por todo o Brasil, além do Comando Aeroespacial; resultados que mostram a operação estar atingindo os objetivos a que se propôs, tendo neste interregno descontaminado 3.348 locais públicos, realizado 2.139 campanhas de conscientização junto à população, 3.249 ações em barreiras sanitárias e 21.026 doações de sangue, além da distribuição de 728.842 cestas básicas, produção de 20.315 litros de álcool em gel e capacitado 9.945 pessoas para realizar ações de descontaminação (Fonte Revista “Carta Capital”} .

Ministro Gilmar Mendes! É ainda importante que vossa excelência não olvide o transporte de 17.554 toneladas de pessoal e equipamentos médicos via terrestre, 471 toneladas de pessoal e equipamentos médicos via transporte aéreo, voadas 1.334 horas, o equivalente a 14,5 voltas ao mundo, isto sem falar na realização permanente de atividades subsidiárias para cooperar com o desenvolvimento nacional e defesa civil.Também não subestime, este ano, em face à pandemia causada pelo novo CORONAVÍRUS, as pastas da Defesa e da Saúde, em ação conjunta, intensificaram a assistência sanitária prestada a indígenas em diversas localidades carentes e isoladas. As mais de 200 missões em aldeias indígenas, somente na Amazônia Ocidental, realizam atendimentos e cuidados básicos de saúde, orientando sobre a prevenção de doenças, sempre respeitando os aspectos socioculturais, condizentes com a realidade de cada etnia” (mesma fonte).

Os soldados de nosso Exército, seus irmãos marinheiros e aviadores, estão sendo provocados injustamente por um “supremo” magistrado togado que desconhece o limite tênue, existente entre a tão decantada “estabilidade emocional” e a tão indigna “falta de brio”.  Portanto, senhor Ministro Gilmar Mendes, caluda, caluda porque “em boca fecha da não entra mosca”!

 Paulo Ricardo da Rocha Paiva / Coronel de Infantaria e Estado-Maior 
Obs: Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião da Revista Sociedade Militar. Sua publicação tem a intenção de estimular o debate sobre o quotidiano militar/político/social e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.

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