Forças Armadas

MEDIDAS defensivas DISSUASÓRIAS VITAIS – Texto de colaborador

Entre outras ações coronel de artilharia sugere suspender a participação de militares estrangeiros em nossos cursos de operações na selva

MEDIDAS DEFENSIVAS DISSUASÓRIAS VITAIS
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   Segundo matéria no jornal Gazeta do Povo: -“A presença de militares em cargos-chave do governo pela primeira vez após a redemocratização, a começar pelo presidente Jair Bolsonaro, capitão reformado do EB, não foi suficiente para impedir que o Ministério da Defesa tenha em 2020 seu menor orçamento em 15 anos.”

   Que não se duvide, existem “perfumarias” que não representam nada em termos de “estágio de dissuasão extrarregional”. Entre estas a VBTP Guarani, a aeronave logística kC 390 e o porta helicópteros. Necessidades prementes precisam ser revertidas/neutralizadas/dirimidas, atentando para o fato tiranicamente impositivo de que nossa prioridade vital, para garantia de uma sobrevivência soberana, passa obrigatoriamente pela denúncia, urgente e emergencial, do “TNP” e do “MCTR”, justo os ajustes humilhantes de “lesa pátria” que impedem o País de se defender/garantir face às ameaças costumeiras das “grandes potências militares”.

   Paralelamente à denúncia, mais do que justa, destes dispositivos maquiavélicos que nos impedem ostentar altivez e brio comparáveis ao do Irã, o Ministério da Defesa precisa providenciar, para ontem, com a “rapa do tacho” que restou, pelo menos quanto a impulsionar, se não todos, pelo menos, algumas destas ações vitais para o alcance do binômio estratégico “dissuasão extrarregional/defesa anti acesso”:

_ desenvolver mísseis balísticos de cruzeiro com alcance mínimo de 1500/2500 km para bater o inimigo bem distante do litoral/costa, dissuadindo o desembarque;

_ dotar com minas, armadilhas, sensores/explosores remotos de percussão à distância e “RPG” (granadas propulsadas por foguetes), à farta, as unidades do CMA, do CMN, e adestrar as forças subterrâneas e de sustentação das localidades, de apoio às tropas do Exército em operações no entorno das mesmas;

_ capacitar os “navios de escolta” com poder de fogo compatível/dissuasório para bater o inimigo ainda em deslocamento para o Atlântico Sul;

_ viabilizar aos “submarinos” a capacidade de lançar mísseis na situação de submersos nas mesmas condições dos “grandes bucaneiros navais”;

_ efetivar a presença da força aeronaval em bases ao longo do litoral/costa, substituindo, sem gastos, os aeródromos comprovadamente perdulários (5);

_ manter a força aeronaval decolando com caças “F 5” a serem cedidos pela ‘FAB’, pelo menos até a ‘MB’ passar a receber os “GRIPEN” (6);

_ revitalizar a fabricação em massa das viaturas plataformas de “ASTROS II” para vetores de respeito VDR-1500/2500 km, sem limite de carga (7);

_ cerrar os meios de artilharia “ASTROS II” para o litoral/costa, para viabilizar o lançamento do AV Matador (de mosquitos) – 300 a partir da linha do mar (8)

_ suspender os cursos no “CIGS” para militares alienígenas das FA dos “grandes predadores militares”, membros permanentes do CS/ONU (9);

_ planejar, “FAB” com o “EB”, o apronto operacional para o deslocamento dos meios de uma “BDA INF MEC” para RORAIMA, em face da absoluta exposição de meios navais sem poder de fogo; a grande unidade mecanizada deve ser empregada nas savanas daquele estado, liberando sua BDA INF SL para as reservas indígenas.

   Concluindo, a defesa militar do território brasileiro não pode ficar “ad aeternun” a reboque de “GLOS” de nível “combate às queimadas e/ou ao crime organizado”. Há que se considerar o fato de que: as ações de número “5”, ‘6”,”8” e “9”, praticamente, não implicam obrigatoriamente em gastos; a ação de número “7” pode e deve ser muito bem implementada, substituindo o devaneio das “ 2044” VBTP GUARANI pelo “pé no chão” das “15 baterias de vetores X 15 viaturas ASTROS II”, que somam apenas “250” plataformas de lançamento, capazes de mobiliar as quinze localidades previstas no grande arco de defesa alada, iniciado em Tabatinga/AM e finalizado em Rio Grande/RS. Raciocinar fora desta realidade nua e crua é, simplesmente, “divagar sobre o sexo dos anjos”.

Paulo Ricardo da Rocha Paiva / Coronel de Infantaria e Estado-Maior .
Obs: Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião da Revista Sociedade Militar. Sua publicação tem a intenção de estimular o debate sobre o quotidiano militar/político/social e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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